O desprezível Sócrates

A cada dia que passa a minha fé no povo português afunda-se mais um pouco.

Não consigo perceber se as pessoas vivem em estado de alienação ou se são simplesmente sectárias e mal intencionadas, não se importando minimamente com os outros.

Mas o que é mais espantoso é que parecem nem se importar consigo mesmas. E isso já raia os limites da estupidez e da inimputabilidade.

Assistir a um excerto de um comício de Sócrates é um exercício penoso.

Primeiro porque não é um comício do Partido Socialista.
Ele esvaziou o PS a tal ponto que o PS é ele e os outros membros do partido fazem campanha por ele. Não pelo PS.
Depois, porque cada intervenção deste homem é tão carregada de mentira, de engano e de demagogia que me parece inacreditável que haja gente que acredite e apoie tamanha loucura.

A distorção da realidade é total. É evidente que para ele as pessoas são um mero instrumento de chegada ao poder. Uma vez lá, fará tudo para que os "seus" tenham uma boa fatia do bolo à custa dos estúpidos que nele votaram. Mas mesmo assim tudo fará para os convencer que "gosta" deles.

É constantemente apanhado em mentiras. Desde a sua própria concordância com a redução da TSU ou dos planos que tinha em 2000 para a privatização das Águas de Portugal é apanhado a cada passo. Mentiras que não pode imputar à crise internacional ou ao chumbo do PEC.

Ele é um mentiroso e nada mais que isso. Ao que parece toda a sua vida terá sido construída sobre aldrabices. Guterres deu-lhe a mão e pôs-nos em cima um dos indivíduos mais dasavergonhados de que tenho memória.
Não posso deixar de traçar um paralelo com o assalto ao poder feito pelas mafias na Rússia pós Perestroika.

A única explicação que encontro para as bandeirinhas e os aplausos é aquela que sabemos ser verdade. O PS arrasta gente de autocarro de um lado para o outro, com considerável gasto de dinheiro e coordenação logística para criar mais uma vez uma onda de propaganda à volta de um líder mentiroso e incompetente.
Já o fez em tempos trazendo uma camionete de excursionistas a Fátima para a frente do Hotel Altis para vitoriar António Costa. Não é nada de novo.

Mas se os tolos são tolos por se deixarem arrastar e intoxicar, os media já não têm desculpa.
Não existe uma análise critica daquilo que ele afirma serem as suas medidas para o país.
Praticamente tudo o que ele diz se fosse adequadamente dissecado cairia por terra num espaço de minutos.
Preferem dissecar os pontos constantes dos programas de outros partidos ou a assertividade de outros líderes.

A encosta para os outros partidos é muito íngreme. Enquanto Sócrates é levado ao colo, os outros são carregados com uma mochila de pesada e apedrejados a cada passo do caminho.

Se isto é deixar os portugueses decidir de acordo com a sua consciência e com as evidências que lhes são apresentadas, então estamos metidos num sarilho.

Nunca fui activista nem saí para a rua a vitoriar um partido, mas desta vez saíria de houvesse um Partido Anti Sócrates.

A sua gestão criminosa do país a sua incompetência e a sua desonestidade merecem julgamento e castigo. Deixá-lo sair impune de tudo isto é no mínimo chocante e pouco diferente de legitimar pelo voto alguém que devia estar preso, à semelhança de Isaltino, Loureiro ou Felgueiras.

É o ponto mais baixo a que um regime pode chegar.

É uma tragédia que tenhamos chegado a isto. Mas chegamos porque quem está no poder sente-se completamente à vontade para desrespeitar o seu juramento.

A política está entregue a gente sem escrúpulos sem estatura e sem honestidade. Vive-se principescamente da coisa pública e distribui-se pelos amigos.

Espero bem que Passos Coelho esteja à altura deste mentiroso compulsivo. Sei bem que os alienados e embrutecidos nunca se deixarão convencer. Continuarão estupidamente a vitoriar um asno incompetente porque nada mais sabem fazer. A sua estrutura mental não lhes permite outra coisa.

Mas será que eles são a maioria? Então não estamos num ponto em que temos o mais elevado grau de qualificação de sempre? Onde andam os portugueses com capacidade crítica?