O incompreendido

O nosso primeiro ministro é uma vítima.

Ele só quer mesmo o bem estar do país e manter o estado social. Gosta de negociar e a seguir a Guterres é talvez o 1º ministro que mais gosta de consensos.
É um dos maiores visionários no que diz respeito a questões económicas que o país já teve à frente dos seus destinos


E como é que ele demonstra estas coisas?

Patriota - Aumentando a divida de 80 para 150mil milhões de euros 5 anos, e comprometendo gerações com concessões e parcerias de 50 anos. Assegura assim o futuro das empresas nacionais que vivem do Estado. Ao mesmo tempo garante-lhes uma corrente interminável de quadros superiores já formados nos corredores do poder, para que essas empresas não tenham de recorrer a head hunters ou às entediantes entrevistas de candidatos. Isto sim é pensar no futuro do país

Com uma paixão pelo estado social - Reduzindo a despesa pública para que o estado possa continuar a dar aos cidadãos que mais precisam. Contém essa despesa congelando as pensões de reforma, reduzindo a escandalosa comparticipação em medicamentos ou mesmo reduzindo as prestações sociais em caso de desemprego para incentivar os desempregados a entrar no mercado de trabalho.

Adepto de consensos - Apresentando medidas certas e justas que são alvo de consensos quando negociadas à posteriori. Sabendo de antemão que não violam qualquer acordo feito com outros intervenientes, porque ele diz. Mantendo firmes as intenções de continuar com obras de grande envergadura usando dinheiro emprestado porque sabe que existe consenso (só pode haver) quanto ao efeito multiplicador das mesmas. Se o consenso não existe é claramente um problema dos outros e ele luta e lutará sempre por conseguir esses consensos. Algo que foi especialmente bom a fazer durante o 1º mandato.

Especialista em economia - É sabido que num país num estado de crescimento residual a melhor forma de o animar é aumentando a carga fiscal sobre as famílias e as pequenas empresas, deixando as grandes empresas gozar de regimes de isenção ou bonificação fiscal. Assim, os grandes investidores  sentem-se motivados a criar riqueza e a dar vitalidade à economia. Quanto maior for o perdão ou a ajuda (como foi o caso do BPN) mais confiantes se sentem os grandes investidores para lançar novas iniciativas.
O caso da RTP que recebe "algum" dinheiro dos contribuintes seja de forma directa ou através da taxa paga nas contas da EDP insere-se nesta estratégia. A RTP força as outras televisões a uma competição que resulta na criação de postos de trabalho nestas televisões. Veja-se o caso de Judite de Sousa e do outro senhor que agora não me lembro como se chama.

A oposição perante estes exemplos evidentes de savoir faire contesta porque não consegue ter a visão de Sócrates. São pequeninos, não têm sentido de Estado nem experiência de governação. Reclamam pelo facto de serem inferiores e perceberem que o único que pode tirar o país do buraco é Sócrates. De uma forma completamente irresponsável dizem que foi Sócrates que o colocou lá. Mas o que não percebem realmente é que a crise internacional causou tudo isto. A dívida que Portugal contraiu durante estes últimos anos foi para nos proteger da crise que Sócrates já antecipava em 2005.

Começou a pedir dinheiro emprestado, mal chegou ao poder, para alguma eventualidade. O juro estava baixíssimo e ele apenas aproveitou. Seria ridículo se não o fizesse. Não só ele foi um visionário como Vitor Constâncio foi premiado pela sua competência à frente do Banco de Portugal durante este período. O reconhecimento que ele obteve do BCE foi de tal forma elevado que lhe foi dado um lugar para que ele possa fazer o mesmo a nível Europeu. Não se arranjam economistas desta competência por aí aos pontapés.

Sócrates fez circular dinheiro na economia e se Portugal está como está a ele se deve agradecer.

O homem é um visionário. É o melhor primeiro ministro que poderíamos ter tido. Abriu-nos os olhos e ao escolhermos os próximos teremos sempre Sócrates como bitola para os medir. Sabemos que não vai ser fácil ter outro assim. É como o alinhamento dos planetas. É um acontecimento raro.

Soube rodear-se das melhores cabeças. Livres pensadores intelectualmente brilhantes. Silva Pereira, Santos Silva, Lacão, Assis, Vitalino Canas, Alberto Martins, Alberto Costa, Rui Pereira, Vara...
Uma lista demasiado extensa para a colocar toda aqui. Mas por estes exemplos se pode ver quão judiciosas foram as escolhas de Sócrates. A nata. Homens fora do normal. Totalmente alinhados com o 1º ministro a remar todos no mesmo sentido. Um equipa.

Quando ele ser for veremos como os portugueses vão ficar cabisbaixos e apavorados com o futuro. Deixaremos de ter a certeza do rumo de Portugal. Estaremos completamente à mercê duma mudança radical e isso nunca é bom. A estabilidade é um bem inestimável. E Sócrates tem sabido manter o rumo do país em direção ao objectivo. Lá longe, lá em baixo. Com Sócrates sabemos para onde vamos. Que existam opiniões acerca do sentido de declive só pode ser explicado por mau perder.

Nunca tínhamos tido um 1º ministro assim e nunca teremos outro assim. Não é fácil ser um homem que subiu a pulso, que tirou o curso ao fim de semana, que fez pós graduações tão raras que as Universidades nem se lembram delas e que ajudou a transformar pantanais e sucatas em centros comerciais de sucesso
O próximo poderá ser alguém que não fez nada disto. Lembrem-se bem disto no dia de votar. Ok?

E só para não dizerem que Sócrates não fez nada, aqui fica um pequeno gráfico que mostra a evolução do nosso país desde que ele rege os nossos destinos