O partido do povo

O PS arroga-se agora de ter conseguido "mudar" o OE de 2012.

Graças ao seu fantástico esforço o limite para o qual se fica sem subsídio de natal de de Férias foi aumentado.
Uma vitória estrondosa.
Mas aparentemente essa vitória estrondosa só terá sido possível através de um rearranjo entre despesa e receita sem violar a norma dos 2/3 e 1/3.

Aparentemente, para todas as propostas do PS não havia o suporte de cálculo necessário para as fundamentar. Vai-se para uma negociação de orçamento, que está balizado por números muito concretos, propor alternativas sem quantificação...

Na verdade é mais ou menos a prática Socialista. O dinheiro é um detalhe. Só que estranhamente o dinheiro falta sempre e é preciso recorrer a expedientes menos usuais para o obter. A solução de Sócrates foi o endividamento até aos cabelos.

Sempre com o "estado Social" na boca, tal como o faz o seu sucessor. Na verdade esse Estado Social foi a fonte interminável de dinheiro para negócios ruinosos para o Estado e altamente lucrativos para empresas "amigas".
A noção de que o dinheiro dos contribuintes não é de ninguém, sempre norteou a forma de pensar destes indivíduos. Transposta essa barreira, ficar com algum não parece nada de anormal.
E o mais grave é que assinaram contratos com clausulas de tal forma penosas em caso de resolução dos mesmos, que o Estado e os governos que os sucederam se veem obrigados a cumprir contratos ruinosos sob pena de pagarem indemnizações brutais.

O exercício demagógico de propor "medidas" utópicas parece ser apanágio desta esquerda. A esquerda mais radical ainda consegue perceber que esse dinheiro faria falta. Mas esses têm uma solução para isso - a banca e os ricos.

De facto o PS está a meio termo e em terra de ninguém. Não tem qualquer realismo nem qualquer afã equalizador. Está apenas por ali, vivendo no meio de uma ilusão perigosa e completamente auto destrutiva.

Hoje, este partido criminoso e irresponsável no qual alguns dos responsáveis do descalabro ainda militam, vem tentar convencer-nos que é por causa dele que as coisas vão ficar melhores.
Talvez fosse bom lembrar que é quase INTEIRAMENTE a responsabilidade deles que as coisas estejam tão más como estão.
Entretiveram-se com propaganda durante 6 anos. De fingir que faziam enterrando milhões em coisas supérfluas apenas para terem um pretexto para "roubar" os cofres públicos.
Impuseram-nos PEC's sucessivos que produziam receita logo a seguir desbaratada. Criaram um volume de dívida que se torna incomportável só pagar os juros num país que tem o crescimento estagnado há mais de 10 anos.
Este partido amigo do povo foi quem enterrou o país e todo o povo com ele.

Hoje tem a falta de vergonha de propor coisas que não sabe como pagar e cantar vitória da ajuda que nos deu para 2012.

Num país a sério gente como Paulo Campos, Teixeira dos Santos, Sócrates, Silva Pereira e outros que tais estariam sentados no banco dos réus a responder pela forma criminosa como causaram a regressão social a que estamos a assistir.

António José Seguro que vá à merda com os seus correligionários.

Regurgitações

Marinho Pinto, ou como ser o oposto do que se espera dum bastonário.

Desde o primeiro dia que ouvi este energúmeno falar que senti uma profunda náusea.
Ele é tudo aquilo que acusa os outros de ser, e consegue ser ainda pior do que qualquer outro.

É a essência Tuga personificada. Adora generalizações, acusando grupos inteiros sem sequer perceber que se medíssemos todos os advogados pelo seu exemplo teríamos de os qualificar de incompetentes, deslumbrados com o poder e completamente isentos de ponderação.
Não é assim, bem o sabemos. Há advogados que são excelentes profissionais, que medem as palavras e que sabem que não se deve tomar a árvore pela floresta.

Fico verdadeiramente espantado como com tantos exemplos históricos mal sucedidos na eleição de demagogos, a classe elege esta criatura duas vezes para reger os seus destinos.
Marinho Pinto porta-se como um pulha para quem quer aceder à profissão. Mas no primeiro mandato a sua defesa dos proletários do direito tinha a ver com essas pobres almas que aterraram nos escritórios de renome sem qualquer perpectiva de passar da cepa torta. Conseguiu o seu voto à primeira e quase que aposto à segunda.
E porquê? Porque num mercado de trabalho cada vez mais escasso, os que já entraram contam com ele para deter a sangria. Foi-se a solidariedade ou a memória dos problemas do acesso à profissão. Agora é carregar em quer quer entrar.
Quando Marinho Pinto fala de diplomas comprados esquece-se que o seu papel junto das instâncias competentes (Ministério da Educação) para denunciar essas situações era o primeiro passo. Que ele não dá. E não dá porque Marinho vive do diz que disse e da generalização.

A sua outra faceta Tuga é o clássico "não quero descer ao nível desses arruaceiros ou ao nível na ministra que anda enrolada com A ou com B".
A manifestação da falta de vontade em "descer ao nível" dos outros traduz-se numa descida de nível até aos infernos.

Se Marinho não fosse perigoso seria apenas caricato. Foi um lambe botas do poder passado e um bajulador óbvio quando a Ministra foi nomeada.
Ele gosta de quem concorda com ele. Quando não se concorda com ele, é-se malcriado, corrupto, caceteiro etc etc.

Advogados de prestígio e de palmarés notável olham para este bastonário e deitam as mãos à cabeça. Ter como bastonário semelhante "animal" tem degradado as relações institucionais com todos os agentes da justiça. Marinho não é exactamente um exemplo de competência e isenção. Marinho é apenas um demagogo a quem Júdice chamou de Mussolini de trazer por casa. E que pontaria. Júdice estava coberto de razão, mas a "classe" elegeu este Mussolini. Tal como elegeu o verdadeiro e como elegeu Hitler.

Marinho não fala. Vomita. Vomita ódio contra aqueles que ela acha que o odeiam. E no meio de tudo isto consegue mesmo ser odiado. E como um bom Tuga diz " Pois é, mas eu sou o bastonário e estou a cag..... para vocês todos. Tenho "legitimidade democrática".

Vai haver um dia em que ele deixa de ser bastonário e em que talvez o bastonário cumpra as suas funções com o um mínimo de decência e decoro. Nesse dia Marinho saltará de novo para as televisões a regurgitar mais um bocado. Sim, porque foram as televisões que lhe deram a cobertura mediática que lhe permitiu chegar a bastonário. Deram-lhe um palco para o populismo e para a demagogia barata que constantemente regurgita.
Fizeram um servicinho de "limpar as mãos à parede". Podem estar orgulhosos.
Um conselho - Os malucos internam-se. É que quando pensamos estar a "gozar" com as suas divagações de loucos, eles podem muito bem estar a aproveitar-se para conseguir aquilo que querem - exposição.

Soares é fixe? Não... Soares é parvo

E não é de agora. Soares sempre foi parvo e se mais provas faltassem, basta olhar para a prole. O material genético não é brilhante nem nunca foi.

É um diletante mais dado a barão do que a alguém que faça alguma coisa.
E tem este incrível mau hábito de nos impor todas as consequências de Alzheimer.

Então agora Otelo tem bom coração? Foi com certeza esse bom coração que queria por os contra revolucionários no Campo Pequeno. E o COPCON com os seus mandatos em branco levados em mão por militares barbudos, torcionários que a única coisa que sabiam dizer era "o camarada Otelo...".Ou que o tenha levado a ter as mãos sujas de sangue das vítimas das FP25.

A Soares nem o sabão lavaria a boca. Teria de ser com algo bem mais forte.

Assuma-se que Soares é parvo e que agravado por uma doença ainda não diagnosticada estas coisas lhe saem sem controlo. O democrata histórico, enriquecido pela "democracia", habituado a um nível de vida que certamente nunca mereceu, vem agora falar de alto, como se o que diz fosse incontestável ou sequer sensato.

E dá-se-lhe tempo de antena e cobertura mediática quanto baste. E já bastava há muitos anos. A ele e ao mau resultado de uma experiência genética que é o filho.

Agora que é irrelevante escreve manifestos que visam coisa nenhuma, emite sentenças. Isto de alguém que parece nem ter memória tem dos actos que praticou.

Soares é um asco. É parvo e é um asco.

Vamos torturar números e já agora tortura-se um país também

Mais uma greve, mais um braço de ferro acerca da adesão.
Os sindicatos dizem que a adesão foi esmagadora e o governo diz que na Administração Central a adesão foi de 10.48%.

A coisa resume-se a números. Os sindicatos querem números. Que realcem o seu poder de mobilização e que não deixem dúvidas acerca do seu ascendente sobre os trabalhadores.
No fim o que se ganha com isto? A mim parece-me que se ganha pouco e se perde muito.

Os trabalhadores manifestaram a sua indignação e fizeram saber que não estão contentes. Incrível. É preciso proporem-se a paralisar um país para que se saiba que estão descontentes? Não será por acaso algo que nós não soubéssemos já?
Perderam um dia de salário e causaram uma disrupção enorme em Lisboa pelo menos. Mas não conseguiram nada mais.
O país continua a viver do dinheiro emprestado pela Troika e se não cumprirmos as metas estabelecidas não vem mais tranche nenhuma.

Parece que ninguém entende que todo o funcionalismo público está neste momento a viver de um empréstimo que dura até 2013 e que chegada essa data, terá de ser continuada a política do empréstimo nos mercados de capitais.
Talvez nessa data, coisas aberrantes a que se assistiu durante anos neste país tenham sido pura e simplesmente eliminadas. O desperdício, o nepotismo na função pública especialmente nos cargos dirigentes, a invenção de incontáveis instituições que nada fazem e vivem dos dinheiros públicos etc etc.
Mas não confundam isso com pagar uma miséria a um médico ou a um juiz ou a a um quadro técnico superior.

É que no meio de toda esta confusão até parece que se quer eliminar todo e qualquer lugar na administração pública que ganhe um pouco melhor. O português, parvo como só é possível a um português, parece achar que a solução para os problemas do país é fazer a média e por todos a ganhar essa média.

Até lá toda esta gente descontente espera que o escolhido para ser "lixado" seja sempre o "outro". Pode não ser.

O resultado desta greve foi apenas mais um número que Carvalho da Silva e os seus camaradas irão lembrar, sempre que precisarem de evidenciar a sua capacidade de mobilização para a luta.
A luta pela luta. A luta sem resultados. A luta por uma utopia impossível pelas piores razões. E as razões pelas quais é utópico esperar que tudo fique como estava, chamam-se Sócrates e PS.

Tudo isto é ridículo e tem exactamente o mesmo resultado que tem na Grécia. Fazem um espalhafato do "catano" e no fim dizem-lhes que se não fazem o que eles querem acaba-se o dinheiro.
Pronto. Desabafaram e ainda estão mais pobres.

Não é por acaso que muitos estão como estão. Foram burros como ninguém e continuarão a sê-lo sem perceber que o que fizeram fez o país também em larguíssima escala. Aparentemente querem que o país continue a fazer o mesmo em seu benefício.

Irritam-me profundamente  aqueles que passam a vida a dizer que isto vai pelo caminho da Grécia. Quase parecem satisfeitos com isso. Depois põem-se a dizer que o crescimento económico não vai acontecer. Para já isso é óbvio. Logo a seguir é caso para perguntar como é que eles o faziam se estivessem nesta posição? Não faziam? Ahhh, que estranho. Então estas alternativas todas a uma situação inevitável são apenas retórica da treta?

O PS não sabia que ao assinar um acordo que prevê 2/3 de corte da despesa do Estado iria impactar os salários dos funcionários públicos? Não sabia que tinha escondido os números da dívida das empresas do sector Estado e que ela viria à superfície? Ora, não me lixem.

A solução para o debate dos números da greve é fazer outra greve? Mas esta gente o que é que tem na cabeça? Merda? Viraram profissionais da greve?

Quando toda esta gente diz que isto vai pelo caminho da Grécia parece nem perceber que eles próprios estão a fazer parte desse caminho. Com o raio que os parta.

Numa altura em que é preciso trabalhar afincadamente para ajudar o país a sair do buraco fazem o tipo de coisas que o afunda ainda mais.
Façam uma mega manifestação num fim de semana. Façam comícios todos os dias, Manifestem a sua irritação, mas ao menos trabalhem caramba.

Numa altura em que a função pública está a receber salários de um empréstimo vir para a rua a reivindicar mais direitos é no mínimo de gente completamente alienada.
Sabendo muita desta gente que o seu lugar está assegurado e que o sector privado leva com todo o impacto de desemprego.
Há muita gente competente no sector público, mas também há muita gente que não faz nenhum anos e anos a fio.
Gente que se fizesse isso no sector privado recebia imediatamente um convite a rescindir o contrato ou, muito pior, levava com um processo disciplinar para um despedimento sem indemnização.

Fico banzado com a forma que estes supostos defensores dos trabalhadores escolhem para os defender. Enterrando-os um pouco mais para satisfazer as suas necessidades de protagonismo político e para esconder que a sua expressão eleitoral não vale um tostão furado.
O PCP terá mais uma vez um digito nos próximos resultados e tudo será como dantes. Este governo viu a greve e continua a ter de provar que consegue chegar aos 5.9% este ano e aos 4.5% no próximo. Nós vamos pagar esses "números" e toda esta gente fica toda contente porque pensa que ainda vive nos anos 70 em que o Estado Social se começava a construir.

Vivemos de facto num país de gente completamente parva, que se acomoda e prefere viver da mama do que ser alguém por mérito próprio.
Os jovens preferem viver da mama paterna (ou materna) com o seu iPhone todo pipi do que deitar as mãozinhas de fora e procurar emprego num mercado de trabalho que abrange toda a Europa. Ficam chocados quando alguém fala em emigrar.
Os adultos gostam de viver da mama estatal em todas as suas vertentes. Desde o empresário ao mais modesto cidadão.
Criaram um monstro em mais de metade do país vive daquilo que o resto paga. Disso e de empréstimos.

Os media (4)

Este PS anda de cabeça perdida. E os media adoram este tipo de parvoíces e amplificam-nas a proporções gigantescas. Como se tudo o que fosse relevante para revelar neste país fosse aquilo que os media escolhem.

Parece que a única coisa que os move por estes dias é a necessidade de levantar casos para se manter na proa das atenções mediáticas.

Uma das coisas que me chamou a atenção foi a proposta do PS para que se passasse a beber água da torneira no Parlamento.
A proposta foi chumbada com os votos contra do PSD e com as abstenções dos restantes partidos.

É um resultado previsível e obviamente esperado por parte do PS. Assim, o ónus do chumbo da proposta cai sobre o PSD ainda que quase de certeza nenhum dos partidos, nem sequer aquele que apresenta a proposta, esteja de acordo com a medida.

A razão para isto é a despesa de 8.800 Euros por ano de água engarrafada feita pelo Parlamento. Visto assim parece ser um disparate de dinheiro mas façamos umas contas simples para perceber como isso não é mais que uma forma de olhar os números com um aproveitamento completamente demagógico.

No meu prédio vivem 40 familias. 120 pessoas. Se cada uma dessas pessoas beber 1 litro de água por dia isso significa 6800 Euros de água por ano. Esta conta é simples e assume que o garrafão custa .78 €.

Ora, nós sabemos que o parlamento tem mais de 120 pessoas. Bem mais do que isso. E decerto um litro de água por dia não é uma média assim tão anormal.

Há decerto muito mais situações em que se desperdiça dinheiro e que poderiam ser revistas. Beber água da torneira até pode ser politicamente correcto mas em Lisboa o sabor da água não é nem nunca foi brilhante. Muito diferente de beber água da torneira na Guarda ou em Bragança.

Este tipo de propostas não são mais que uma armadilha na qual os media pegam como moscas em mel. E moscas é mesmo a melhor designação para um jornalismo que cada vez mais parece preocupado em encontrar uma poia onde pousar.

Ontem um outro exemplo de um excelente jornalismo..
A entrevista a Paula Teixeira da Cruz.

Judite de Sousa estava possessa. Quando se tem uma ministra da Justiça de um país com os problemas conhecidos no sistema judicial e se perde um tempo infindável a discutir as acusações de um bastonário incontinente e rasteiro, diz bem da qualidade da informação que se quer prestar ao cidadão.
Em vez de colocar perguntas relevantes como por exemplo a intenção de evitar o atraso dos processos usando os recursos ou questões pertinentes como os casos das duvidosas utilizações de verbas do ministério da Justiça nos governos anteriores, passa-se o tempo a discutir se a ministra tem cunhados, ou se tem alguém no gabinete que ela já conhecia etc etc.
Dá-se voz a um tresloucado que sai para a rua a gritar o que lhe vem à cabeça e depois pinta-se o cenário como se houvesse uma guerra aberta com o bastonário. Quase dando a entender que aos dislates deste correspondem respostas da Ministra.
E quando a ministra explica que isso não é assim, a entrevistadora diz coisas como "passemos à frente" ou "já tinha dito isso". Ou até um "bom..." estrategicamente colocado quase dando a entender que aquilo que a ministra acabou de dizer não é verdade...

Não tinha visto Judite de Sousa a fazer este papel noutras ocasiões. Com Sócrates à frente borrou-se completamente e tudo fez para não ferir e não zangar a fera.
Com a Ministra parecia uma luta de mulheres a competir pelo mesmo homem. Será? É que a sociedade de advogados a que a Ministra pertence também tem como sócio um tal Seara. O que é que se passa aqui?

Aquilo que tenho visto nos media não é mais do que a amplificação do pior e o alheamento do resto. A justiça é a "guerra" entre o bastonário e a ministra. É só isso? É preciso ser a ministra a listar aquilo que estão a fazer mesmo sendo interrompida pela entrevistadora?

Por estes dias não vejo jornalistas. Vejo uns tipos que parecem ter aterrado de paraquedas nos media, que nada se informam sobre os assuntos que estão a tratar ou, muito pior, que parecem ter contas pessoais a ajustar com alguém.
É essa a informação que nos servem. Verdadeiramente desprezível

O que é que nos separa?

Parece-me que será quase um detalhe.

Nenhum votante ou apoiante dos partidos do Governo aplaude as medidas de austeridade que nos são impostas.
Muitos há que são funcionários públicos e sentirão na pele o que aí vem. Seria completamente idiota pensar que eles estão todos contentes com tudo isto.

Os apoiantes dos partidos de Esquerda também não estão contentes como se demonstra pela constante crítica a toda e qualquer medida do Governo.

Só que enquanto uns acreditam que é preciso fazer alguns sacrifícios para podermos ter um vislumbre de futuro, os outros querem tudo e querem já.

Ainda há pouco estava a ver o Frente a Frente na SIC Notícias e de cada vez que Bernardino Soares fala da Economia parte de um pressuposto que é no mínimo estranho: Os bancos estão cheios de dinheiro e não emprestam porque são mauzinhos.

Baseado nestes pressupostos, PCP e BE acham que a solução da crise é "malhar" nos bancos até não poder mais.
Aumentar a fiscalidade na banca
Perdoar aos pobrezinhos virtuosos que foram vítimas da banca sôfrega que lhes emprestou dinheiro
Aumentar os salários por forma a aumentar o gasto das famílias e assim salvar a pequena indústria e o pequeno comércio.

Ou esta gente não vive no mesmo país que eu, ou são completamente demagogos.
A banca navegou em lucros fantásticos à custa de um endividamento disparatado das famílias. O crédito era uma fonte de receita interminável de juros e tudo o que anda à volta disso. Comissões, taxas etc etc.
De repente muita desta gente deixou de pagar. Parou o afluxo de dinheiro mensal ao ponto de terem de ser executados.
Os bancos ficam com um ímóvel (quando não é crédito ao consumo) que vale hoje 60%-70% daquilo que valia quando foi avaliado. Imóvel que não consegue vender porque muito pouca gente tem dinheiro em mão para comprar uma casa a pronto.
Nos leilões os bancos financiam mas já pedem garantias que seriam impensáveis há 2 ou 3 anos atrás.

Assim, a banca tem uma mão cheia de crédito mal parado, um património imobiliário que não consegue vender e falta de liquidez bastante séria.
Não nos esqueçamos que os Governos de Sócrates usaram e abusaram da banca para se financiar e que com a crise das dívidas soberanas, e a exposição de alguns bancos às mesmas, o cenário é desolador.

Passou-se de campanhas para crédito a campanhas ara poupança num ápice. Até já sugerem poupar arredondamentos!!!

Não é por acaso que o financiamento que a banca pode dar é escasso. Nada ao Estado e muito pouco às empresas e muito menos aos particulares.
Com os lucros da banca a cair 70% num semestre, bem se pode aumentar o IRC da banca porque o resultado é igual - uma mão cheia de nada.

Quem trabalha na banca sabe bem o ar pesado que se vive em todos eles. Os tempos de glória e optimismo já passaram. Agora é apertar os cordões à bolsa e entender de uma vez por todas que lucros fabulosos são algo que não volta tão cedo.
A própria banca ajudou a destruir o mercado imobiliário. As construtoras fizeram o resto, junto com a loucura de compra de casa que todo e qualquer português fez, sem poder minimamente suportar a mesma se sofresse um embate complicado na sua vida.
O embate chegou e o descalabro também.

Esquecem também os partidos de esquerda que se Portugal foi pedir dinheiro não foi certamente porque tinha milhões para gastar à farta. O desequilíbrio era total e o descontrolo na execução orçamental evidente.
Se não existe forma se suportar o nível salarial que existia, como se pode propor que o Estado o incremente?
O PS negociou com a troika uma série de medidas absolutamente draconianas com prazos de execução e validação de progresso trimestrais.
Este Governo está obrigado a cumprir aquilo que o país assinou pela mão do negociador (Governo) com o acordo das outras forças políticas que hoje estão no Governo. Fê-lo para evitar pura  e simplesmente a quebra de pagamento de salários de Junho.

Acho uma certa graça quando ouço Mário Soares e outras personagens de esquerda a falar de soberania. Quase 15 anos da sua governação puseram-nos completamente na mão de quem nos empresta dinheiro para comer.
De nada serve o orgulho de sermos "soberanos" se andarmos todos sem um tostão para pagar o que quer que seja porque o salário deixou de ser recebido ao fim do mês.

Gente como eles deve ter uma almofada razoável para viver muitos anos sem ter de se preocupar, mas a maioria dos cidadãos destes país depende do que recebe mês a mês. De tal forma que os subsídios estão quase sempre comprometidos com gastos ao longo do ano.
Viveu-se em média muito acima do que se devia. O exemplo disso é a média de endividamento familiar. É um número de fazer andar a cabeça à roda.

No fim de contas não há muita coisa que nos divida, mas o que há é realmente importante. É algo de fundamental e é aquilo que separa a prudência da temeridade absoluta.
O PS olha para uma folga como algo que se pode desbaratar. O governo olha para uma folga como uma almofada em caso de desgraça. E como temos visto pelo cenário económico presente uma desgraça é o que pode acontecer de um momento para o outro.
O que é que preferem? Gastar já e um PECzito para repor o erro de previsão, ou uma almofada e alguma segurança em caso de crise grave?

Para mim é óbvio que sei qual é. Para muitos é gastar enquanto se tem.
Afinal foi isso que meteu muitos (e o país às mãos dos governos anteriores) num buraco que parece não ter fim.

Otelo incontinente

Otelo, Vasco Lourenço e outros estão claramente num ponto em que as suas palavras já não conseguem esconder aquilo que sempre foram.

Uns pulhas totalitários que mais não pretendiam do que substituir uma ditadura de direita por uma de Esquerda.

Com o passar do tempo fomos esquecendo os que foi o verão de 75 e a palhaçada pseudo revolucionária que era orquestrada por gente como eles.
O tempo passou, receberam as suas promoções (Otelo e Vasco Lourenço chegaram a General tendo depois voltado a graduações um pouco mais modestas) e andavam de barriguinha cheia, fazendo uns discursos no 25 de Abril e dizendo umas coisas de circunstância.

Nunca terão pensado que o facto de terem estado num golpe militar lhes garantiria 40 anos de vida descansada.

O problema é que estes senhores juntamente com Jerónimo, outro dinossauro da ortodoxia comunista, defendem agora o derrube de um governo democraticamente eleito pela maioria dos cidadãos seja por uma intervenção militar, seja por sublevação nas ruas.

O que eles parecem esquecer-se é que se isso acontecesse e o país ficasse nas mãos de gente com as suas elevadíssimas qualificações, voltaríamos a passar fome. Em vez de perder 2 subsídios, os funcionários públicos perderiam o salário na totalidade. A falência da banca seria inevitável e o país entraria imediatamente num colapso generalizado.
Ou seja, o que estes fulanos defendem é por o país num Estado em que nunca esteve.

Enquanto o país se endividava alegremente nenhum falou. E se falou foi para exigir ainda mais. à custa de endividamento provavelmente.

Não se exige mais a militares. Existem aqueles que são de facto cultos e ponderados e depois existem estes que acham que por ter acesso a armas conseguem fazer tudo o que lhes dá na gana. Autênticos calhaus com olhos que só conseguem perceber que as coisas se façam por ORDENS emanadas das suas mãos.

O que se esquecem é que o poder que as forças Armadas têm neste país foi colocado no zero. O poder político fê-lo porque se queria proteger de uma eventualidade de golpe e o povo aplaudia sempre que se falava em cortes na despesa.
Assim, o exército não é mais que uma tropa fandanga, sem efectivos, com algumas brigadas verdadeiramente operacionais.
O exército não tem meios, nem materiais nem humanos, para fazer uma marcha sobre Lisboa.

Muito diferente da situação Grega em que o exército está excelentemente equipado e sempre esteve alerta por causa da "ameaça turca".

Otelo é coronel de coisa nenhuma. É um radical de extrema esquerda que defende abertamente a destruição de um regime democrático da mesma forma que defendeu a destruição de um regime autocrático. Basicamente, Otelo gosta de um regime... como ele gosta.

Talvez devesse lembrar-se de qual foi o apoio que a população lhe deu, mesmo sendo um herói de Abril. Talvez devesse lembra-se qual era a expressão eleitoral dos grupelhos esquerdoides por onde militou.

E se de um lado temos estes dois palermas, do outro temos um povo que sempre os conotou com uma extrema esquerda caceteira e incapaz de levar a sua avante a não ser pela força.

Mais valia que se calassem. É que se começarem com aventuras o povo pacífico pode começar a pensar se não é melhor fazer como em 75 e varrer uns quantos parasitas à paulada.

Até tem razão acerca do desvirtuamento da democracia. Até tem razão acerca da dureza das medidas. Perde a razão toda quando se põe a falar de um golpe militar. Tivesse o antigo regime ripostado em vez da tão típica resignação portuguesa, e hoje estaríamos a falar de um recluso após julgamento em corte marcial por traição.
Teve sorte em ter nascido num país de brandos costumes e é bom que não se esqueça disso.

Otelo, Jerónimo e outros que tais aceitaram a democracia e o voto porque não tinham outra alternativa. E porque os "vencedores" tiveram com eles muito mais deferência e contemplações do que eles teriam com os seus "inimigos". Veem-se como uma elite que lidera as classes trabalhadoras, demasiado estúpidas para pensar pela sua cabeça.
Mas espanta-me que se choquem com medidas que são aparentemente necessárias para corrigir a porcaria que a esquerda "moderada" causou em 15 anos de poder.
Ora lembrem-se lá e pensem se este energúmeno e se o camarada Jerónimo alguma vez apelaram ao derrube de um governo legitimamente eleito enquanto o PS estava no poder? Que me lembre nunca.

Otelo nunca teve o dom da palavra. Assinou mandatos de prisão em branco quando estava no Comando Operacional do Continente (COPCON) (não me esqueço de gente que foi presa às ordens deste animal só porque era acusado de fascista), defendeu atitudes semelhantes às que se passaram no Chile ao propor colocar os fascistas no Campo Pequeno, é suspeito de ter pertencido às cúpulas dirigentes das FP25 que apesar da sua incompetência terrorista ainda conseguiram matar algumas pessoas.

É a opinião deste fulano que esperamos que seja ponderada e sensata? Ele gosta de não ser esquecido e consegue-o pelas piores razões.

Much ado about nothing

Há um par de semanas atrás o Secretário de Estado do Desporto e da Juventude proferiu afirmações que têm sido caricaturadas, empoladas e ridicularizadas até à exaustão.
Como se o ridículo da situação não bastasse, o PCP queria ouvir o Ministro em audição parlamentar acerca das mesmas.

Quando não se tem nada que fazer inventa-se. Criam-se casos.

A demagogia bacoca e inconsequente desta gente é algo de bradar aos céus. Querer ouvir o ministro por causa destas declarações não é só demagógico. É imbecil e uma perfeita perda de tempo.

Acredito que os partidozecos de esquerda adorassem a audição. Estão sempre na linha da frente quando se trata de perder tempo com merdices. Já que só defendem utopias pelo menos chateiam.
Mas francamente, querer uma audição parlamentar de um ministro, nos dias que correm, com um país em estado de emergência insolvente porque um Secretário de Estado apelou ao arrojo dos jovens que estão no desemprego é no mínimo digno de um chapadão de mão cheia.

Acontece que eu não poderia estar mais de acordo com o Sec. de Estado até no que a mim diz respeito. Não foi uma nem duas vezes que disse aos meus filhos que a opção de ir trabalhar para o estrangeiro traz duas coisas: A visão de outros mundos e culturas e uma valorização óbvia neste país de pacóvios.

Pode ser-se bom cá, mas um medíocre que venha de fora parece ser sempre melhor aos olhos de muito boa gente.

De facto um jovem sem laços familiares (casamento, filhos) que permaneça no desemprego neste país quando podem existir excelentes oportunidades fora ou está acomodado ou pura e simplesmente não tem qualificações que sejam aceites fora do país.

Conheço diversos casos de jovens com formação superior que optou por sair do pais e não se arrepende nem um pouco. Mas não estamos a falar de cursinhos da treta que nem sequer deviam ser reconhecidos neste país, quanto mais no estrangeiro.
Estou a falar de um engenheiro mecânico, um de tecnologias de informação, e um dentista.
Os engenheiros foram para os EUA e o dentista foi para Inglaterra.

Em todos estes casos chegou uma altura em que se fartaram do emprego eventual e mal pago. Todos eles saíram há mais de 2 anos do país.
Conseguiram progredir profissionalmente lá fora e todos eles têm o reconhecimento dos seus pares como excelentes profissionais e fazem exactamente aquilo de que gostam com condições que cá não teriam.
Não assentaram praça em General, e partilhar casa e fazer alguns sacrifícios foi algo por que todos eles passaram.

Mas saíram da zona de conforto, incentivados pelos pais a dar um passo que podia ser decisivo nas suas vidas.

Não me parece nada de chocante, numa Europa em que existe livre circulação de pessoas e bens. Só parece chocar os palermitas do costume que se põem à saída da "escola" a gozar e apontar o dedo aos que passam.

Se o país em que estamos é escasso de oportunidades e miseravelmente gerido, como o foi durante as trampa de governos que foram os de Sócrates, a solução é ir para onde se é apreciado pelo CV, pelo mérito e pelo profissionalismo. Não onde se contrata baseado na simpatia partidária de um qualquer palerma numa empresa nacional.

Eu próprio , que já não sou  novo, estava 100% disposto a emigrar se o PS voltasse a ganhar as eleições. Pesquisei oportunidades e enviei CV's. Tinha duas hipóteses de escolha e estava determinado a fazê-lo.
Um país que elege a mesma porcaria 3 vezes é um país onde eu não estava disposto a viver mais.

Assim, percebo e apoio as declarações do Sec de Estado. é de longe preferível isso a termos uma geração de enrascados, sempre a lamentar-se e à espera que saia o novo iPhone ou o novo iPad para com o dinheirinho dos pais. Da geração que acha que a vida são concertos e festivais de Verão e que nada investiu no seu saber e conhecimento. Que tirou cursos inúteis porque foi preguiçoso demais para estudar no secundário acabando a licenciar-se em algo que há 30 anos nem se podia considerar um curso médio.

Saiam da zona de conforto. Mexam-se. Não há empregos cá? A alemanha está a recrutar técnicos superiores. Os EUA dão o Green Card a quem tenha habilitações numa série de áreas. O Canadá aceita emigrantes com formação superior.
Ou é melhor ficar em casa, sustentado pelos pais a lamentar-se que ninguém dá emprego porque isto está muito mau? Na esmagadora maioria dos casos eu sei qual é a resposta...

Colhemos o que semeamos

Duas notícias aparentemente sem relação chamaram-me a atenção durante esta semana.

O BCP vai por a venda 411 imóveis penhorados a preço de saldo e as crianças com fome nas escolas têm aumentado significativamente.

A verdade é que estamos a viver agora de forma condensada aquilo que nos recusamos a viver durante 20 anos.
Pagou-se a crédito um nível de vida que não se podia sustentar.
A loucura por compra de casa, incentivada pelo juro baixo e pela competição fraticida entre bancos, levou a que muita gente se colocasse numa situação tal que se alguma pequena coisa acontecesse a desgraça era imediata.
Comprometia-se uma percentagem elevadíssima do rendimento mensal, ao qual se juntava ainda o carro as férias e toda uma série de artigos de consumo pelas quais não se conseguia esperar.

Claro está, a banca agradeceu e deu cartões de crédito em supermercados, e fez anúncios de uma vida sofisticada com todos os sonhos realizados. E muitos não conseguiram resistir a ter uma vida de ricos de forma imediata. Havia gestores pessoais, portofolios em bolsa, investimentos nos mercados globais etc etc.

Quando por fim a economia começa a entrar em recessão, as empresas começam a cortar nos custos. São as horas  extraordinárias, os prémios e bónus e os aumentos que são cortados. Isto quando não é o próprio posto de trabalho que está em causa. E muitas famílias, mesmo sem perder o emprego veêm-se numa situação de não conseguirem pagar os seus compromissos. Começa pelos condomínios, pelas telecomunicações, pela TV por cabo.
Quando começa a ser mais sério é o carro, o crédito da TV LED e finalmente a casa. Com salários penhorados e sem nada que possa fazer, ficam sem casa e com uma dívida monstra para pagar.

Dizem agora que a culpa é dos bancos. Sem dúvida que é. Eles jogaram na apetência que as pessoas têm pela boa vida. Mas a verdade é que eles apontam ao mercado dos trouxas e esses sabemos que nascem à razão de 1 por minuto.
No meio de tudo isto há filhos em idade escolar, que vêm as suas hipóteses de um futuro melhor ser comprometidas pelos disparates cometidos pelos pais. A ideia de que se podia ter tudo, alimentada por pais irresponsáveis, cai por terra. E isso custa muitíssimo a crianças mal habituadas e que sempre viveram com um determinado nível.

As coisas ainda vão piorar antes de melhorarem. Se pensarmos a quantidade de gente que comprou casa e que provavelmente só teria capacidade para a arrendar é enorme. A carga fiscal sobre a propriedade, as despesas de manutenção e de áreas comuns é insuportável para muita desta gente. Mais vão declarar insolvência e mais casos dramáticos vão acontecer.

Mas será que a culpa é só da banca voraz e sem escrúpulos? Não me parece. No fim de contas as pessoas assinaram contratos sem ler. Convenceram-se que no pior dos casos ficavam sem casa e sem dívida. Partiam para outra, alugavam e estavam livres de problemas.
Mal informados, deslumbrados e num estado de alienação total desbarataram o que não tinham e vão pagar as consequências duma má decisão provavelmente até ao fim dos seus dias.

Avisei mais que um dos perigos de querer dar um passo maior que a perna. Num dos casos foi alguém que optou por uma casa mais cara só porque a mensalidade não era assim tão mais alta. Má decisão.
Quando o adverti tive de ouvir palavras ofensivas. Eu estava a insinuar que ele não "vivia bem".
Depois ouvi-o queixar-se da corja de ladrões que queriam o seu dinheiro. O condomínio, o Estado com o IMI, a Câmara com a conservação de esgotos.

A seguir um créditozinho para a carrinha Audi A4 Sport. Não foi a normal, foi a Sport que custava uma pipa de massa a mais por ter o volantezinho desportivo um logotipo vermelho não sei aonde e jantes de 18 polegadas. Cujos pneus custavam uma fortuna. Sim, é verdade, também tive de ouvir sobre o exorbitante preço de cada pneu para jante 18...

Hoje voltou para casa dos sogros, que felizmente tinham aonde alojar mais 3 pessoas, mas continua a pagar o que falta de empréstimo da casa depois da reavaliação da mesma. E nessa reavaliação, surpresa surpresa, a casa valia mais ou menos metade do que ele pagou por ela. Em 7 anos descobriu que o construtor o enganou com o preço exorbitante que pagou pela casa. Casa essa que já tinha findo a garantia e precisava de incontáveis arranjos. O Audi já foi há algum tempo e há uma penhora sobre uma parte do salário.
O filho já está numa escola pública.
Acabaram-se as férias em Punta Cana, e os fins de semana de glamour em SPA's. Game over.

Da última vez que o vi, tive de aturar o discurso dos bancos ladrões e da ladroagem que enriqueceu à custa dele.

O que estes tolos não entendem e não aceitam é que se tivessem sido minimamente prudentes hoje estariam bem melhor. Tinham criado uma almofada de poupança e tinham as suas despesas fixas num nível muito mais baixo.
Podia por o dedo na ferida e lembrar-lhe a conversa acerca da "sua capacidade de endividamento". Mas não o fiz. Ofereci a minha ajuda para algo que fosse preciso. O orgulho irá impedi-lo de pedir. Afinal, foi esse orgulho e a ânsia de mostrar que se era tão bom ou melhor que os outros que o meteu (com a mulher e o filho) na enrascada em que está metido.

Como ele há muitos. Bradam contra aqueles que são ricos ou não estão a passar dificuldades como se eles fossem os culpados da sua situação. Nunca me preocupei com o facto de um vizinho ter um carro melhor ou de alguém conhecido estar melhor na vida. Óptimo para eles e boa sorte.
A competição por mostrar que se é aquilo que na realidade não se consegue ser, meteu milhares de famílias num poço sem fundo. Sem esperança e sem alternativas.

A culpa é de quem? Em última análise é dos próprios. Os bancos nada mais fizeram do que aproveitar-se desta debilidade, que muitos têm, em seu próprio proveito convencendo os tolos de que os estavam a "ajudar". E na verdade se o tivessem feito com moderação isso até seria verdade.

Mas a assinatura no papelinho que o banco lhes pôs na mesa foi a deles. E quanto a isso a realidade é muito dura: eles são os responsáveis.

O PS abstém-se. Porque pensa no país em primeiro lugar...

Alguma vez tinha de ser a primeira.
Depois de anos e anos a pensar em si, passou a pensar numa coisa difusa e de contornos pouco precisos chamada país.

Que deve ser diferente do país em que pensaram antes. Esse tinha contornos muito precisos e resumia-se à estrumeira fétida que é o PS e os seus "amigos" ou "ex-membros".

Nessa altura o país do PS comprometeu o país de agora. O de todos. Aquele que é composto por 10 milhões de habitantes. Habitantes esses que sentem na pele o desemprego, o confisco fiscal e a penúria em grande número de casos.

Mas o outro país dizia que este país estava em excelente estado. As escolas eram melhores, a probreza tinha diminuído, a saúde ia de vento em popa e esse era um país avançado. Onde os homossexuais já se podem casar e as mulheres já podem abortar com toda a segurança.

Curioso é que nesse país fantástico, a natalidade seja baixissima porque é extraordinariamente difícil um casal sustentar-se mesmo que não tenha filhos. Quanto mais tendo...

Este PS que agora veste os trajes da responsabilidade e do sentido de Estado, antes confundiu o Estado com uma coisa sua. E endividou-o (o Estado) em proveito próprio e dos seus "amigos".

Chegou ao ponto de ter Secretários de Estado a defender negócios ruinosos com base num estudo de uma consultora que diz que nunca fez tal estudo. Como defesa, o energúmeno diz que lhe disseram que tinha sido essa consultora. E atá tinha convenientemente um "slide" usado por essa mesma consultora com o logotipo e tudo o mais, para dar alguma credibilidade às afirmações.
Aparentemente terá usado abusivamente os tais slides com os quais "elaborou" gráficos que lhe permitem sustentar a tese de que ainda poupou dinheiro ao Estado.

Curioso é como esses negócios ruinosos têm do outro lado uma empresa presidida por um "camarada". Nem vamos discutir a capacidade do "camarada" para ser presidente da dita empresa. Vamos apenas pensar o dinheiro que essa empresa não teria deixado de fazer se ele n\ao fosse o presidente.

Este PS que dia sim dia sim tem na televisão um repugnante professor de filosofia a defender a tese da crise internacional, é o mesmo que ainda há 6 meses atrás dizia que estava tudo bem e que não precisávamos de ajuda de ninguém. Nessa altura era esse o conceito de fazer o melhor para o país.  A par com um descontrolo total do que se gastava e não se gastava. Algo que deveria ter sido controlado adequadamente por um senhor do Porto que dizem ser um emérito economista.

Estamos metidos numa alhada monumental. Que agora alguém parece determinado a resolver. Finalmente alguém começa a dizer o que foi a gestão deste PS, sempre pensando no melhor para o país, que não orçamentou programas que eram uma bandeira sua. Que fez contratos ruinosos a todos os níveis comprometendo-se a pagar despesas que nem sabia quais eram.

Foi assim com Sócrates. Foi assim com o PS.
E mesmo que Seguro queira agora aparecer de cara lavada, ele tem nas suas hostes gente como Silva Pereira, Francisco Assis, Teixeira dos Santos, Santos Silva etc etc etc. Todos os asnos perdulários e incompetentes estão ainda lá. E Em lugares de destaque.
Viram de repente a luz? Não creio. No meio de toda esta miséria anseiam ainda pelo dia em que um país equilibrado os puser de novo no poder para continuarem a roubar e a gastar com os amigos.

E não duvidem que é isso que eles farão. É que olhando para o alinhamento dos mais jovens desse miserável partido, eles conseguem ainda ser mais verminosos e desprovidos de escrúpulos que os anteriores. Nem imaginava que isso fosse possível, mas é.

Só espero sinceramente que Passos Coelho consiga endireitar este país. Para que seja completamente impossível a esta corja de asnos malcheirosos por o pé no poder tão cedo.

o Tuga e a mania das generalizações

Generalizar, tomar o todo pela parte tomar a árvore pela floresta. São tudo formas de dizer a mesma coisa e é algo que os portugueses sabem fazer especialmente bem.

Hoje por causa de um cerco a uma casa onde se encontrava um foragido à justiça, um comentário prontamente dizia que se tivessem de esperar pelo mandato assinado por um juiz, teriam de esperar dias porque eles, os juízes, não trabalham nada.

Este tipo de mentalidade é algo de muitíssimo comum. Tal como é comum encontrar agora quem diga que bastava cortar nas mordomias de certos funcionários públicos para não ser preciso cortar nos subsídios de férias e de Natal.

Nada mais absurdo, porque mesmo que cortassem TUDO não chegava para pagar o buraco que o desbarato de dinheiros públicos causou. São negócios ruinosos de milhares de milhões de Euros que levaram a esta situação. Não é com este tipo de "cortes" que se consegue tapar o buraco.

Chego a ver bacoradas como por exemplo substituir os carros de alta cilindrada por carros do nível do Citroen C1. Isto vindo de gente que se empenhou para poder ter um BMW quando podia ter o mesmo C1 sem se ter endividado até ao pescoço.
Falo perfeitamente descansado porque não tenho nem nunca tive carro pago pelo empregador. Mas custa-me aceitar que gente que não prescinde disso, e torce o nariz a carros mais modestos, se ponha agora em bicos dos pés a dar lições de moral aos outros.

A generalização abusiva de que todos os funcionários públicos são maus e de que os do privado são bons e precisamente isso - abusiva.

Nem uma coisa nem outra são verdade. Certo é que muitos se habituaram a fazer o mínimo possível, mas outros matam-se a trabalhar e são dos mais insatisfeitos por constatar que alguns colegas levam uma vida fácil. E isto é exactamente igual ao que se passa no privado.
Tipos a viver encostados, a fazer cera nas horas normais e depois fazer horas extraordinárias são ao pontapé. E não são as avaliações de farsa que existem no privado que fazem a triagem ou recompensam os bons. As avaliações só servem para justificar um aumento ou para justificar a sua não atribuição.
Servem fundamentalmente para que chefias sem tomates se desresponsabilizem de tomar decisões. Dizem que é da avaliação e das directivas superiores.

O mal endémico deste país e que somos mais ou menos incapazes de mexer um dedo para conseguir um objectivo comum para todos. O português mexe-se se isso o beneficia a ELE. Se for exclusivamente por outros então diz "que se mexam eles".

O nosso egoísmo bacoco, a nossa ignorância tornada arrogância e a natural estupidez de quem só pensa as coisas com superficialidade, leva a que sejamos peritos em generalizar.
Se a justiça está mal, são os juízes nababos e principescamente pagos que não fazem nada
Se os nossos filhos são uns nulos incultos, a culpa é dos professores absentistas e desleixados
Se o país torrou milhões de euros dos dinheiros públicos então temos uns políticos miseráveis

Não pensa é que provavelmente tem culpas no cartório.
Se a justiça está mal será talvez pelo disparar da litigância. Talvez porque tenha deixado de pagar a conta do telefone ou do condomínio. Talvez porque interprete a lei sempre a seu favor, incapaz de pensar que não tem razão. Fazendo perder horas e horas a um tribunal que poderia estar a tratar de assuntos bem mais importantes.
Se os filhos são umas nulidades incultas talvez seja porque se estão marimbando para os educar em casa ou porque são incapazes de os incentivar para a importância do saber, ou apenas porque preferem resolver os problemas olhando para o lado e esperando que passe.
Se os país torra milhões de dinheiro público talvez seja porque se olha quem tem dinheiro com toda a reverência sem questionar a sua origem, porque provavelmente gostaria de se beneficiar de uma pequena fatia. Talvez porque no fundo desejariam estar no lugar desses larápios afundados em mordomias.

Lança suspeitas, acusa, julga e castiga com uma precipitação de fazer andar a cabeça à volta.
É burro e ignorante.
Vive de sound bytes como fonte de conhecimento.
É calão e potencialmente corrupto.
Foge aos impostos sempre que pode e fica chocado porque os outros também fogem.
Adora mordomias e gastar o dinheiro dos outros mas passa-se quando querem gastar o seu.
Acha que todos são incompetentes e ganham demais. No seu caso particular isso obviamente não se aplica. Também não se aplica a alguns amigos mais chegados
Acredita que aquilo que os outros têm são mordomias e que aquilo que ele tem são direitos.

Generalizando, é uma besta.