Os media (9)

Hoje assisti ao cúmulo da incompetência, irrelevância e má fé do nosso jornalismo televisivo.

Na SIC notícias fizeram uma peça jornalística de longos minutos acerca das reacções à conferência de imprensa do Ministro das Finanças.

Numa ligação a uma "jornalista", assistimos a uma jovem a dar eco à reacções na blogosfera e na imprensa internacional.
Confesso que já não espero grande coisa disto, mas ver a escolha dos blogs desta jornalista fez-me quase arrancar os cabelos.
A sra. escolheu o País do Burro, O Jumento e mais um outro blog qualquer. Certamente conotado com o criminoso PS ou com a esquerda panfletária tal como os outros dois anteriores.
Quando eu esperava que pelo menos ela escolhesse um outro blog menos rosa, eis que passa à imprensa Internacional.

Os dois pratos da balança são realmente equivalentes. O Jumento, o País do Burro e depois jornais de referência internacionais. Como se tudo o que houvesse na blogosfera portuguesa digno de nota fossem os dois pasquins vermelhuscos mencionados. Estamos certamente a falar de especialistas em economia ou em ciência política, dignos  de realce televisivo em horário nobre de um canal de Notícias.
Pelo andar da carruagem um dia destes terão excertos noticiosos com o Braganza Mothers.
Enfiar com um monitor de 23 polegadas nas trombas dos responsáveis pela informação da SIC Notícias pode ser considerado um serviço público.

Há certas coisas que me irritam profundamente. E a incapacidade de isenção de um jornalista é uma delas. Isto para já não falar da qualidade de informação em causa.
Uma televisão que está a mostrar imagens de um browser com sites que não sabe de quem são, cuja validade de opinião é tão discutível como outra qualquer e não é certamente isenta de sectarismo não pode ser a imagem única das reacções na blogosfera.
Qual é o papel da jornalista? Nenhum. Mais valia pouparem o salário desta pobre alma e colocarem QR codes na TV para irmos aos sites em causa.

Fez-me lembrar um reputado imbecil, que dá pelo nome de Álvaro Costa (Bons Rapazes na Antena 3), que se diverte a colocar videos do Youtube com trailers de filmes, ou excertos dos mesmos, para que nós ouçamos a banda sonora enquanto faz comentários acerca das imagens.

Mas esse é apenas tolo e convencido de ser um radialista cutting edge.
No caso da SIC Notícias é muito pior que ser tolo e incompetente. É ser manipulador de cabeças e de opiniões.
Para completar o ramalhete de rosas só faltou o Câmara Corporativa ou a Jugular. Porque não telefonar a Sócrates para saber a reacção?

Que critério está presente quando não se escolhe nenhum blog não conotado com o PS? 
Dirão:
Então este tipo está a falar de um blog de um qualquer anónimo aparecer na SIC notícias quando o blog dele também é anónimo?
Precisamente por isso. Ficaria surpreendido se citassem opiniões de anónimos  na TV. A minha incluída. Tal como é chocante termos a Lusa a dar notícias quase difamatórias de fonte anónima pelas quais tem de se desculpar.
Não espero que falem deste pobre blog na SIC. Porque a minha opinião não é relevante a nível nacional e muito menos digna de figurar na "reacções da blogosfera" a um discurso de um ministro.

Mas não espero que falem sobre NENHUM blog na SIC. Afinal aquela porcaria de canal chama-se SIC Notícias ou chama-se SIC Blogosfera?
A TVI já tem um programa chamado Combate de Blogs onde os seus autores dão a cara. É o mínimo que se exige para aparecer a esse nível.
Exige-se que uma jornalista digna desse nome vá além da má língua anónima (na qual eu me incluo) e que sobretudo os critérios de escolha incidam em sites com alguma relevância e de gente de reconhecido valor que ASSINA o que escreve.
O que esta desgraçada jornalista fez é o maior exemplo de jornalismo de sarjeta que se pode dar. O mesmo diria se fosse este o blog referido. Isso vos asseguro.

Como se costuma dizer - o que acontece na blogosfera FICA na blogosfera.
Porra para estes miseráveis jornalistas estagiários que não fazem ideia do que é ética profissional.

Quanto ao País do Burro é preciso ser mesmo o burro para não ver na página do Facebook que o autor (um dos que assina) tem como "political views" o Bloco de Esquerda.

Desculpem-me a expressão, mas que "merda" de reacção da blogosfera é esta de um tipo que trabalha nas finanças e que é do PS e um outro que ninguém sabe o que faz e é conotado com o Bloco?
É isto representativo das reacções à conferência de imprensa? De um tipo que votou em criminosos e de outro que representa uma contestatária e ínfima percentagem da população votante?

Não há paciência para aturar este tipo de boicote à vontade da maioria da população. Era com isso que nos atiravam à cara enquanto Sócrates foi destruindo este país. Tinha a maioria. E nós tivemos de aguentar.
Agora parecem não conseguir suportar que se ponha direito o que o criminoso "parisiense" deitou abaixo.
E muito mais grave é o facto de uma grande parte da classe jornalística estar constantemente a ocultar a responsabilidade da gestão socialista e a imputar e criticar as opções de um Governo que se vê a braços com um país sem dinheiro para pagar salários, pensões e honrar contratos com fornecedores.

Não há um mínimo de seriedade nesta abordagem. Através da repetição incessante deste tipo de atitudes assiste-se já a uma perda de memória preocupante. De repente todos os que lembram este facto, ouvem na maior parte dos casos "mas já passaram 8 meses...".

Escreveria para a SIC, como já o fiz para o Público se não soubesse qual o destino que uma carta de um leitor tem no meio jornalístico.
Em relação ao Público terminei a minha assinatura online. Em relação à SIC Notícias tenho de abdicar de ter outros canais de cabo. Mas há uma coisa que posso fazer. Retirar aquela "merda de canal" da minha lista de favoritos na box e retirá-lo da lista de canais sintonizados nas outras televisões. E isso acabei de fazer.
Vivo bem sem esta informação, sem o Expresso da Meia Noite, sem o Eixo do Mal, sem o Adão e Silva que finge que é equidistante de todas as forças políticas e sem o 60 Minutes requentado.
Recuso-me a ver canais de informação que o que fazem é distorcer a realidade e apoiar criminosos.

Recuso-me terminantemente.

Persistência no engano

O secretário-geral do PCP desafiou na sexta-feira o PS a “rasgar” a assinatura do “Pacto de Agressão” (o programa de ajustamento financeiro) e acusou o Governo de manter um “exército de desempregados” como estratégia da política de direita.
Jerónimo. O homem das "políticas concretas" que parece viver num mundo de fantasia em que as coisas acontecem como por artes mágicas.
A característica mais óbvia dos comunistas empedernidos é a mais completa falta de capacidade  para lidar com a realidade.

Quando se lhes diz que uma determinada coisa é de uma determinada forma, respondem sempre que devia ser de outra forma. E isto levado ao absurdo pode significar a alteração radical da forma de pensar de toda uma sociedade que é, como sabemos, algo que não se muda da noite para o dia.

Mas sabemos também que a forma de os comunistas lidarem com a realidade que não gostam é a de alterar essa realidade pela força, doa a quem doer, em nome do bem comum.

São "tolerantes", mas eliminam os opositores, são consensuais desde que os outros pensem como eles. Vivem completamente desfasados da realidade e propoem muitas vezes soluções para problemas que não existem ou soluções impossíveis para problemas que existem.

Jerónimo é da linha dura. Da ortodoxia. A mesma que defende o culto da personalidade, que defende a vanguarda esclarecida a debitar soluções para um proletariado que não existe ou para camponeses à imagem e semelhança dos trabalhadores da terra russos do início do século XX.

Irá para a cova, convencido que o seu mundo utópico era possível, tal como foi Cunhal. Nem que tivesse de se matar meio mundo para o conseguir.

Vive num estado de negação permanente sem nunca querer entender que num país falido não há forma de manter empresas deficitárias a trabalhar e a aumentar a sua oferta à custa de prejuízo.

Apesar de a expressão do PCP ser incipiente, deixou marcas no Portugal pós 25 de Abril.
Muito do que vivemos hoje no mercado do arrendamento foi o resultado da mentalidade pós 25 de Abril de que os senhorios eram fascistas e os inquilinos nobres "trabalhadores" com "direitos".
A estatização de tudo o que seja estratégico pode ir, para Jerónimo, desde uma empresa de transportes urbanos até 500 hectares de terra no Alentejo.
Assim acontecei com as UCP's do Alentejo. Com a desculpa dos latifundiários, expropriaram-se proprietários que nada tinham de latifúndio.  Essas ocupações eram quase sempre feitas mesmo antes da colheita. Assim os "camaradas" ficavam logo com um fundo de maneio para distribuir pelos "trabalhadores".

Hoje Jerónimo pede coisas impossíveis que soam bem na cabeça de muitos. A quem não agrada ouvir dizer que os transportes deviam ser de graça? Ou que a electricidade devia ainda baixar?

Tudo isto era possível em países de economia fechada e fictícia. URSS, RDA e Cuba. Quando uma colapsou, as outras também colapsaram. Só viviam com o afluxo de dinheiro e de ajuda "fraternal" da grande URSS. Sozinhas, com economias estatizadas e ineficientes colapsaram também.

O que aconteceu na Alemanha pós unificação é um bom exemplo disso. Muito pouco das estruturas industriais da ex RDA ficou de pé. O fosso tecnológico era de tal forma grande que tudo teve de ser deitado ao lixo. O desnível de rendimento nas duas Alemanhas era tão grande que depois da unificação havia claramente a uma pobre e uma rica. Uma era uma potência mundial e a outra um país devastado por anos de incúria e incompetência.

São este os modelos que um bom comunista defende. Atrevendo-se a dizer que esses modelos falharam (quando o dizem) porque os homens são falíveis e se desviaram dos ideais comunistas. Jerónimo é um destes. Jerónimo é um alienado que fala ao coração de saudosistas utópicos de muito baixa cultura política e muito mas muito sectários. Jerónimo é um anacronismo com pernas.

Dizer que o Governo mantém um exército de desempregados pressupõe que o Governo o faz de forma intencional. Que poderia acabar com esse exército de desempregados com um estalar de dedos.
Fala como se com uma medida governamental, toda esta gente pudesse estar a trabalhar amanhã.
Se calhar diz isto porque tem a visão estatizada de um país. Se calhar diz isto porque convém apelar a uma massa de gente sem emprego para conseguir os seus votos. Os comunistas nunca conseguiram dizer a verdade a ninguém. São mestres no eufemismo e na decepção. Só não são mestres em analisar a realidade. A fantasia é o seu mundo.

A solução que o PCP avança sempre para este país é a de usar o dinheiro do BPN.
Serviria para tudo. Parece que a juntar a todas as incapacidades do PCP  se junta a incapacidade de fazer contas.

O PCP é um partido incapaz de construir o que  quer que seja. Vive da contestação e sem contestação não é nada.
E ainda bem. É que se o PCP não contestasse isso queria dizer que muito boa gente estava metida num sarilho. Eles apenas aceitam a democracia como um mal necessário.
Estes eram os "camaradas" que falavam sem qualquer pudor na ditadura do proletariado. Como se um totalitarismo fosse bom apenas pelo facto de se comunista.

O PCP é, tal como o seu líder, um partido gasto, sobrevivendo com os eleitores de sempre. Dizem-me que há gente nova no PCP. Acredito que sim, mas muito ao contrário do que acontecia com a juventude comunista de outros tempos, que apesar de radical e totalitária ainda tinha algum conhecimento teórico sobre política, muitos dos que temos hoje são politicamente analfabetos.

De cada vez que o PCP se pronuncia pergunto-me sempre se é gente sob o efeito de substâncias alucinogénias ou  se são apenas mentirosos compulsivos. Either way, não parecem viver neste país

El imbecil

Cada vez que Seguro se pronuncia cimenta a minha convicção de que estamos perante alguém fortemente limitado intelectualmente.
A forma superficial como aborda os temas, a expressão meio tola a querer parecer um homem de Estado e o disparate constante que lhe sai da boca, leva-me a pensar que Seguro passa a vida a debitar um discurso ensaiado, mas duma infantilidade quase chocante.

Anda agora numa via exploratória dos 14% de desemprego. Como se por acaso esse número não se adivinhasse ou se por detrás dele não estivesse a maquilhagem dos números do desemprego levado a cabo pelo seu correligionário Sócrates. Há muito que este número teria sido atingido se não tivessem sido alteradas as regras de cálculo do desemprego "oficial".
Ou como se um governo a quem atiraram para o colo um país indigente, pudesse fazer algo no meio duma recessão para evitar o descalabro do desemprego.

Há muitos que vivem num criminoso estado de negação. Esquecendo que o país vive neste momento e desde há muitos anos dos empréstimos contraídos no estrangeiro. Isso aconteceu ao nível do Estado e ao nível das famílias. Enterramos o país até bem acima do pescoço.

É óbvio para todos, e sobretudo para o PS, que estando numa situação de pagar dívidas forçando um país já em recessão a mais austeridade (assinada pelo PS) que vai haver um abrandamento da economia.
E esse abrandamento não é uma coisa imaterial ou apenas um conceito de livro. Tem uma face bem real que passa pelo fecho de muitas empresas e por uma acentuada perda de empregos.
A carga fiscal aumentada, os custos aumentados levam ao fecho de milhares de pequenos negócios. São 2 ou 3 ou 10 empregos por cada um.
Obviamente que os números do desemprego disparam.
Obviamente que as contratações de novos recém chegados ao mercado de trabalho não acontece. Muito menos se apresentarem diplomas de utilidade duvidosa a par de uma total ausência de competências necessárias. Não é momento para se andar a formar durante 6 meses alguém no seu primeiro emprego. Isso, para quem clama por produtividade, é um anátema.

Toda a esquerda sabe disto. Só que enquanto o PCP e o BE passam a vida a dizer que há dinheiro dando como o exemplo o BPN, o PS não usa o óbvio populismo bacoco da extrema esquerda. Prefere usar demagogia barata, seja pela voz de Seguro ou seja pela voz do inominável Zorrinho.

O estado de negação constante pode ser considerado ridículo por parte da extrema esquerda que nunca teve nem tem capacidade ou competência para gerir um país. Mas por parte do PS, é uma negação criminosa só possível pela completa falta de capacidade em reconhecer que muito do que estamos a viver é culpa quase integral da gestão danosa de Sòcrates.

Fazendo um paralelo, seria como se a Inglaterra do pós guerra culpasse o Governo em funções por toda a destruição que a guerra causou. As bombas eram alemãs e o povo Inglês nunca pensou de outra forma.

Vivemos hoje num pós bombardeamento. Num estado de miséria bem real. Mesmo depois de toda  carga fiscal que os miseráveis governos PS nos impuseram. Parece que ninguém se lembra ao ponto a que aumentou a carga fiscal, ou os cortes na função pública e o abaixamento das prestações sociais pela mão deste PS. Enquanto batia com a mão no peito bradando que era "apenas" a defesa do Estado Social.
A única coisa de que muitos parecem lembrar-se é do que se passou de há 7 meses para cá. E navegando nessa onda de esquecimento, este Seguro, parco em inteligência e capacidade, tenta capitalizar os números do horror para o qual contribuiu.

Sócrates era incompetente, mau e calculista. Seguro que parecer bonzinho, competente e empático. Seguro é um perfeito incapaz. Parece ser o tipo de fulano que ninguém quereria ter como amigo nos tempos de juventude.
Um incapaz com aspirações demasiado altas para a sua craveira intelectual. Nitidamente

Canavilhas, Magalhães e todos os políticos mal pagos

Quando penso nos sacrifícios que esta gente faz para estar na política as lágrimas ameaçam cair-me.
Penso no drama que é ter excelentes profissionais, que por espírito de missão se contentam com o magro salário de Ministro ou de Secretário de Estado.

Soube-se pelo Correio da Manhã que os cartões de crédito considerados "suplementos remuneratórios" dos detentores de cargos políticos tinham uns simpáticos 5.000 Euros de plafond por mês no caso de Canavilhas e 4.000 no caso de José de Magalhães. No artigo revelam-se ainda outras quantias de Secretários de Estado e Ministros todos a rondar este valor.


Estes abnegados cidadãos, possuidores de carreiras profissionais que nas quais "certamente" ganhariam muito mais, conseguiam só com os cartões de crédito qualquer coisa entre 48.000 a 60.000 Euros por ano livres de impostos.
Se tivermos em conta todas as alcavalas, subsídios e serviços pagos pelo Estado, rapidamente deduzimos que os rendimentos destas pessoas (repugna-me um pouco chamar-lhes isto mas tem de ser) rondaria 10 mil Euros por mês se não fosse mais. Não esqueçamos que mesmo que pagassem 42% de IRS pelo salário declarado isso seriam 42% de 3500 Euros ou parecido.

Não deve haver muito lugar neste país em que se levem 6000-7000 Euros de salário liquido por mês para casa. O que transforma estes profissionais de alto quilate em alguns dos "gestores" pertencentes ao pequeno grupo dos mais bem pagos do país.

Foi em resposta a um pedido da Associação Sindical dos Juizes que esta informação chegou a público.
Depois da guerra declarada à magistratura, justificando cortes salariais bem acima daquilo que seria o corte do funcionalismo público, insinuando que seria uma classe excessivamente bem paga, a Associação pediu que fossem tornadas públicas as despesas dos membros do Governo. O PS recusou, como seria de esperar. Mas sempre se soube.
E isto que se soube é repugnante. Porque percebemos que profissionais sem carreira ou sem estatuto como sejam Alberto Martins ou José de Magalhães vivem regaladamente com aquilo que tanto nos custa a pagar e a sobreviver ao mesmo tempo - os impostos.

Façam umas pequenas contas aos membros do Governo anterior e seus secretários de Estado e multipliquem o valor dos ministros por 4500 e dos secretários de Estado por 3500. Chegarão a uma quantia absurda que parece vir dum "saco azul" sem fundo.
Nos 17 ministros e 38 secretários de Estado terão sido gastos 2.514.000 Euros só em cartões de crédito num ano. Resta saber se a coisa se estende a outras posições (e sabemos que sim).

Podem dizer que em 10 anos isto seriam 20 milhões e isso são "pentelhos" no grande esquema das coisas.
Mas é uma questão de princípio. É uma forma encapotada, desorçamentada e desonesta de dar a entender que os políticos são mal pagos quando para a craveira que estes têm seria impossível obterem este nível salarial em qualquer lugar. Sobretudo grande parte dele livre de impostos, o que é ainda mais chocante.

Gostaria de saber se Canavilhas como pianista de concerto conseguia cachets mensais desta ordem de grandeza. Obviamente que não. Por isso enveredou pela política há algum tempo. De pianista para os Açores e depois para o Continente.
José de Magalhães a quem se conhece como profissão anterior o ser comunista e ciber deputado da treta, dificilmente conseguiria conciliar as suas "convicções" com este tipo de atropelos. Se não estou enganado o salário dos deputados do PCP até vai para o partido. Isto para já não falar na "cabanita" clandestina na Arrábida que convenientemente estava em "nome da esposa". Suponho que seria interessante perceber se a esposa custeou a obra e se havia algum empréstimo contra+ido para mesma. Aposto que não. No fim levou o tratamento que levam clandestinos em zona protegida - demolição. Ordenada por um Juíz. Quando Magalhães era Secretário de Estado da Adm. Interna.
Depois "saltou" para a justiça. Sabem somar 2+2?

Quanto a Alberto Martins, tirando as suas aparições televisivas sorporíferas e enredadas emfloreados de linguagem vazia com sotaque do Norte, sempre foi um "advogado" político. É deputado desde a 5º legislatura. Vamos na 12ª. Cada uma são 4 anos. Grande carreira de advogado hein....

Não duvido que hoje possam existir abusos no Governo em funções. Não só não duvido, como estou absolutamente seguro disso. No entanto é este tipo de coisas que Passos Coelho afirmou que iriam acabar. Espero sinceramente que assim seja. Acredito que há alguns ministros que o fariam, mas há outros que imagino a gostar desta forma de ser "mal pago".
Seja como for, se estas despesas forem tornadas públicas como Passos afirmou, cá estaremos para confirmar.

E anda-se na AR a discutir a água da torneira ou água engarrafada. Uns idiotas a achar que não se deve beber água em garrafa e ou outros demonstrar que em jarros, pessoal para os encher e demais parvoíces ainda se gastava mais.
Enquanto isso todos aqueles inúteis sabem que este tipo de coisas acontece, pactua com elas e anseia por elas para si próprio. Mas discutem um garrafão de água a 60 cêntimos.

Nós cria-mo-los, votamos neles e temos esperança neles. Raios partam este país que parece ser mestre em produzir lixo.

Um país de "piegas"

Passo Coelho não o disse nesses termos, mas se o tivesse dito estava coberto de razão.
Somos um país de piegas.
Toda a gente choraminga a aponta o dedo ao governo e ao Estado em geral, como se lhe coubesse resolver os problemas de todos. Alguns deles com uma solução que depende de cada um. Mas mesmo assim, habituados à mama estatal que nos trouxe à ruina, todos reclamam.

Governos passados não "queriam" ouvir esta pieguice e à custa de dívida, davam aquilo que não tinham. Hoje estamos como estamos e os portugueses continuam a bradar a alguém "mais alto" para que lhe resolva os problemas.
Problemas que eles próprios criaram, fosse por acção ou por inacção.

Hoje por causa da queda de vendas no sector automóvel (47%) lá ouvi o lamento matinal de um qualquer responsável pelo sector, dizendo que estavam em risco 21 mil postos de trabalho. Como se alguém pudesse fazer alguma coisa para que os portugueses falidos, sem 13º e 14º mês, com meio subsidio de Natal e com todos os aumentos que têm de enfrentar pudessem voltar a comprar carros que não precisam com dinheiro que não têm.
Como se uma medida governamental pudesse contrariar a mais pura e simples falta de dinheiro. Ou a presença de juízo... É que agora há gente que quer poupar para ter uma almofada, em vez de trocar de carro a torto e a direito.
O sector surfou numa onda consumista irreal e insustentável. Adaptou-se abrindo concessionários, oficinas e demais. Se soube adaptar-se na subida, não lhes resta mais que adaptar-se na descida. É isso a economia de mercado. Azar.

Há algum tempo tinham sidos os piegas do golf por causa dos 23% de IVA. Agora são os do turismo a antecipar a hecatombe do verão. Milhares de portugueses sem subsídio de férias e andavam eles preocupados com a receita do golf. Visionários.

São também os sindicalistas que andam na constante pieguice dos direitos adquiridos. Mesmo que não haja dinheiro para os honrar, há que mantê-los, segundo eles. Até ao desaire definitivo. Até a uma Grécia nº 2.
Os partidos de esquerda anseiam por tumultos. Anseiam pela "rua". Uma vez que a sua expressão eleitoral é insignificante esperam que por um passe de mágica todo o povo saia à rua a protestar.
Como o povo não o faz, a CGTP que não é mais que o braço armado do PCP convoca greves gerais absurdas e lesivas da economia para dizer que os trabalhadores estão "descontentes". Olha a novidade. Estão os trabalhadores e todos os outros, mas ainda há quem ache que este sacrifício permitirá ao país sair da crise. 66% segundo uma sondagem. Um bom número para a esquerda perdulária e gastadora ponderar.

Piegas são também os tolinhos do PS. Hoje Zorrinho em resposta aos números do desemprego de DEZEMBRO de 2011 dizia que há 15 dias que o conselho da Europa falou em políticas de fomento do emprego. E em 15 dias o governo não fez nada...
Não consigo saber se ele foi lobotomizado ou se pensa que está a falar para uma assembleia de lobotomizados, mas eu aposto na 1ª hipótese.
Como acha esta luminária que o Governo pode inverter a tendência descendente sem ter dinheiro para isso? Contratando funcionários públicos? Pagando salários de trabalhadores que as empresas não conseguem sustentar? A fazer o quê? A vender a quem? Pieguice de tontos e alienação total da realidade.

Ando realmente farto de piegas. Espantosamente, os que mais dificuldades passam não o são. São estes que dizem que defendem os direitos dos outros que passam os dias em constantes lamúrias. Não se preocuparam nada que o que foram fazendo durante anos nos trouxesse aqui. Mas agora soluçam tristes em solidariedade com os que menos podem.

São os parvos que acham que se ganharmos todos 900 Euros fica tudo bem. Ou melhor, se eles ganharem 2000 porque precisam, e todos os que ganham hoje mais que isso forçados a viver com 500. O facto de estarem a comparar gente com competências com totais analfabetos não lhes diz nada. A vida é simples para os tolos.

Vivemos numa época em que os burros andam cheios de certezas e os inteligentes cheios de dúvidas. Mas infelizmente as vozes que se ouvem mais são as dos burros. Podem não chegar ao céu mas chegam a tudo o que é TV, rádio e jornal.

Foot "in" mouth disease

Não, não é a febre afetosa.

É a doença da qual padecem muitos mas muitos políticos neste país.

Quando um destes dias ouvi um eminente comunista qualificar de arrogante a postura do ministro das finanças alemão, fiquei algo surpreendido. Ainda que a sua postura fosse austera e até paternalista, não iria tão longe a ponto de a qualificar de arrogante.
Também não vi subserviência da parte de Vitor Gaspar. Vi sim educação e uma postura de estado digna.

Mas voltemos ao ministro alemão.
Porque é que o dito sr. o qualificava de arrogante? Porque não se levantou e porque se manteve a olhar para a frente enquanto Vitor Gaspar falava com ele e o ouvia.
Wolfgang Schaube, the Interior minister 2005-9, was shot by a deranged man in 1990 and is confined to a wheel chair.
Wolfgang Schube tem deficiência física. Está confinado a uma cadeira de rodas desde 1990. 
Se ele se levantasse não só seria um sinal de respeito, como seria para muitos a prova de um milagre. Desde 1990 que ele não se levanta para ninguém.

Aquela "arrogância" de não se levantar, tão prontamente detectada por toda a esquerda que destila ódio para com os "ricos", não é mais do que a manifestação de uma fatalidade.
Aquela inclinação de Vitor Gaspar que num comentário se perguntava se era devida a ter um ou os dois joelhos no chão, não era mais do que um interlocutor a adequar-se à situação.

Todos os epítetos com que foram presenteados os dois não passam de mais um exemplo de algo que deve ser entendido e aceite na nossa sociedade numa perspectiva inclusiva - o drama da deficiência mental. Da qual padecem inúmeros políticos neste país.

O que é chocante é a forma como estes políticos medíocres são vítimas do imediatismo que tanto gostam de servir à população. Os sound bytes do "piegas" que depois aparecem em cartazes numa manif, ou a "pensão" de Cavaco, ou os "pasteis de nata" de A. Pereira.
Eles criam-nos, os media amplificam-nos e os próprios políticos fazem figura de estúpidos ao acreditar ele próprios nas "primeiras impressões" em vez da realidade.
Não esperava muito da esquerda. Afinal sempre viveu das aparências sempre escondendo a realidade.

O mínimo que Rúben Carvalho devia fazer  no próximo frente a frente era pedir desculpa pelo lapso e repensar toda a sua "primeira impressão" que se baseou essencialmente no facto de um ministro não se levantar e o outro estar inclinado por causa disso.
Mas como um bom comunista, Rúben de Carvalho não vai fazer nada disso. Um comunista é sempre fiel ao que disse mesmo que se demonstre que esteja errado.
Não foi assim que a União Soviética se comportou durante décadas? Não foi por isso que se eliminaram aos milhões os que achavam que o regime estava errado?

Rúben é um bom comunista. E como tal nunca fará o que devia fazer nesta situação. Rúben é apenas um daqueles tolos de conversa de café, bem falante e cheio de visões próprias da realidade. Mas é sobretudo muito mal informado, o que convenhamos é uma das coisas que um político NÃO deve ser.

A segura irrelevância

Não há nenhum ângulo pelo qual António Seguro me pareça um personagem aceitável.

Ao mesmo tempo que parece uma massa informe e sempre pronta a adequar-se a qualquer situação, sai-se com indignações absurdas que partem de pressupostos completamente ridículos.

A TVI  apanhou uma conversa lateral entre Vitor Gaspar e o ministro das finanças Alemão, em que o segundo dizia que a Alemanha apoiaria Portugal numa eventual revisão das condições do plano de apoio. Mas isso apenas quando o assunto "Grécia" estivesse fechado.

Compreende-se. Fazê-lo agora seria abrir um precedente para o qual a Grécia iria apontar, mesmo que as duas situações sejam incomparáveis quer do ponto de vista do volume da ajuda quer do ponto de vista do cumprimento do acordo já celebrado.

Esta conversa lateral será seguramente igual a milhares delas que nunca são interceptadas por uma televisão. Será a partir delas que se fazem os acordos e se cimentam relações que mais tarde resultam em acordo entre estados. Não é nada de estranho e é normal chamar-se a isto diplomacia.

Na verdade não existe qualquer problema no teor da conversa. Antes pelo contrário. Se a Alemanha apoiar um alongamento de período, ou uma abaixamento das metas do deficit, ou um abaixamento das taxas de juro no seio do FEEF, isso só podem ser boas notícias para nós.
Tanto que o são que Vitor Gaspar fez o que qualquer pessoa preocupada com a situação faria. Agradeceu a manifestação de apoio e confiança do representante do executivo alemão.

Hoje ouço declarações de António José Seguro na TSF quase dando a entender que ele está zangado com a situação.
E está zangado porque :
  • Ele já tinha falado nessa necessidade
  • Essas coisas não podem ser discutidas em conversas privadas
  • O governo com isto estaria a "discutir" em segredo este alargamento e internamente a defender que não o iria pedir.
Em face disto eu diria que Seguro é triplamente parvo e triplamente incapaz.
Não foi só Seguro que defendeu o abrandamento das condições. Foram quase todos. E quase todos os que as aceitaram assinando um papel onde elas estavam expressas.
Como um bom socialista, Seguro acha que se deve assinar um acordo e mudar depois as regras a meio porque não lhe "convém" cumprir as condições que aceitou.
Isto é absolutamente evidente se nos lembrarmos da actuação do PS em toda e qualquer negociação enquanto estava no Governo.
Negociava de má fé nunca tencionando cumprir o acordo. Há abundantes exemplos dessa forma de estar. Seguro não foge à regra.

E Seguro até pode dizer que não foi ele que as aceitou. Pode até dizer que foi o arremedo de ser humano que era presidente do PS que o fez.
O que é triste é ter um 1º ministro de outro partido honrar um acordo em grande medida concebido por um rival político sabendo até que ponto isso o pode por debaixo de fogo, e do outro lado o sucessor do negociador principal do acordo numa constante choradeira a pedir adiamento, alteração, mudança etc etc de uma coisa com que concordou implicitamente por ser do partido do negociador principal.

A até podem dizer que Seguro não sabia do conteúdo do acordo à data da sua negociação. Não sabia à data nem o sabe agora. A quantidade de coisas que Seguro diz que não constam do acordo e que estão lá escarrapachadas preto no branco só me leva a pensar que ou Seguro fala de cor e nunca leu acordo nenhum, ou mais grave, leu e mente acerca do teor do acordo.


Em segundo lugar, a discussão desse alargamento não é uma conversa privada como uma qualquer conversa entre duas pessoas sem responsabilidades governativas. É uma conversa entre dois membros de dois governos implicados no processo. Caso Seguro na sua imbecilidade não tenha reparado, é assim que muitas das coisas começam a este nível de gestão nacional. E caso Seguro não tenha reparado não é suposto a oposição saber de todos os detalhes, conversas e discussões que têm lugar entre Governos. É a oposição, não é o Governo. Ele bem pode vir dizer as parvoíces do costume "se eu fosse primeiro ministro..." tentando dar-se a importância que ninguém lhe dá. Seguro é um incapaz e um tolinho útil.
Serve para ser achincalhado pela linha Socratista dentro do partido, até esta ter um digno sucessor do miserável desgraçado. Seguro encarrega-se incompetentemente da gestão corrente.

Pois meu caro Seguro, não é 1º ministro nem nunca vai ser. Por este caminho quando acabar de fazer as suas figurinhas imbecis, o PS irá substituí-lo por qualquer um que esteja á mão.

Em terceiro lugar, a conversa parece indiciar que foi a primeira vez que aconteceu. Gaspar não parecia estar a ouvir qualquer coisa que já tinha sido falado. Sendo assim, dificilmente se pode dizer que o Governo está a negociar em segredo.
E mesmo sabendo o que sabe, é de longe preferível manter uma linha de rumo que do ponto de vista alemão merece louvor e confiança. Se assim não fosse o ministro alemão nunca teria dito o que disse. E é importante manter a confiança dos alemães? Sim é. Seguro devia saber isso , já que o seu salário de deputado está a ser pago por eles desde há uns tempos para cá. Portanto, em vez de morder a mão que o alimenta, deveria ficar caladinho e agradecer a sorte de ainda haver alguém que empreste dinheiro a este país que ele e os seus camaradas arrastaram para o buraco mais profundo. Mas convenhamos que vergonha e inteligência não é coisa que abunde em Seguro.

Aparentemente a teoria de passos Coelho está certa. Primeiro cumprir para se ganhar confiança e só depois em face desse cumprimento pedir uma revisão das condições.
Passos Coelho e Vitor Gaspar conhecem bem melhor a forma de pensar dos alemães do que qualquer socialista ou comunista deste país.

Podemos até não gostar deles e chamar-lhes os nomes todos. Mas convém não esquecer que andamos há anos a viver da riqueza que eles produzem e que os salários de muitos milhares de portugueses são agora assegurados pelas poupanças dos alemães.
Em vez de fazer figura de caloteiros e maus pagadores mal agradecidos, parece que compensa fazer o contrário.

Quanto às declarações de Seguro sobre esta matéria elas são mais do mesmo. Vazio total, incapacidade de argumentação e uma tentativa de esconder o papel criminoso que o PS teve em todo este processo que estamos a viver.
E não é com o spin de Assis que afirma que as coisas ficaram piores por causa da crise política, que o PS se pode livrar do triste recorde que obteve.
Ficar a semanas de não ter dinheiro para salários na função pública deveria ser qualquer coisa de profundamente embaraçoso para qualquer um que ainda tivesse uma réstia de vergonha.
Parece não ser o caso desta corja cleptómana, incompetente e criminosa que abunda no PS "ministeriável". A trampa da trampa é no PS a sua cúpula dirigente.

Estas desgraçadas e incompetentes criaturas deveriam ponderar muito bem todas as palavras que proferem, sob pena de se estarem a criticar a eles próprios.

Sai um Fernando Ruas na grelha para a mesa do canto!!!

Lindo de ver. O ciciante Fernando Ruas, cacique dos caciques locais, a grelhar em lume intenso pela mão de Mário Crespo.

O discurso ridículo de que as autarquias tinham 5 mil milhões de dívida e uma receita de 8 mil milhões por ano caiu pela base quando Crespo lhe perguntou se essa receita não eram as transferências do OGE.

Ficou completamente desarmado. Tal como tinha ficado perante as perguntas acerca das viagens a Veneza organizadas por uma qualquer freguesia em troca de uns meros 70 euros.

As autarquias são desde há muito tempo a pedra basilar da corrupção. Dos negócios de favorecimento, dos amigos, dos construtores e das teias de inflluências. Ruas aparece sempre a dizer que não é bem assim. Porque nós em Viseu fizemos isto e fizemos aquilo e patati patata.

Pela sua influência no PSD sempre teve as costas relativamente protegidas. Enquanto o Estado se podia dar ao luxo de pagar rotundas plantadas a cada 100 metros.

Diz Ruas que as transferências do OGE estão na lei. Pois deve estar sim senhor. A questão é bem outra: e onde está o dinheiro que a lei diz que se deve transferir? Imprimir uma lei não custa nada. Só que agora já não imprimimos dinheiro sr. Ruas.
Apesar da sangria desatada que foi a construção por esse país na esperança de obter receita de IMI, não há forma de financiar as autarquias da maneira que foi feito até aqui.

O Sr. Ruas não é muito diferente de todos os outros que sempre viveram à custa do dinheiro dos contribuintes. Não é muito diferente dos caciques meio apalermados que as distritais escolhem para se candidatar. Ele é apenas o cacique dos caciques. Nem é mais inteligente, nem é mais honesto que os outros. Só tem melhores amigos.

As mentes vazias

Temos de ser ambiciosos e exigentes com o ensino, com a investigação e o saber, com as empresas. Hoje, mais do que nunca é preciso enfatizar a relevância de os portugueses serem totalmente exigentes e nada complacentes com a facilidade, transformando de velhas estruturas e velhos comportamentos muito preguiçosos ou, às vezes, demasiado autocentrados, por outros descomplexados, mais abertos, mais competitivos. [...] Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos, que sofrem tanto para aprender. Só com persistência, exigência e intransigência o País terá credibilidade.
Confesso que não tinha lido as palavras do 1º ministro no seu verdadeiro contexto. Desde ontem que os piegas vazios do costume trouxeram para os jornais toda a espécie de comentários acerca dos "piegas".
Mesmo que o 1º ministro tivesse dito num discurso "os portugueses são uns piegas" não estaria a fugir muito à verdade. De facto os portugueses são uns piegas. Uns piegas, maus perdedores, gente que gosta de mudar as regras a meio do jogo se as coisas não estiverem a correr de feição, adeptos de atrasar a justiça se o caso for com eles etc etc.
Duma forma geral somos um povo cheio de virtudes. De pouco adianta dizer que tivemos uma história gloriosa. Tivemos, no passado. Mas as nossas gentes de hoje nada têm a ver com as do passado distante, tal como não têm nada que ver com as gentes dum passado bem próximo. É passado, e nós conseguimos deitar pela borda fora toda uma herança de orgulho, de espírito de sacrifício e de sentido de dever.
Resta uma minoria com princípios, com verticalidade e com HONRA.
Não qual não incluo., bem entendido, os ilustres membros da oposição do PS e do BE.

Havia qualquer coisa que me dizia que esta notícia do Público era mais trampa do costume
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou hoje aos portugueses para serem “mais exigentes”, “menos complacentes” e “menos piegas”, porque só assim será possível ganhar credibilidade e criar condições para superar a crise.
Havia qualquer coisa que me dizia que estávamos perante uma distorção igual à "suspensão da democracia durante 6 meses" de Ferreira Leite ou igual ao "desvio colossal" de Passos Coelho.

Percebo que um analfabeto funcional, que mal sabe interpretar um texto, possa tirar conclusões erradas de textos mais ou menos claros. Mas não espero que jornais, jornalistas e políticos sejam desonestos a ponto de retirar completamente do contexto duas palavras e andem de volta delas durante dois dias a ponto de criar uma notícia disto.
O Público desceu ao ponto mais baixo do rigor jornalístico. Perdeu completamente a noção de que a notícia é o relato dos factos. Para o Público a notícia faz-se de acordo com a visão do jornalista.

Só que a seguir aos maus vêm os péssimos. Ter Zorrinho ou Fazenda a dizer que Passos chamou piegas aos portugueses é extraordinário. É a prova mais que provada que a substância do que têm para dizer é nula. Ah, e que são uns "calimeros" (vulgo, piegas) da pior categoria.
É confrangedor ter estes "políticos " chegar à conclusão de que Passos não sabe falar aos portugueses por causa de um texto destes.

Eu diria que me parece que a única coisa que eles pensavam que sabiam fazer não lhes deu grandes resultados. A desanda épica que o Bloco e o PS levaram nas últimas eleições e todos os números de sondagens que apoiam a acção de Passos parecem comprovar que quem não sabe falar são eles próprios.
Vazios de substância, irrelevantes e completamente demagogos. Usam estas oportunidades para insultar veladamente Passos Coelho. À falta de melhor recorre-se à mais baixa desonestidade e deturpação.
Já não bastava o vazio intra craneano de Seguro. Esse vazio parece estar a estender-se a um sector muito alargado da esquerda.
Porque é que o PCP (excepção seja feita ao sr. piegas da CGTP) não se manifestou no mesmo tom acerca disto? Será que leu o texto completo e se absteve de fazer figura de parvo?

Aparentemente, quer o PS quer o BE não têm qualquer problema em fazer figurinhas estúpidas. Assenta-lhes que nem uma luva. Que pobreza de espírito.

A politização das coisas. De todas as coisas

Já estamos habituados a ver todo e qualquer assunto que se discute a levar com um carimbo político. O aborto é de esquerda, prender um criminoso é de direita (a não ser que seja um criminoso de direita o que faz com que prender um criminoso seja de esquerda), o lucro é de direita , ser bonzinho e dar dinheiro aos pobres é de esquerda, dizer a alguém que trabalhe é de direita e por aí fora.

Talvez porque alguns não consigam conceber que as coisas possam existir numa esfera completamente diferente da política, precisam de ligá-las a uma ideologia.
Como se na aplicação prática houvesse alguma característica que as ligasse a uma ideologia.

O caso mais recente parece ser a clivagem entre os apoiantes do acordo ortográfico e os seus detractores. Entre os quais se inclui Vasco graça Moura.

Parece que de repente o acordo é de esquerda e que aqueles que não o querem adoptar são de direita. E isto talvez seja porque foi durante os Governos de Sócrates que essa aberração foi aprovada.

O acordo não é de esquerda nem de direita. O acordo é uma merda e ponto final.
É incoerente, viola regras básicas da língua e transforma-a uma amálgama de disparates.
Como se chamam os que nasceram no Egito? Egicios?
E se eu disser "os fatos foram provados" sou alfaiate ou juiz?

A língua tem regras. E a nossa através de um acordo dificilmente defensável, vai ter essas regras violadas de tal forma que palavras derivadas de outras vão ser irreconhecíveis.
As razões deste acordo prendiam-se com uma maior facilidade de "vender" obras escritas em português nos outros países de língua portuguesa. Uma razão económica e de viabilidade da nossa língua que talvez devesse ser repensada.
Como é que os islandeses se safam com as suas publicações? Ou os finlandeses? Vão por-se todos a falar em Sueco para poder expandir o mercado? Não. Claro que não.
E entre as razões que poderiam apontar decerto estaria a génese da sua língua e por arrasto de toda a sua cultura.

Quando Graça Moura ou Sousa Tavares são contra o acordo, não o são por imobilismo ou porque são a nova geração de defensores dos velhos hábitos.
São-no porque sabem da língua muito mais que o comum cidadão que a destrói, e que sejam qualquer quais sejam as regras a destruirá na mesma.

Mudar a forma de escrever (e por arrasto, de falar) por decreto é absurdo. E não estamos a falar de um estudo aturado e um decreto emanado por alguém sapiente e capaz. Estamos a falar de regras mal amanhadas e impostas por gente incompetente.
Mesmo assim isso não faz com que o acordo seja de esquerda. Só faz com que o acordo seja o que é - uma merda.

Ouvir os partidos de esquerda atirar-se à jugular do 1º ministro por causa de Graça Moura e da sua circular interna no CCB, é um aproveitamento patético da situação com dividendos políticos em mente.
Mas a única coisa que pretendem com isto é ser os "mete nojo" do costume. Nada em prol das soluções e tudo em prol dos problemas. As inutilidades demagógicas do costume.



Aproveitar este tipo de situações para questionar a não recondução de Mega Ferreira é como dizem os ingleses "grasping at straws". É um dos melhores exemplos de como se perde tempo no parlamento a discutir parvoíces.

A maldita greve, a maldita mania da negação

Amanhã lá vamos nós gramar com mais uma greve paralisante para o país. Especialmente nas grandes cidades, onde o transporte público desloca largos milhares de pessoas por dia, o serviço vai estar reduzido a uns meros 20% ou menos.

Não consigo compreender isto. Nem consigo compreender as razões que levam esta gente, com empregos em empresas falidas há anos e mantidas a balões de oxigénio dos nossos impostos, a impor a todos nós faltas forçadas ao trabalho com o consequente prejuízo para todos.
São alunos que não vão chegar às escolas, doentes e médicos e enfermeiros que não vão chegar aos hospitais, trabalhadores do sector privado que não vão conseguir deslocar-se para o trabalho etc etc.
É todo um mar de gente que acrescenta mais 8 horas de tempo não produtivo à já escassa productividade deste país.

A greve é contra a subida dos preços?
Então deviam ser os lesado a rebelar-se - os utentes. Não aqueles que irão beneficiar mantendo os postos de trabalho com o equilíbrio financeiro das empresas onde estão empregados.
Os alimentos subiram e ninguém viu os donos de restaurante fazer greve. A electricidade subiu e ninguém viu os trabalhadores da EDP fazer greve.

Só estes iluminados fazem greve pelas mais incríveis razões. Desde o arquivamento de processos disciplinares até "à agressão das forças liberais e capitalistas".
Há qualquer coisas nas suas cabeças que os leva a manter-se em permanente estado de negação quando se diz que trabalham em empresas falidas, inviáveis e completamente perdulárias.
Há algo que lhes diz que o contribuinte, mesmo o não utilizador, vai pagar parcialmente os seu salários e os seus devaneios.

Eu também estou contra o aumento dos preços. Duma forma mais genérica sou contra a inflacção. Mas é uma fatalidade. E se o aumento dos preços não acompanhou nem de perto a inflacção então é no mínimo plausível que se acertem as coisas. Sob pena do colapso total.

Mas se me dizem que para ter transportes públicos e reavivar empresas falidas é preciso aumentar sos preços eu prefiro isso do que não ter transportes públicos de todo.
Claro que me chateia que aqueles que falam do conceito de utilizador pagador me façam pagar num passe transportes que eu não uso, em nome da simplificação da oferta absurda de combinações de passes. Mas porra... não faço greve por isso. Corto noutras despesas para poder manter as coisas em equilíbrio.
Que não é mais do que faz a maioria que tem de se ajustar em tempos de sacrifício como os que vivemos. Não vou ao banco gritar por mais crédito de borla.

Este estado de negação levado a cabo pelas forças mais à esquerda parece assumir que há ricos suficientes para pagar tudo isto. Parece assumir que se 45% de imposto não chegam, se deve partir para o confisco total.
Estupidamente acham que de alguma forma podem despojar os "ricos" de tudo o que têm para manter os "seus direitos". Porque certamente eles têm uma legitimidade que só a esquerda tem. O problema é que para esta gente o conceito de rico parece começar nos 1500 Euros por mês. Quando muitos destes tipos ganham isso ou mais. Especialmente os tribunos inúteis e como tal demasiadamente bem pagos que pululam nas bancadas da esquerda e extrema esquerda do parlamento.
Ora vão-se lixar. Ou não sabem fazer contas ou são pura e simplesmente um grupo de agitadores que quer ganhar nas ruas aquilo que nunca foi capaz de ganhar nas urnas.
Quer-me parecer que o PCP e o BE estão a precisar da receita que lhes foi aplicada no fim do Verão quente. Aos níveis de bandalheira a que se chegou, imposta por uma minoria, segue-se normalmente uma reacção. E essa reacção não é aquela que parecem esperar mas muito provavelmente a contrária.

A maior parte do cidadão quer viver em paz, desligado da maldita política sectária dos partidos, sem grande atribulações no seu dia a dia. Já lhes basta vida pessoal e profissional sem terem de fazer grandes cálculos sobre como chegar ao trabalho. Trabalho de que precisam como do pão para a boca.

Estou a ficar farto desta gente que se acha isenta do dever de fazer sacrifícios mantendo tudo aquilo que tem enquanto que todos os outros não têm mais remédio do que comer e calar pelo simples facto de não poderem fazer uma greve que paralisa o país.

Se os meus impostos fossem descontados do dinheiro que enterram nestas empresas eu seria o primeiro a sair à rua defender a sua privatização.
Gostaria de ver qual seria o poder da CGTP e do PCP nas empresas privatizadas. Creio bem que nunca mais saberíamos o que é uma greve de transportes.
Estão a fazer tudo por merecer esse tipo de tratamento.


Não sei qual é o prejuízo que vão causar directamente nas suas empresas e indirectamente no país, mas vão de certeza deitar à rua milhões de euros só para satisfazer as ânsias de mobilização do utópico PCP e do seu braço armado laboral.

Quando é que este tipos entendem que este tipo de acção é totalmente contraproducente? E se olhassem para o exemplo da comissão de trabalhadores da Auto Europa? E que tal hein?