Contradições bacocas

Paulo Macedo é um fulano pragmático. É um fulano eficaz. É talvez um fulano frio.

Que ontem anunciou o fim da comparticipação da pílula contraceptiva vendida nas farmácias.

Começou o berreiro. Vai haver para aí abortos até fartar, dizem alguns, é um retrocesso civilizacional dizem outros... Um Deus nos acuda.

Nesta ressaca, Helena Roseta esteve ontem no Frente a Frente da SIC. Desvairada, possessa e bastante incontida. A mulher estava tresloucada.
Sendo um resquício do "vamos queimar os soutiens, porque simbolizam a subjugação da mulher ao homem..." desatou numa preleção desvairada sobre o retrocesso das liberdades conquistadas.

Mesmo quando confrontada com o facto de a pílula ser gratuita nos Centros de Saúde saiu-se com uma conta de cabeça rápida - 120 consultas por causa da pílula ao longo de 40 anos de fertilidade na vida duma mulher.

Até aqui ainda vá.
Mas o problema foi que quando vem para discussão o facto de a maioria das mulheres comprar sem receita, logo sem comparticipação, desata a dizer que as mulheres não querem devassa da sua intimidade indo ao médico para obter a receita. Querem ter a liberdade de comprar quando querem e onde querem.
Oops.
Então espera lá... O que ela aprecia é a possibilidade de comprar sem receita e sem comparticipação. Se é assim muito pouco muda. Muda apenas naqueles casos (gostava de saber a percentagem) em que as mulheres vão ao médico para obter a receita.

Ou seja, uma gritaria por pouca coisa, aparentemente. Quiçá se repense a entrega de pílulas nos centros de saude por forma a evitar uma sobrecarga nas consultas. Plausível não? Porque não receitas anuais? Seria consistente com a intenção de seguir as mulheres em consulta de ginecologia/obstetrícia a nível Nacional.

Mas não. Agora é fazer berreiro nem que seja usando argumentação falaciosa por completo. Empolar as coisas até já não os podermos ouvir mais.
Desde o BE ao PCP anda tudo numa gritaria insinuando que isto é congeminação do CDS e da sua concepção "atrasada" de sexualidade e de família.

Não há dúvida que um país entregue a esta corja de parvos é um país destruído em menos de nada. Se com o PS já foi o que foi, com estes patetas esquerdistas de trazer por casa nem imagino no que este país se poderia tornar.