En garde, Lagarde

Pobre senhora elegante.

Quando manifestou a sua convicção de que os "gregos" deveriam pagar os seus impostos, caiu-lhe a Grécia em cima.

Como se por acaso o sistema fiscal Grego fosse alguma coisa que funcionasse.

Dizia ontem o indizível Alfredo Barroso que as grandes empresas de transporte marítimo gregas não pagam impostos. Que a Igreja ortodoxa que é a maior proprietária grega, não paga impostos.

Barroso usava esta argumentação para atacar Lagarde.
Barroso é tão cego e tão absurdamente sectário que nem percebe que esta argumentação é precisamente a defesa de Lagarde.
Ela não disse que quer que os Gregos que já pagam impostos paguem mais impostos.
Ela estará provavelmente a referir-se a estes gregos abastados que não pagam um tostão de impostos. Estará porventura a referir-se à classe política cleptómana grega que não paga os impostos devidos e que tão prontamente saltou a terreiro a criticá-la.

Saíram-se depois com o escândalo de Lagarde não pagar impostos do que recebe no FMI. Pelos vistos há uma qualquer convenção que regula isso.
Não creio que fosse um escândalo quando DSK lá estava.  E ou o salário foi muito aumentado a Lagarde ou então um camarada socialista com pretensões (desfeitas) a presidente já vivia modestamente com um salário parecido.
Não é que ela esteja a fugir deliberadamente aos impostos. O estatuto da posição é que confere essa prerrogativa.
Ao contrário de muito grego que o faz em violação da lei e que se safa com isso devido à total ineficácia da máquina fiscal Grega.

Tal como cá, essa máquina fiscal só é ineficaz no caso dos ricos. Os trabalhadores dependentes levam pela medida grande lá como cá.

Alfredo Barroso, chegou ao ponto (mesquinho como sempre) de dizer que ela vestia roupas de milhares de Euros em ocasiões públicas. Talvez se tenha esquecido do que os seus familiares gastavam quando Mário Soares estava na presidência.

A demagogia deste tipo de considerações é brutal.
Obviamente que se for um homem com um fato de milhares de Euros (Sócrates usava-os) ninguém se atreveria a dizer o que quer que fosse. Há sapatos de homem absurdamente caros. Há fatos absurdamente caros. Há relógios discretos que custam milhares e milhares de Euros.
Não acredito que Barroso se atrevesse a tecer as mesmas considerações que fez sobre Lagarde se fosse um homem à frente do FMI. O seu camarada DSK de certeza que não era conhecido pela sua contenção.
Gostava que Barroso nos dissesse quanto acha que custa uma noite numa suite no hotel em que DSK terá alegadamente violado a empregada.
É suposto que a sra. se apresente adequadamente em ocasiões públicas e mediáticas. Já o fazia quando era ministra e continuará a fazê-lo. O mesmo se espera da "namorada" de Hollande se porventura o acompanhar em qualquer ocasião pública.

A legitimidade de Barroso para criticar o salário de Lagarde (em pricípio compatível com a sua responsabilidade) é nula. Não sabe do que fala e só o faz por ela não ser da linha política que ele defende.
Barroso é um malcriado sem estatuto  Viveu este anos de democracia à pendura de um outro oportunista - Mário Soares, seu tio.
Praticamente tudo o que ele se arroga de ter feito foi porque o tio lhe proporcionou o lugar. Chefe de Gabinete, Chefe da Casa Civil, etc etc. Sem Mário Soares Alfredo Barroso não seria ninguém.

Barroso é uma nulidade passada e presente. Do que fez ou deixou de fazer nunca a história lembrará. Até já o tio se esqueceu dele. Num livro recente, só arranjou como escritor do prefácio outro ressabiado e oportunista da política portuguesa - Manuel Alegre, o homem do milhão e meio de votos.


É óbvio que  um lugar como o de Lagarde tem de ser bem pago. Não haverá muitas pessoas capazes de o exercer e Barroso não é certamente uma delas. Se qualquer gestor de merda ganha 40.000 Euros por mês neste país, arruinando a empresa que devia gerir, quem pode achar que Lagarde com a responsabilidade que tem devia ganhar 5.000 ou 6.000?
Curioso como só achamos altos os salários dos outros.


A fiscalidade Grega é ausente. Muitos dos políticos gregos que criticam Lagarde são uma enorme corja de ladrões. São eles em primeiro lugar os responsáveis pelo que o povo Grego está a passar. Não é Lagarde nem as suas declarações.

Pode toda esta tralha socialista empertigar-se e ficar chocada com as declarações de Lagarde?
Não creio. De cada vez que se apanham no poder servem-se dele de forma completamente despudorada. Não mão dos nossos "socialistas" o Estado é uma espécie de empresa de que eles são os donos. Em que os lucros e vantagens são para si e para os seus amigos e os prejuízos são para o contribuinte.
Os socialistas deviam chocar-se com a bandalheira que o seu querido PASOK criou e manteve na Grécia enquanto esteve no poder. Mas preferem fazer discursos bonitos de que a Europa tem de ser solidária e pagar os desmandos de gente sem escrúpulos que enterrou país atrás de país.

A Grécia está metida no buraco em que está por culpa sua. Mentiu despudoradamente nas contas durante anos. Contraiu empréstimos "secretos" para poder aldrabar as contas.
A comissão Europeia devia ter apanhado as mentiras? Sim.
Mas quem mentiu foi a Grécia através dos seus governos.
Foi a Grécia que recebeu o primeiro pacote de ajuda e conseguiu desbaratar tudo a ponto de precisar de um segundo pacote.
Foi o povo Grego que geriu esse dinheiro? Não. Foi o governo grego.
Mas não comecemos agora a tentar encontrar bodes expiatórios para a situação em que a Grécia está metida. E apesar de a Grécia ter imensa história e ser muito importante no contexto histórico da Europa (como insiste o intelectual Pacheco Pereira) isso não muda rigorosamente nada. Nada.

Se estes palermas fossem  Suecos, Finlandeses ou Alemães que reconstruiram os seus países até serem exemplos de eficiência e ética, que hoje podem dar às suas populações dos melhores níveis de vida do globo, não encarariam com bons olhos dar os seus recursos para ajudar a pagar as loucuras da classe política dos países do Sul que aos seus olhos sempre se comportaram como novos ricos irresponsáveis.


No povo grego alguns haverá que são co-responsáveis e outros que não têm responsabilidade nenhuma.
Bem vindos ao mundo real. passa-se a mesma coisa no nosso país. A única diferença entre a Grécia e Portugal é que quando precisamos de dinheiro  ainda não tínhamos chegado ao ponto da Grécia.


Mas Lagarde tem razão. Há muito que a Grécia pode fazer por si. A primeira coisa é começar a tornar-se num Estado sério e justo. E quanto às razões para não o ser podem encontrá-las na classe dirigente miserável que a Grécia tem há anos.

Já que falamos nisso, cá é a mesma coisa.

Ricardo Costa e a isenção

É sempre bom quando cai a máscara. A máscara da pretensa independência e isenção.

Foi o que hoje aconteceu com Ricardo Costa pela mão de um colega na SIC.

O homem está de cabeça perdida. Qualquer um estaria se soubesse que esmiuçaram toda a sua vida e a colocaram em 16 páginas.

Só que Ricardo Costa nem sabe bem contra quem é que está, nem quem é o causador desta "cabeça perdida".

A sua argumentação é fenomenal. Segundo ele, querer reduzir isto a uma questão de guerra empresarial é deitar areia para os olhos.

Toda esta gente que tanto bate no peito e defende a presunção de inocência é a primeira gritar e a presumir a culpa quando é o alvo das questões.
E a ligação não é porque existam indícios de culpa. É porque não existem indícios de inocência.

Até prova em contrário Ricardo Costa acha que a culpa é do 1º ministro. Porquê?

Porque apesar de o dossier estar na mão de um tipo que trabalha na Ongoing (ex SIED) e ter sido encomendada por este a um ex PJ, existiu uma relação entre governos passados e estes indivíduos de que este é agora culpado.

Não sabemos a altura em que foram feitos os relatórios de Balsemão e Costa. Se foi feito durante o mandato deste governo os autores já não trabalhavam para orgãos do Estado. Se ainda estavam, então era o governo PS que estava no poder. Seja como for o culpado é sempre este 1º ministro.

Ricardo Costa quer tão desesperadamente colar este episódio ao PSD que atropela o mais básico do comportamento dum jornalista. A isenção. E fá-lo sem qualquer pudor.

Aquilo que era uma não declarada antipatia por Passos Coelho é desde hoje uma verdade confirmada.

O que é infantil é presumir que esta porcaria que vem agora à tona de água é única. Não deve haver ninguém de alguma relevância neste país que não tenha pelo menos uma ficha nestes serviços.

Isso pode ser a mando de um governo ou pode até ser por iniciativa de um chefe de serviço.  Aliás, percebemos bem até que ponto isso pode ser vantajoso na sua passagem para o sector privado. Ele não foi para a Ongoing pela sua elevada experiência no mundo dos media. Foi pelo que sabe ou pelo que pode conseguir saber.


O que me surpreende é que estes espantados jornalistas e políticos quando foram confrontados com as tropelias que Silva Carvalho andava a fazer (que levou à sua demissão) durante o governo de Sócrates não tenham amplificado legítimas preocupações para lá da simples indignação e da exigência de um período de "quarentena" até funcionários deste tipo poderem ir para o privado.

Foi com este governo que se mandou investigar as acções deste indivíduo. Que se bem se lembram envolveram a listagem de contactos telefónicos de um jornalista obtidas pela companheira de um funcionário desses serviços que trabalhava na Optimus.
Isso que está confirmado e consta da acusação do MP é talvez a única coisa de que Relvas não é acusado. A única coisa substancial até agora.

Relvas e Passos são acusados de tudo. As acusações de Relvas são dignas de figurar num hall of fame

  1. Acusado de ter contactos com o "espião" por ter recebido email e SMS
  2. Acusado de ser ter encontrado com ele. Uma vez num evento social (festa de anos) e outra no âmbito de uma reunião antes de 5 de Maio quando a empresa a que pertencia estava a tratar de negócios com a Ongoing
  3. Acusado de ter pressionado uma jornalista. A notícia saiu nonetheless
  4. Esta não foi bem uma acusação mas sim uma tentativa de colagem de Relvas ao relatório sobre Balsemão. Tentativa essa reiterada enfaticamente hoje por R. Costa em relação ao seu relatório
  5. Acusado de ter mudado de versão nas 2 comissões
Então qual é a acusação ao Ministro? E então qual é o fundamento para pedir a demissão?

As perguntas de hoje na comissão roçavam o delírio e o insulto. Um deputado do PCP chegou a perguntar qual foi o teor das conversas entre os dois na festa de anos e na reunião de negócios. Antes de o ministro ser ministro...

Chegamos ao modo mais Estalinista de ver as coisas. As perguntas/acusações já vão ao ponto de dizer "querem fazer-nos acreditar que só conversaram de questões banais de actualidade?".

Até o podem ter feito ou não. E se só falaram de banalidades? Porque não? Uma das vezes foi numa festa de anos, caramba.

Quanto ao recebimento de um email, é notável perceber até que ponto estes deputados são info excluídos. Um mailing não tem por norma os membros da lista de destinatários. É uma mailing list...
E mesmo num mail interpessoal existe o BCC para esconder de cada destinatário todos os outros.


Tudo isto chega ao ponto de ser tão ridículo que a acusação muda e altera-se a cada passo. Incapazes de acusar de tráfico de influências, porque toda a acção do ministro parece contrariar a tese de estar a fazer favores a Silva Carvalho, ficam-se pela insinuação e por dizer que há coisas "nebulosas" que há promiscuidade com o sector privado e coisas semelhantes. Na verdade não querem deixar passar a oportunidade de criar um escândalo mesmo que não tenham qualquer coisa de substancial para o fazer.

Claro que noutros escândalos bem mais gravosos para o Estado metem a cabeça na areia e assobiam para o lado. Tivemos 6 anos de promiscuidade entre o poder e o sector privado e isso parece passar-lhes ao lado. Até a fortíssima suspeita de que Sócrates recebeu luvas não passou de uma noticia no dia do julgamento que está a decorrer.

Hoje na SIC notícias o jornalista no frente a frente fazia a seguinte pergunta: "Se for comprovado que o SMS que Relvas recebeu  indicia algo de ilegal, não se justificaria a sua demissão?".
Claro que sim.
Se alguém inventar a fusão fria não ficam os países produtores de petróleo em maus lençois?
Absolutamente.
O problema dos cenários hipotéticos é serem hipotéticos. E o nosso jornalismo adora comentar sobre cenários hipotéticos. O que do ponto de vista jornalístico é uma aberração.

Mas a verdade é que a maior parte dos nossos jornalistas são uma aberração. Não sei o que lhes ensinam na escolinha de comunicação social, mas pelo resultado devem também os professores ser umas belas aberrações. Ah, é verdade, escolinha de comunicação social na qual Ricardo Costa não terminou a licenciatura (fonte Wikipedia)

Estou mortinho para ver o Expresso da Meia Noite. Quero ver o grau de falta de discernimento a que Costa e o seu sidekick Nicolau vão descer.

O triturador

Não sei se há mais gente com a mesma sensação que eu, mas neste caso das "secretas" confesso que tenho a tentação imediata de dizer "não percebo nada disto".

Mas numa análise mais aturada há algumas coisas que percebo. O ruído está pensado para que nós não percebamos nada disto. Mais, noto que há um tentativa deliberada de ligar coisas que podem não ter qualquer ligação no sentido de amplificar esta sensação de ruído ensurdecedor pensado para que a maior parte das pessoas diga "não percebo nada disto".

A primeira coisa que falta aqui é cronologia. Quando é que estas coisas aconteceram e qual a sua sequência é extremamente importante. Mas isso é completamente omitido. A confusão serve perfeitamente o propósito. A demissão do ministro para cessar a "confusão".

Põe-se um dilema sério a Passos Coelho. Demitir só para cessar tudo isto ou não demitir e resistir aquilo que cada vez mais soa a campanha deliberada de desinformação.
Com a 1ª opção nem é liquido que o ruído cesse. Ainda nos lembramos bem de casos que nunca o foram e que são hoje citados como se de verdades insofismáveis se tratassem. Vem-me à memória o caso das declarações de MFL sobre a suspensão da democracia que foram completamente distorcidas e são hoje citadas por imbecis como Adão e Silva entre outros. Passou a ser verdade.

Mas neste caso Relvas as subtis insinuações já não são assim tão subtis.

Um par de exemplos...

A saída de Teresa Morais do lugar que ocupava (conselho de fiscalização do Sistema de Informações da República) para um lugar de secretária de Estado de Relvas é insinuado na SIC como tendo sido o resultado de pressões do "super" espião.

Aparentemente a cronologia interessa aqui.O SMS é de Junho de 2011. O governo já está formado mas faltam ainda os secretários de Estado. o "super" espião trabalha na Ongoing.
A SIC insinua claramente que a promoção de Teresa Morais a um lugar de Sec de Estado seria uma aceitação da sugestão de Silva Carvalho. A nomeação parte de Passos Coelho. Não é de todo linear que uma coisa tem a ver com a outra. O curioso é que ficamos sem saber se o seu substituto foi do agrado de Silva Carvalho que como se sabe já não fazia parte das secretas.
Mas se as tentativas de colar as sugestões de Silva Carvalho a acções de Relvas não tinham pegado (as ditas sugestões para pessoas que deveriam ficar em certos lugares) com esta insinuação tenta-se a causa/efeito no caso de Teresa Morais.

O dossier sobre Balsemão terá sido encomendado por Silva Carvalho, já a trabalhar na Ongoing, a um ex membro das secretas. Aparentemente para ser usado na guerra entre grupos empresariais. A tentativa de ligação deste dossier a qualquer ministro Relvas é no mínimo far fetched. Mesmo que os dois se dessem muito bem, a probabilidade de haver alguma ligação é forçar a coisas para lá do razoável.
Não sei o que diz o dossier sobre Balsemão nem me interessa, mas certamente ele não é flor que se cheire e tal como Silva Carvalho sempre gostou de estar bem com Deus e com o Diabo. Se num outro grupo de media lhe queriam fazer "a folha" tenho a certeza que não é nada que ele não tivesse feito já a outros. Não se fica podre de rico como Balsemão sendo muito correcto e bonzinho.

Todos os dias se atiram achas deste tipo para a fogueira. Os noticiários e os jornais perdem uma boa metade dos noticiários a tentar colar estes casos espaçados no tempo e sem aparente relação com o nome do ministro.
Aliás, a explosão do próprio ministro com a directora do Público é resultado já deste tipo de estratégia dos media. Andam há semanas entretidos em tentar apanhar Relvas em contradições e a tentar colar todas as actividades de Silva Carvalho à sua pessoa.


A coisa vai ao ponto de Marinho Pinto dizer que é grave espiar um ex 1º ministro. Estou de acordo com ele, mas suponho que a coisa tem de ser apurada junto da Ongoing. Não percebo bem o que é Relvas tem a ver com o assunto. Pode ter e pode não ter, mas por esta altura já haverá muito boa gente a pensar que Relvas mandou espiar Balsemão.

O ruído já está a chegar ao ponto em que baronetes do PSD começam a meter a sua colherada. Capucho que devia ficar a descansar o seu coraçãozinho doente já veio dar a "facada" de "apoio" ao 1º ministro e a Relvas.
Capucho fez recentemente isto "António Capucho abandona militância e critica falta de interesse de Passos Coelho".

Depois disto é legítimo pensar que Capucho está mais interessado em fazer "sangue" do em ser útil. Capucho está profundamente despeitado. Não suporta que Passos Coelho não lhe dê a importância que ele acha que merece e isso, bem sabemos, é terrível para o ego da maior parte das pessoas. Capucho incluído.
É até estranho que alguém que anuncia o abandono da militância, que recusa o lugar de Vice Presidente da Assembleia e sai da Autarquia de Cascais por razões de saúde venha agora meter a colher a este nível político. O principal ponto de discórdia é precisamente a extinção de freguesias. De quem é o pelouro que está a tratar disto? I rest my case.

Marcelo diz que Relvas ficará "meio morto" se permanecer no Governo. Não conhecêssemos nós Marcelo e até pareceria que ele está muito preocupado com o facto. A verdade é que ele também não morre de amores por Relvas e quando há confusão no bordel as putas acabam a puxar o cabelo umas à outras.

O mais fascinante disto é que começamos agora a falar da "imagem" do governo.
Não é a substância é a "imagem". Pouco importa se estão a fazer um trabalho que leva à recuperação da confiança perdida pelos nossos parceiros ou se, apesar de muito sofrimento, conseguem por o país num caminho de recuperação económica. O mais provável é que sacrifiquem Relvas por uma questão de imagem.

O que decidir? Seria ridículo eu dar a minha opinião. Até porque Relvas me desagrada. Mas é pelo facto de me desagradar que me sinto mais à vontade para tentar encontrar em tudo isto as razões da sua destruição.
Não há só uma razão. Uns porque não gostam dele pessoalmente, outros porque desdenham de quem está hoje num lugar importante do PSD, outros porque adoram demissões (i.e. Bloco e PCP) e outros apenas porque sim.
A minha previsão é de que o barulho seja tão alto que Relvas acabe a ser triturado apenas para apaziguar a multidão sedenta de sangue.
E é uma pena. Um político devia sair quando há alguma coisa de substancialmente errado ou grave naquilo que fez ou faz. Não por estes motivos.

Para o povo basta pão e circo. Se o pão escasseia dá-se-lhe circo em abundância. E isto é circo do mais fino recorte. Um jogo de espelhos em que a confusão é deliberadamente pensada. As relações entre as várias coisas será na melhor da hipóteses ténue, mas os media tudo fazem para que no meio de tanto ruído se comecem a desenhar relações entre factos que provavelmente não existem.
Isto alimenta a notícia e a notícia alimenta-se disto.

Para um povo distraído e alienado (veja-se o aumento de gente nos estádios e as adesões absurdas aos eventos como o Rock in Rio) este tipo de comunicação cai como sopa no mel.

Macacos me mordam se isto não é deliberado. Não é possível ser tão confuso e tão pouco rigoroso a dar notícias se o objectivo não for este.
Na SIC Notícias a peça realçou o qualificativo de "chata" de Teresa Morais pelo menos 3 vezes. Bastava uma ao revelar o teor do SMS. Mas eles vão mais longe e pretendem reforçar a ideia para que fique Teresa Morais = chata.

Este tipo de estratégia de comunicação não é novo. Foi usado e abusado por Sócrates. Em seu favor muitas vezes e muitas outras para destruir a resistência de classes profissionais inteiras. Magistrados, professores, médicos. Notícia diárias, com números enviesados ou simplesmente falsos, que às tantas já nem dá para desmentir. Enreda-se o "inimigo" num bombardeamento de falsidades e de meias verdades e depois não se lhe dá tempo para responder. E se lhe for dado, as perguntas são feitas em tom acusatório para o colocar permanentemente à defesa. E um inimigo à defesa parece que está sempre a tentar ocultar a sua culpa.

Alguns vêm isto, outros não. Outros vêm mas são de tal forma parciais na apreciação que recusam olhar para as coisas com imparcialidade. O veredicto está feito à partida. Mesmo que as entidades se pronunciem no sentido de ilibar Miguel Relvas das acções de Silva Carvalho (parece-me perfeitamente plausível), serão elas próprias a ser acusadas de estar no bolso do poder.

Perante uma coisa destas não há maneira de ganhar. Esta é a vantagem de ter os media na mão e é por isso que o poder tenta sempre o seu controlo.
Mas no momento presente os media estão completamente cheios de boys e simpatizantes. Por uma bola destas a rolar com o nosso panorama mediático é facílimo.

O camarada torneiro mecânico até já vem insinuar que Passos Coelho deve explicações sobre este assunto. Aquilo que o PCP e BE não conseguem nas urnas tentam por outra via.
Os julgamentos fantoches do Estalinismo (Bukharin, Zinoviev e Kamenev)  ainda estão bem presentes na memória destes camaradas. Como método a seguir, não a repudiar.

PS avisa a troika de que Portugal "atingiu o sinal vermelho"

PS avisa a troika de que Portugal "atingiu o sinal vermelho"

Este é o título de um artigo do Público de hoje.

Em Março de 2011 ninguém estranharia se visse este título :

Troika avisa o PS de que Portugal "atingiu o sinal vermelho"

O que um ano faz à memória deste partido desgraçado liderado por um mentecapto.

A desfaçatez deste imbecil de óculos é do outro mundo.
O PS meteu-nos neste atoleiro de porcaria até ás orelhas.
E para pagar a porcaria que os "camaradas" de Seguro fizeram desde 2007-8 é-os imposta uma duríssima austeridade.

Austeridade que ele não sente nem nunca sentirá, porque mesmo sendo um zero à esquerda nunca lhe faltará um lugarzinho político bem pago.

A estrondosa vitória do PS e de Seguro

Há que reconhecer a qualidade desta liderança do PS. A sua capacidade de concretização está muito acima daquilo que era o normal na era Sócrates.

O pobre homem bem tentava contorcer a realidade. Mas sem qualquer sucesso. Aquilo que um seu ministro qualificava de oásis, teimava em ser um pântano. Aquilo que era a vanguarda da formação, nada mais era do que um sistema manhoso de emissão de diplomas. Aquilo que era a requalificação do parque escolar redundou numa festa. Festa para os empreiteiros, festa para o PS e festa para as escolas.
Foi também um pesadelo para muitos fornecedores de material de construção que hoje se vêm a braços com milhares de Euros não pagos pelas empresas subcontratadas pela Parque Escolar. Em suma, uma hecatombe.

Verificado este estado de coisas o PS e a sua liderança tinham de arrepiar caminho. As coisas não podiam continuar a ser assim.

E o líder do PS (talvez a figura mais brilhante que este partido alguma vez teve) percebeu como se pode sair deste estado de coisas. Uma agenda para o emprego e para o crescimento.

Não estamos a falar duma Moleskine, até porque teria páginas a mais. Estamos a falar dum PLANO.
Seguro tem um plano.

E o plano é: Apostar no emprego e no crescimento. Já está.
Hollande, o presidente do Partido Socialista Português que ganhou umas eleições em França tem a mesma agenda.
E é infalível. O homem sai a terreiro e diz alto e bom som numa televisão qualquer que tem um plano para o emprego e para o crescimento.

Como é que ninguém se lembrou disto? Como é que ninguém se lembrou de dizer que tem um plano para tornar Portugal no país mais desenvolvido do mundo?
Podiam ter uma agenda que apostasse na exploração petrolífera. Ou na construção de satélites.

Andamos todos perdidos durante anos sem um plano e afinal ele estava mesmo ali à nossa frente. Emprego e crescimento.

Bastaram as palavras de optimismo de Seguro para se começar a notar uma diferença. Já há jovens a apostar no emprego e crianças a apostar no crescimento.
Isto mudou tudo.

Para que isto resulte precisamos de Eurobonds. Dívida Europeia a uma taxa de juro que acaba por ser uma espécie de média entre as várias taxas dos países da união.
Assim a Alemanha passa a emitir dívida com uma taxa de merda e os países de merda emitem com uma taxa muito melhor do que merecem.
Oa alemães vão ficar contentíssimos. A sua dívida passa de pagar 0-1% para passar a pagar 3 ou 4%.

Foi preciso dois socialistas (Seguro e Hollande) para que esta solução para a Europa fosse pensada.

Agora num tom mais sério.
Os sorrisos imbecis de vitória de Zorrinho e de Seguro estão ao nível da alegria do pobre de espírito. Não dá para perceber se o fazem porque pensam que enganam alguém ou, muito pior, se eles próprios acreditam na palhaçada em que estão envolvidos.
Zorrinho é claramente uma pessoa limitada intelectualmente. O que não surpreende, uma vez foi o PS de Seguro que o escolheu para líder parlamentar.
Na cabeça de Seguro parece existir ar. Apenas ar. É infantil ao tentar parecer um homem de Estado. É caricato ao tentar parecer à altura das circunstâncias.

Achar que esta palermice a que chamam a agenda para o emprego e crescimento possa ser alguma coisa, está no domínio do delírio patológico.
As coisas não se fazem por decreto nem acontecem por wishful thinking. E estas tolices, que serão o desejo de todos, não são assim tão fáceis de conseguir.
Não o eram em países comunistas em que tudo era decisão do Estado. A realidade tem a mania de nos tornar a vida impossível.

Estes "camaradas" vivem à margem da realidade. Vivem num mundo de fantasia em que ligar ou desligar um interruptor é um feito de elevada capacidade técnica. Para o qual é preciso um engenheiro eletrotécnico com mestrado em Energia.

Foi gente como esta que pespegou o país na lixeira onde nos encontramos. Foi esta mania de apenas anunciar "medidas" que nos levou a não implementar nenhuma. Foi esta mania de cuidar apenas de pensar superficialmente nas coisas sem nunca as implementar que nos trouxe a este ponto.

Convém no entanto dizer que esta forma de fazer (ou não fazer) as coisas não é apenas uma característica  do PS. É mais marcada com eles e com a esquerda que vive na lua, mas foi também o que caracterizou os mandatos do sr. Cavaco Silva que foi o primeiro coveiro nacional.
Toda a destruição do sector productivo deste país pode ser traçada até aos seus 2 mandatos. Cavaco vendeu a alma ao diabo (ou vendeu o país à CEE) e nessas situações, o Diabo volta sempre para cobrar a dívida.

El Supremo Corrupto

O fantástico dos sistemas democráticos e garantistas é que os vigaristas conseguem usar a lei contra os honestos (ou menos honestos) ameaçando-os com queixas crime por difamação ou danos.

É o que faz Sócrates e o seu advogado (suponho que barato) Proença de Carvalho.

Alto e bom som, um senhor ligado ao processo de licenciamento do Freeport confirmou hoje em testemunho que o ministro do Ambiente da altura recebeu LUVAS para aprovar o licenciamento.

O processo era simples. O dinheiro era depositado na conta de Charles Smith que depois fazia os pagamentos em dinheiro aos corruptos a soldo.

Entre esses CORRUPTOS estão outras "altas" individualidades. Mas uma que está é Sócrates.
Mesmo que ninguém o dissesse, só o facto de a aprovação ter sido como foi indicia imediatamente a existência de um processo pouco claro.

O notável é que mesmo com todos estes indícios se descarta a participação de Sócrates neste caso de corrupção e se sugere que Charles Smith diria que era preciso pagar subornos para ele próprio ficar com o dinheiro.
E assim se descarta a possibilidade de que Sócrates ou outros criminosos, pulhas, filhos de puta destes país sejam aos olhos de todos aquilos que eles são - criminosos, corruptos, filhos da puta.

Vai-se ainda mais longe ameaçando testemunhas com processos por difamação, tentando assim evitar que sejam feitas outras declarações que o impliquem. Segundo ele "que invoquem o seu nome abusivamente".

Agora temos de ter cuidado em apontar corruptos porque eles podem achar que estamos a usar o seu nome abusivamente.

Claro que mesmo que estes processos absurdos sejam perdidos, colocarão as pessoas numa situação em que têm que gastar tempo e dinheiro a defender-se de um corrupto, pulha, filho de puta, que tem um advogado suficientemente caro para causar chatices a todo e qualquer um que o exponha como sendo aquilo que ele é. Um criminoso, corrupto, pulha e filho da puta.

Um filho da puta destes deveria por esta altura estar enterrado numa cela, com o bens congelados até ao fim do julgamento.
Mas está a viver em Paris, estudando para juntar um diploma de merda ao diploma de merda que já tem, gastando abundantemente o dinheiro que roubou durante toda a vida adulta, esfregando-nos na cara o facto de podermos ter um corrupto, pulha e filho da puta como 1º ministro e como lider de facto de um dos maiores partidos políticos portugueses.

É para percebermos bem até onde descemos e no tipo de gente em quem votamos.
Resumindo: Corruptos, pulhas e filhos da puta.

PS: Estou realmente furioso por ver um reles criminoso ameaçar gente a quem extorquiu dinheiro fazendo uso de um lugar no Governo.
Se visse este filho da puta a atravessar uma rua à minha frente passava-lhe com o carro por cima.

Pudores

O caso Relvas não sai da agenda mediática.

Só para que fique claro, não é alguém da minha simpatia. Creio bem que Relvas é um dos tais que gosta de manobrar nos bastidores, de exercer as influências obscuras que tanto associamos à política.

Está demasiadas vezes envolvidos em pequenas coisas e isso não traz nada de bom a um Governo e a um partido que tem de pugnar por ser o mais sério possível.

Mas os casos mais recentes são empolados a um nível completamente fora da proporção que parecem ter.

Caso 1 - As secretas

O nosso mega espião linguarudo tinha contactos com gente na política. Não é nada que não se esperasse. Na verdade a função obriga a que se informe membros do estado relativamente a esses assuntos.
O que é estranho é que o espião linguarudo o faça quando já não está nos serviços de informação. Ao que parece deixou montada uma cadeia de informação para si e para outros.
Diligentemente reenviava informação a um conjunto de pessoas que em princípio não deviam ser destinatários de tal informação. Muito menos quando ele próprio já não era membro do serviço de informações do Estado.

Terá também enviado sugestões acerca da reestruturação do serviços indicando nomes da sua confiança. Estranho quando se sabe como saiu e porque saiu. Andar a sugerir quem deve estar e não deve estar na posição em que ele próprio estava é no mínimo ridículo. Não sei é será um crime de alguma espécie.

Afinal, a uma escala diferente, é como cada português que passa a vida a dar palpites sobre a composição da seleção Nacional mesmo não tendo sido interpelado para isso.
Parece ser uma mania nacional.

No entanto é importante saber que grau de atenção deu o ministro (que à data não o era) a essas sugestões. Interessa saber se deu alguma atenção aos SMS e emails que recebeu deste fulano eticamente despojado.

Será que Relvas aceitou a sugestões do ex espião para a reestruturação dos serviços? Até agora ainda ninguém disse que sim, pelo que presumo que não o terá feito.
Será que ele respondeu a esses SMS com alguma coisa mais do que uma simples resposta de cortesia? Também ainda ninguém disse que o fez. Será que ele respondeu sequer a alguma dessas mensagens? Não consta...

Assim, bastará a evidência de que nenhuma das coisas foi feita por parte de Relvas para que o assunto seja encerrado no que a ele diz respeito.
Será talvez melhor apurar quem dentro dos serviços continuava a passar informação para o exterior e tratar do caso do ex espião.
Se a informação for confidencial, então isso é um crime. Se não é confidencial é pelo menos uma quebra grave dos deveres dos profissionais dos serviços e  deverá ser tratada no âmbito disciplinar.

Caso 2 - As pressões sobre a jornalista do Público

Aqui Relvas não tem desculpa. Se o fez não o devia ter feito. É que Relvas é ministro e um ministro não pode comportar-se como um miúdo a ameaçar tornar pública na "Internet" (seja lá isso onde for) informação acerca da jornalista.

Mas porque é que isto chega a este ponto? Talvez porque o Público não se canse de rondar o assunto ridículo dos emails e dos SMS. Talvez porque o Público se tenha tornado desde a entrada em funções da nova direcção numa espécie de vanguarda anti governo, explorando à exaustão todos os casos e casinhos, tenham substancia ou não, que envolvam mesmo que superficialmente membros do governo.
São as questões patéticas sobre o ministro da Economia, sobre declarações do Primeiro Ministro e tantos outros casos que podemos ir lendo nas suas páginas.
Ao ponto de a informação já ser mais uma questão de opinião pessoal de quem escreve a notícia do que jornalismo isento e factual.
O Público está a tornar-se numa mega coluna de opinião. E no que a mim me diz respeito, o Público tornou-se numa enorme coluna de opiniões de "merda".

O facto de quase todas as questões importantes não passarem de notícias sem destaque no Público enquanto são exploradas a fundo noutros jornais, diz bem da mentalidade vigente no jornal.
Não há uma única investigação mais profunda sobre a óbvia roubalheira que teve lugar neste país nos últimos 6-7 anos. Quando os casos são falados, são-no de forma muito superficial e quase sem seguimento.
No entanto não passa um dia em que não se dê notícia de qualquer coisa relacionada com o "caso Relvas" e de pressões à sacro santa independência jornalística do Público

Acredito que Relvas tenha dito qualquer coisa mais forte a alguém do Público. Acredito mesmo que tenha ameaçado de blackout. Não seria inédito que alguém bem alto na cadeia do poder o tivesse feito.
Já me custa a acreditar que um fulano sabido como Relvas caísse na esparrela de ameaçar tornar pública informação sensível (ou não) sobre a jornalista. É um deslize que alguém que anda na política há anos não comete a menos que esteja de cabeça perdida.
E convenhamos que a informação que o Público veicula é meramente circunstancial.
Relvas recebeu email. Relvas recebeu SMS.
E o que é que resultou dessa recepção? O email tinha matéria confidencial? Foi respondido com um mero obrigado, ou nem isso sequer?
Foram adoptadas as sugestões do ex espião?

Nada disto parece ter acontecido. E sabemos que o facto de se receber email ou SMS não significa nada de especial, a não ser que o remetente sabe o telefone e o email.
O que nos dias que correm não é nada de estranhar. É como alguém mandar uma carta para minha casa e deduzir-se desse facto que eu estou de alguma forma "feito" com o remetente.

A qualidade de informação do Público e do Expresso tornaram estes dois jornais em lixo jornalístico. Mostram à abundância até que ponto os órgão de informação estão minados de uma corja socialista subserviente que não perde uma oportunidade de fazer favores ao poder passado.

Depois de ler o tom das perguntas da jornalista (publicadas no Publico) acho até de uma delicadeza extrema que alguém as responda.
O tom imperativo, quase inquisitorial das perguntas é só por si digno de vómito.
É em forma escrita um grau de imbecilidade parecido com as perguntas parvas que fazem aqueles jornalistas da SIC que de microfone em riste perguntam as coisa da forma mais imbecil possível
"Sr. Primeiro Ministro, vai demitir o Ministro Relvas?" "Sr. Primeiro Ministro não acha que anda a desrespeitar os desempregados?" e outras pérolas de igual calibre.

As perguntas podem ser feitas de outra forma. E tanto que o podem ser que com Sócrates todos se borravam de medo ao fazê-las. Era mais do estilo "Sr. Primeiro Ministro, o que tem a dizer aqueles que o acusam de ter comprado o diploma?"

Hoje as perguntas ao Governo levam a presunção de culpa. Os ministros têm quase de provar que não é assim. As respostas acabam por vir todas na negativa.
Com Sócrates as perguntas eram apenas o prólogo para mais uma resposta de propaganda. A inocência era assumida na forma como se fazia a pergunta.
Chegaram ao ponto de dar tempo de antena ao vigarista para ir mostrar fotocópias de um curso que ele nunca fez.
Quantos políticos de outra cor teriam tempo de antena de 1 hora para responder a alegações sobre o seu carácter pessoal? Nenhuns.

Até onde se explorou a renegociação de algumas PPP's feita por Paulo Campos que tiveram como resultado o aumento de encargos para o Estado na ordem dos milhares de milhões? Onde estão as notícias de Paulo Campos a oferecer lugares aquela mocinha do do Bloco que diz "Lesboa"?
Onde estão as notícias no seguimento da aldrabice de Paulo Campos com a manipulação de um estudo da KPMG que a KPMG nunca fez?
Tudo isso se ficou apenas pela notícia de abertura. Foi a abertura e o fecho ao mesmo tempo.

Todos esses casos foram apenas levados mais fundo por outros jornais. Nem o Expresso nem o Público pegam nisso. Porque não tem interesse jornalístico? Ou porque não tem interesse "para eles"?

A classe jornalística é duma forma muito generalizada composta por gente pomposa e muito convencida de que tem alguma relevância no grande esquema das coisas.
Acreditam que têm poder de pressão suficiente para que as pessoas (mediáticas) se sintam ameaçadas com o que eles podem dizer ou fazer.
Utilizam o medo de um artigo desfavorável para se manter nas boas graças do poder.
Raramente cedem à tentação de fazer citações cortadas ou retiradas do contexto.
O tipo de ameaça latente em desagradar à imprensa é em tudo similar aquilo que acusam relvas de fazer.
E lá isso sabem eles fazer. Basta saber manipular habilmente um título ou colocar os excertos certos num artigo.

Ser um jornalista sério é algo que implica um grau considerável de contenção. Independentemente das crenças políticas ou das simpatias pessoais, comportar-se como um profissional isento não é para todos.

Foram rareando e são cada vez mais raros. Os que chegam à profissão deparam com gente como esta que se esqueceu do que é fazer jornalismo e acha que é melhor dar a sua opinião.
E obviamente que estes "maçaricos" emulam os comportamentos dos mais antigos. É vê-los a fazer figuras de estúpidos com o microfone na mão e ler alguns dos artigos que aparecem nos jornais.

Os "jornalistas" jovens que eu conheço, são incultos, cheios de soberba e completamente incapazes de ver os dois lados de uma questão. São imediatistas e totalmente engajados politicamente a ponto de isso interferir com o seu trabalho.

Acho a  frase "fazer opinião" abjecta. Em vez de informar e deixar as pessoas formar a sua opinião eles anseiam por "criar uma opinião". Num determinado sentido.
O que é isto senão o espezinhar da ética jornalística? O que é isto se não o reconhecimento de que os jornais (outrora) de referência  se tornaram na sarjeta de sabujos beijadores de cus?

Qualquer gritaria de um jornal, seja ele conotado com a esquerda ou com a direita, é fogo de artifício. Inútil, hipócrita e acima de tudo desenhado para vender papel ou para agradar aos da sua simpatia política.

Não acredito minimamente nas boas intenções desta gente, nem no seu brio profissional. Jornalistas com letra grande deve haver muito poucos. E não são certamente os que andam pelo Público e pelo Expresso.

Isso é coisa do passado.


Gato escondido

A Nacionalização do BPN sempre me cheirou mal.

Não fazia sentido que um banco com uma quota de mercado inexpressiva, muito associado ao PSD e seus "amigos" fosse nacionalizado por um Governo PS com a pressa e com a desculpa que foi dada para o fazer.

Desde esse dia sempre disse que isso só podia acontecer se houvesse gente do PS implicada em alguma coisa menos clara. Podia ser só para garantir os seus "investimentos" ou por outra coisa qualquer ainda mais sombria.

Tal como eu esperava, aí está a explicação.
O dinheiro não tem cor política. E não é mais limpo por ser de um lado ou de outro.

A rede de branqueamento de dinheiro serviu e serve, entre outras coisas, para fugir ao fisco. Se for dinheiro ganho honestamente é até legítimo que num mercado em que há livre circulação de capitais se tente colocar num sítio mais vantajoso.
Mas e se esse dinheiro andou sempre à margem do sistema fiscal? E se esse dinheiro é o resultado de corrupção?

Das comissões por debaixo da mesa, as negociatas indizíveis, ou o resultado de contas aldrabadas nas empresas para fugir à tributação de IRC?

Só alguém que tenta deliberadamente esconder dinheiro sujo é que está disposto a pagar as elevadas comissões que estes serviços acarretam. Não é de todo impossível que valores de 25% ou mais sejam "consumidos" nesse serviço. E isso só acontece com dinheiro verdadeiramente sujo.

Esta é a ponta do iceberg. É uma rede organizada entre muitas outras a que as pessoas de "posses" têm acesso. A Suíça é um dos sítios favoritos, mas sem grande esforço, abrir uma conta em Gibraltar pode ser uma alternativa.
E nem é preciso sujar as mãos para ir lá fazer depósitos. Em numerário, como se impõe.

Há uns anos atrás (fim dos 90) uma pessoa conhecida propôs-me colocar as minhas economias ao "fresco". Eram magras, mas segundo ele a ideia era juntar um certo volume e colocar fora do país.

Vantagens? Várias. Imposto sobre as mais valias de capital eram nulas. POdia abrir uma off shore e se quisesse comprar algum bem significativo poderia fazê-lo via off shore. Em caso de algum problema eu não tinha qualquer património e tudo era emprestado.
Não o foz mas sei quem o fez. E as vantagens que tirou disso.

E se havia essa possibilidade para os pelintras, imaginem para alguém com uns milhões na mão. Até num banco normal lhe propõem uma coisa dessas. Sem hesitar.

Nesta "rede" estarão nomes bem conhecidos da nossa praça. Sobretudo nomes conhecidos com dinheiro sujo para lavar. Se assim não fosse não se tinha posto a tampa no caso BPN com a rapidez com que aconteceu.

Esta investigação deve ser de meter medo. Estes tipo bem apertados vão começar a debitar nomes uns atrás dos outros. Duarte Lima já começou a cantar. Talvez porque pense que se for ao fundo, é melhor levar companhia, ou simplesmente porque deixou rasto.

A verdade é que por esta altura deve estar muita gente a por as barbas de molho. Consigam estes magistrados levar a cabo o seu trabalho e ainda veremos uma onda de demissões de cargos importantes "por razões pessoais". Estejam atentos às notícias.

Uma certa forma de desresponsabilização

A seguir está uma sequência em jeito de diálogo entre dois  comentadores de um blog infinitamente mais conhecido do que o meu.
E os comentários de um dos intervenientes é exemplarmente ilustrativo de uma certa forma de pensar "à esquerda" que leva muito boa gente a apontar o dedo à banca e ao capital de todas as desgraças que nos podem acontecer.
Os bancos foram os responsaveis pela crise atual.Como dizia Marx é menor crime assaltar um Banco do que criar uma destas institui~ções financeiras .Contas por alto os Bancos custaram “0 mil milhões de euros aos contribuintes portugueses .Para si pode ser pouco, para mim foi um roubo ,com chancela dos sucessivos governos,á bolsa de cada um de n´+os (Pelo menos á minhs que não sou F.P e todos os anos entre contribuições e taxas , vejo metade do meu rendimento eclipsar-se.

Ninguém me obriga a pedir dinheiro emprestado. Eles podem-me oferecer pordutos e serviços, mas eu sou a última voz a tomar a decisão. Parte da banca é responsável pela crise (não toda a banca, como Vc. faz) mas são muito mais os que usam os lirismos marxistas para gastos que nunca deveriam ter ocrrido.

De facto nada o obriga ! mas a persuação é tão forte que pudemos passar por ser maus pais ou maridos se não o fizer-mos.Nesta sociedade o maior crime é não consumir Milhões de euros são gastos para nos convencerem disto……Quanto a mim não estou convvencido ,sou um descrente e seguramente encotrarei Dante no dia em que parar de Respirar )

Desculpe que lhe diga, mas Vc. está a desculpar a sua fraqueza. O banco tem culpa que cliente não seja forte o suficiente para não cair nos apelos consumistas? Ou ter educado mal os filhos? Não me leve a mal, mas olhe que a culpa é do cliente, não dos bancos ou outros.

Se eu fosse a pensar assim, eu diria o mesmo de alguns partidos políticos. E tinha só um para mim. ;)

Em muitos casos aquele que manda disparar a bala assassins é mais culpado do que aquele que efetivamente a dispara .O primeiro fá-lo por calculo o segundo por necessidade .A conspiração novo-liberal tem os seus masterminds e os seus executores Digo-lhe isto com todo o respeito mas o Sr.Considera os primeiros menos culpados que os segundos e tal prespetiva parece.me IMORALEsta teoria só tem um pequeno problema. O exercício do livre arbítrio. Mas mesmo nesse caso a esquerda não se detém.
Invocam a pressão social, familiar e outras para ceder aos apelos consumistas, contraindo dívida para satisfazer essas necessidades.
A parte que eu mais gosto é esta:
De facto nada o obriga ! mas a persuação é tão forte que pudemos passar por ser maus pais ou maridos se não o fizer-mos.Nesta sociedade o maior crime é não consumir Milhões de euros são gastos para nos convencerem disto.
Isto é o limite. E o limite é assumir que a vontade e a capacidade de raciocínio nada podem contra a campanha promovida pelas "forças" ocultas do consumismo.
E isto é fantástico. A sociedade divide-se entre carneiros que não conseguem ceder às tentações, desculpabilizando-se sistematicamente de tudo o que lhes acontece e os outros que apesar de não cederem ficam com a factura para pagar. A factura que aqueles que cedem acabam por causar a todos os outros.
Isto faz-me lembrar muito a forma como os toxicodependentes se vêm a eles próprios. Foram vitimas das circunstâncias, são de facto doentes sem vontade própria e precisam que a sociedade os ajude, sem os recriminar, a não repetir a descida aos infernos.
Muito raramente assumem a responsabilidade que têm em todo o processo. São doentes. E todos os não doentes, a família, os amigos, o sistema de saúde têm o pesado fardo de arcar com a sua doença e com as consequências da mesma porque eles "não são capazes".

De facto a esquerda vê o livre arbítrio, a capacidade individual como indesejável. A ideia é o "grupo". O indivíduo e o que daí decorre, o individualismo, são perniciosos. Como tal, todos os regimes de esquerda que se puderam implementar aplicaram este princípio. Havia, no entanto, uns quantos líderes que determinavam o que era melhor para o colectivo, uma vez que o colectivo não tinha nem a capacidade nem a liberdade para o fazer.

O que é fascinante é que todos estes pobres coitados prontamente assinaram contratos que lhes puseram a´frente.
Sabiam que se não pagassem a casa ou o carro ficariam sem eles. Mas como estavam tão inebriados com o que tinham à frente nem se preocuparam em projectar o futuro a 5 ou 10 anos para perceber que se deve ser cauteloso em vez de empregar até ao último tostão em "coisas".

Dizem hoje que o banco é culpado.  Só se for por ter sido extremamente eficaz a angariar parolos sem vontade própria. Gente que preferiu esquecer a cautela em troca de ter uma vida que não podia ter.

Quando se percebe que há gente que compra televisões a prestações, telemóveis de última geração e Ipads a crédito é caso para perguntar se esse tipo de comportamento é da responsabilidade dos próprios ou dos apelos ao consumo.

Quando esta gente chega a tribunal fica indignada porque um contrato é um contrato e vêm o tribunal condená-los a pagar aquilo com que se comprometeram com o banco. Aborrecem-se com a justiça. Porque justiça para eles era o banco arcar com o prejuízo. A sua palavra, e a sua assinatura, de nada valem. Infelizmente a realidade é como é, e não vai ser a jurisprudência do caso de Portalegre que vai safar toda esta massa de irresponsáveis  de pagar aquilo que devem depois de a casa ser reavaliada e vendida.

As condições que estavam reunidas naquele caso tornaram possível que a decisão fosse essa.
Na maioria dos casos nem os advogados sabem fazer o seu trabalho adequadamente nem a conjugação de circunstâncias permite que se tome decisão similar.

O que é bonito de ver é que a banca, que era a melhor amiga do homem quando "dava" dinheiro e "coisas" e  hoje é a maldita porque os enganou.

Portugal é um país de gente que não sabe fazer contas. Não sabe minimamente gerir as suas finanças pessoais. Anseia por coisa que não pode ter e acha que o crédito é uma forma de as conseguir. O problema é que empenham durante anos todo o seu rendimento para o poder fazer. E fazem-no a juros usurários e nem querem saber.

Aqueles que não cederam ao consumo pago com língua de palmo, estão hoje a suspirar de alívio. Têm de fazer os seus "apertos" mas não têm de passar pela vergonha de ter de entregar o carro ao banco ou de ir a tribunal por um crédito para umas férias em Punta Cana.

O curioso é que ainda há um ano atrás era o tipo das férias que mostrava com orgulho as fotografias da praia paradisíaca tiradas com a câmara digital de última geração paga em 12 meses sem juros. E mostrava-as na TV 3D LED paga com um crédito fantástico de 36 meses.

Que eles eram uns irresponsáveis já muitos de nós o sabiam. O que eu não esperava é que eles próprios se considerassem inimputáveis.

Memória curta

É aquilo que melhor descreve o que sinto quando assisto a uma tentativa reiterada de branqueamento do passado.

Os media, os comentadores, os políticos, todos o fazem.

Não temos um orçamento base 0 mas temos um ano 0. E esse ano parece ser 2011, mais exactamente a seguir à eleições que deram como resultado a saída do PS do poder.

Fala-se hoje como se o passado não existisse. Como se aquilo que passamos hoje não fosse um reflexo directo do que fizemos durante os governos de Sócrates, Durão, Santana e Guterres.

As raízes do mal podem ser traçadas até 15 anos atrás. Ou até mais.

Mas a verdade é que chegamos a eleições com um país completamente endividado, com uma população a fazer um nível de vida impossível e com uma total falta de visão estratégica do país.
Isto paga-se. A questão é como se paga e não há assim tantas formas de isso acontecer.


Recessão, desemprego, insolvência familiar e empresarial, desagregação social, caça às bruxas, aproveitamento político demagógico. A receita completa.

Mas o papel do PS e de alguns dos seus notáveis em todo este processo é estarrecedor.
Quando ouvimos um Mário Soares dizer coisas como diz, ou quando ouvimos um Seguro afirmar que está disposto a ir para a rua, quase parece que toda a responsabilidade do que se passa é exclusivamente deste governo.
Mário Soares mostra mais uma vez a sua falta de espinha dorsal. O PS não se pode desobrigar de um acordo que assinou e sobretudo que causou. O PS é numa enorme percentagem o responsável único pelo descalabro nacional. Causou-o, escondeu-o e assinou um acordo que nada tem de socialista para se safar do buraco.
Porque sabia que era mais fácil omitir o teor do acordo e deixar isso para o governo que viesse a seguir.

As reformas estruturais com o consequente corte em direitos laborais, redução de gastos na saúde e educação, alienação de empresas estratégicas foi assinado por um PS que proclama ser agora contrário a estas medidas.

A falta de palavra já é algo intimamente ligado aos políticos. Mas o nível de falta de palavra de Mário Soares é chocante. É a total falta de pudor e de vergonha que sempre o caracterizou. Mas agora a idade e a necessidade obsessiva de ser "ouvido" retirou o filtro, e estas barbaridades saem-lhe da boca sem qualquer controlo.

Na minha opinião, o PSD não diz suficientemente alto e bom som de quem é a responsabilidade. Tem algum decoro e mostra um certo esforço de apaziguamento ao fazê-lo.
Mas o PS não tem essas barreiras morais e éticas. O PS que minou o Estado de ladrões não tem esse tipo de pudores.
Para eles fugir a um acordo, passar responsabilidades suas a outros e fingir que não é nada consigo, é apenas business as usual.

A manipulação é o dia a dia deste PS. Quando fala no PEC apresentado a Bruxelas sabe bem a carga pejorativa que o termo tem. E essa carga pejorativa é responsabilidade do próprio PS.
Mas um PEC e o que o PSD comunicou a Bruxelas são coisa bem diferentes. Sobretudo porque ao estarmos sob ajuda externa não há PEC. Muito mais do que PEC temos o acordo que temos de cumprir e que é avaliado trimestralmente.

A outra enorme manipulação é desatar aos gritos porque as previsões são piores do que as de há uns meses atrás. Muito à maneira PS, as previsões tornam-se de imediato realidades e como tal pode confrontar-se o governo com elas. Tal como as suas previsões fantasiosas e optimistas eram tomadas pela realidade. Sempre optimistas e sempre fantasiosas. E como se viu, sempre irreais.

O PS dá-se mal com a realidade. Prefere escondê-la para que se descubra quando já estão outros no poder. A verdade e o PS estão em polos opostos.

Se vamos empobrecer é porque durante 6 anos o PS endividou o país em nome do povo sem qualquer resultado prático que não fosse o de proporcionar milhões a si próprio e aos seus amigos.
Este empobrecimento forçado foi consentido e aceite no acordo que o PS negociou e assinou.
Não nos esqueçamos que as negociações com a Troika foram levadas a cabo exclusivamente pelo PS. Os outros partidos assinaram no fim. Mas a negociação estava feita. A única coisa que podiam fazer era não assinar.
Mas fizeram-no para que existisse um consenso político alargado que evitasse coisas como assistimos na Grécia em que um louco diz que não paga sabendo que no dia em que isso for real não entra nem mais um Euro na Grécia.
Caso esta atitude da Grécia fosse para a frente , os salários da função pública grega seriam pagos pela última vez em junho.

A Alemanha já avisou o Governo Grego - Se desrespeitarem o acordo não há mais dinheiro.
Podem fazê-lo e fá-lo-ão. A nação economicamente mais forte da Europa pode ditar as condições em que empresta o dinheiro. E quando se tem um louco a dizer que não vai pagar, mais louco seria o emprestador se lhe desse mais dinheiro.
O que é grave é que estes políticos brincam com a vida das pessoas. Ficam à beira de impor a todo um povo a miséria total. E nessa circunstância as pessoas bem podem rebelar-se e sair à rua. Continuarão miseráveis na mesma.

O PS deixou-nos precisamente numa situação semelhante. E agora um sem vergonha como Soares acha que o PS se pode desobrigar de respeitar o que assinou. Se isto não é a maior demonstração de falta de carácter de Soares, não sei o que será. É como gritar plenos pulmões. "Eu fui 1º ministro e Presidente deste país e não mantenho a minha palavra nem acho que os outros a devam manter".

Se Seguro está preparado para sair à rua, eu sugeria que viesse com Sócrates e que passasse perto de minha casa. Gostaria de lhe fazer saber o que penso dele e dos seus camaradas.
Gostaria de lhe fazer saber que o empobrecimento que também me afecta a mim, lho imputo totalmente a ele a ao seu partido de criminosos.

Nunca será demais lembrar que o PS, este PS, é responsável pelo buraco monumental em que nos meteram. O desvario das PPP's, da Parque Escolar, do ensino tornado uma mera convenção com coisas como as Novas Oportunidades ou a carga burocrática estúpida e inútil causada pela avaliação mentecapta dos professores, o ataque às instituições judiciais, a corrupção e o abuso de poder etc etc etc.
Tudo isso é obra do partido de Seguro.

Que nunca se esqueçam.

Ainda o imobiliário...

Esta gente meteu uma enorme parte do mundo civilizado num enorme sarilho.

Nos EUA a crise do subprime é despoletada por uma tentativa cega de fomentar o crédito hipotecário associado à construção.
Convenceram-se os Americanos de que se tivessem uma casa com uma hipoteca de 500.000 dólares estavam ricos. Mas como?

Fácil... Um ano depois de fazerem a hipoteca teriam uma casa a valer 700.000 e assim ainda se podiam dar ao luxo de fazer uma outra hipoteca e "embolsar" mais 200.000. Isto fez disparar e de que maneira os preços da habitação. A banca andava felicíssima. Concedia crédito como nunca e passou à fase seguinte. Conceder crédito a quem claramente não o podia pagar.
Juntavam toda esta tralha em derivados e vendiam com ratings triple A. Depois apostavam no incumprimento dos devedores.

Quando a bolha rebentou em 2008, a família com 2 hipotecas no valor de 700.000 tinha uma casa que afinal não tinha valorizado mas sim depreciado. Ficava sem a casa e com fortes probabilidades de ainda ficar a dever meio milhão.

Na Europa a coisa foi ligeiramente diferente. Em Portugal primeiro, logo no fim dos anos 90 e em Espanha pouco depois, entrou-se nesta loucura de preços de habitação completamente inflaccionados. Todas as semanas as casas subiam de preço. Sem razão aparente e sem seguir minimamente as leis da oferta e procura. A oferta era tanta que o lógico seria ver os preços descer. Mas não...

Como o dinheiro era "barato" e a banca dava crédito de forma aloucada, apenas porque o seu staff tinha objectivos dementes de concessão de crédito, as famílias nem se ralavam verdadeiramente se a casa que estavam a comprar valia os tais 500.000 euros ou não. Faziam umas continhas rápidas, viam que a prestação (que iriam arcar 30 anos e mais com taxas de juro que só podiam subir) podia ser paga e enfiavam-se num enorme buraco. Acreditando muitas vezes que a casa ainda iria valer mais passados 3 ou 4 anos.
Gente havia que trocava de casa cada ano. E de facto alguns ainda ganharam algum dinheiro neste carrossel de dívida e mais valia. Mas rapidamente acabou. E rapidamente as taxas de juro subiram e os empregos foram-se. Muita dessa gente está no rol dos que entregam a casa ao banco todos os dias. Mas que continuam com uma dívida para pagar, porque última casa de que nunca foram proprietários foi vendida a preço de saldo.

Mas olhando pelo outro lado as coisas não são melhores. A banca, sozinha ou com ajuda do imobiliário, meteu-se num buraco abismal. Endividou-se ela própria fora de portas, para trazer liquidez a um mercado imobiliário totalmente artificial.
Hoje essa mesma banca vê muito poucas hipóteses de reaver dos "clientes" o dinheiro que lhes emprestou e as casas com que ficou não valem, desculpem-me a expressão, um peido. E a cereja no topo do bolo é que têm um stock de habitação em 2ª mão e em 1ª mão para vender para o qual nunca encontrarão comprador.

Quer a banca quer as empresas do sector imobiliário merecem TUDO o que lhes está a acontecer.
O grave disto é que as empresas são as pessoas e muitas dessas pessoas perderão os empregos enquanto os administradores e sócios conseguiram amealhar um bom pé de meia, muitas das vezes de forma duvidosa. No fim é o mexilhão que irá pagar o colapso dessa miserável indústria que tomou o freio nos dentes como se as casas não se construissem com um objectivo.
O nosso problema é enorme. Mas o problema da Espanha é de proporções absurdas.
Um país que tinha uma percentagem de propriedade de casa de habitação muito baixa, saltou para valores impressionantes.
Hoje há bairros capazes de alojar milhares de famílias desocupados. Os promotores faliram e as casas são duma banca falida. Grandes bancos que apresentavam lucros fabulosos anos a fio estão hoje numa situação de não poder honrar os depósitos dos seus clientes. Daqueles que em vez de terem passivo tinham activos que esta banca usou para financiar a loucura dos outros.

Por lá, como por cá há aqueles que acham que a banca devia ser boazinha com os que foram "levados" nesta onda de consumismo imobiliário. Dão a casinha de volta e amigos como dantes.
O passivo, esse, fica do lado do banco que o irá tentar colmatar com ajudas estatais, com o apelo à poupança de outros e sobretudo com muita sorte.

O drama de uma banca de rastos é que isso afecta toda a sociedade. Afecta as empresas que não conseguem financiar-se porque a banca não tem sequer liquidez, afecta as poupanças de quem as conseguiu fazer e põe uma economia de rastos.

Foi a banca que fez isto a ela própria? Não totalmente. A política governamental desde cedo privilegiou este tipo de comportamentos. Cavaco Silva adorava a construção civil. Dizia que era a indústria nº 1 do país. Nunca houve uma real preocupação com a forma como as cidades iam crescer ou a com as consequências dum urbanismo totalmente desregrado e apenas determinado pelo lucro.
Hoje o resultado está aí para todos nós vermos.
Cidades absurdas, autarquias assoberbadas com despesas causadas por cidades enormes com centros vazios, gente a ficar sem a casa dos seus sonhos, banca a ficar sem as rendas mensais e a ver os seus lucros e liquidez a cair a pique..

Mesmo assim os representantes da "indústria" querem manifestar-se e exigir do governo uma solução. Solução? Querem que o Estado lhes compre as casas?
Sugiro que se juntem aos "desgraçados" do golfe com 23% de IVA e, caso consigam, que vão todos exactamente para o mesmo sítio - para a puta que os pariu.
Se o país se livrar desta praga que anda à volta da construção civil se calhar pode focar-se uma vez durante a minha vida em fazer alguma coisa de produtivo que nos traga alguma vantagem como país, em vez de apenas encher alguns bolsos.

Seguro lá ganhou umas eleições

Mas que pobreza franciscana. Mas que entusiasmo tão pueril o de Seguro.
É quase chocante ver ao entusiasmo bacoco de Zorrinho, Seguro e personagens como Manuel Alegre que já estão a preparar o velório da direita.

Hollande ganhou montado em promessas impossíveis. O cerne do mal, a maldita deslocalização de indústrias produtivas que  geravam emprego, nunca é abordado.

É impossível perder emprego e rendimento num país e comprar bens importados e sustentar o Estado Social ao mesmo tempo.

Os governos que estão no poder desde há 20 anos fizeram todos o mesmo. Deixaram as empresas perseguir o lucro cego, fizeram acordos comerciais com países que tratam os seus trabalhadores como lixo, desrespeitam todas as normas ambientais e de segurança, e agora para finalizar pedem-lhes dinheiro emprestado.

Os Brics têm o mundo Ocidental agarrado pelo tintins. Nem sequer seria possível impor taxas aduaneiras nesses bens para minorar o mal.

Para sustentar um Estado Social dos tempos de abastança endividaram-se. A França fê-lo a 90% do PIB.

Hollande vai sentar-se na cadeirinha e perceber que reforma aos 60 não dá. Acabar com o nuclear e por os franceses a pagar uma bruta factura de electricidade também não dá. Renegociar o acordo com a dama de granito só se for em sonhos. Hollande vai ter o benefício da dúvida mais curto da história.

Quando largar o Eliseu a França vai estar um bocado pior do que já está. Só que no entretanto são 5 anos de lamaçal para a França e para a Europa.

O nosso Partido Socialista olha para isto como se o camarada lhes fosse dar a oportunidade de voltar ao poder em Portugal com umas pazadas de dinheiro da UE.

É pátetica a figura deste PS e a sua fé cega num modelo de "crescimento" que não passa de palavras.
Nada a que não estejam habituados. Eles lá no fundo acham que as coisas acontecem só porque eles "acreditam" e dizem que acreditam.

Sócrates acreditava no oásis. Dois anos depois a culpa foi da crise internacional. O investimento público era a chave para o crescimento. Duma certa forma tinha razão. Por cá foi a chave para o crescimento da dívida.

Vai demorar um bocado para que nos países de onde foram corridos governos despesistas se volte a ver as mesmas caras no poder.

E ainda bem. Deus nos livre de ter Seguro como 1º ministro e Zorrinho como ministro de alguma coisa. Nunca vi líderes políticos tão vazios, tão superficiais e tão claramente incapazes.

Mete dó.

PS. Estou curioso ver a solução da esquerda radical grega para o imbróglio onde a Grécia está metida. Não pagar e não sair do Euro. Se calhar vai por toda a gente a criar uma cabrinha na varanda para pelo menos terem leite...
Que Deus os ajude.

E lá vão 38 milhões para pagar ... nada.

Segundo Emanuel dos Santos, o despacho assinado por si teve uma intenção preventiva. «O meu despacho permitira poupar ao Estado eventuais despesas de indemnização por incumprimento de contratos celebrados», defende-se.
Não é possível que estas explicações atabalhoadas sejam credíveis. Não é de todo possível acreditar que este tipo de atitudes sejam sérias. Se fossem não eram tomadas no último dia de um mandato. Se estas posições tivessem mérito contratual, o governo seguinte poderia honrá-las sem que um secretário de Estado se sujasse de forma tão suspeita.
Nem o facto de o actual Governo ter anunciado que pretendia «renegociar o projecto à luz dos novos condicionalismos, incluindo o seu conteúdo e calendário», tal como se lê no programa eleitoral do PSD de 2011, impediu Emanuel dos Santos de autorizar o pagamento.
Mais grave é quem assina o despacho saber que se outro partido ganhar as eleições, essas obras serão suspensas. Obviamente que a decisão não é para poupar o Estado a inconvenientes. O objectivo é dar uns milhões a uma empresa antes de que a decisão do governo seguinte evite que isso aconteça.
Assim, isto sai do foro da responsabilidade política. Isto é no mínimo do foro da responsabilidade civil e devia ser julgado como tal.
O actual funcionário do Banco de Portugal refere que «teve presente» uma posição de Passos Coelho «no dia 20 de Janeiro de 2009», quando ainda não era líder do PSD. O primeiro-ministro disse «sem qualquer hesitação ser a favor da construção da linha de TGV Lisboa -Madrid», refere.
É curioso como este funcionário do Banco de Portugal  invoca palavras de 2009, quando apenas alguns falavam da desgraça em que nos estávamos a meter, e não se lembra de declarações de 2011, quando já sabíamos bem onde estávamos metidos. Como se diz acima estava no programa eleitoral. Que este homúnculo prefere esquecer invocando o discurso de 2009.

O que eu não entendo é como gente de todas as proveniências profissionais se torna tão rapidamente numa corja de mafiosos e pulhas quando chega ao Governo. Ou será que já o são antes de lá chegar? Ou será que são apenas paus mandados de interesses mais altos? Cada vez mais me convenço que esta gente mais não é que um grupo mandatado e mandado por ministros para fazer o que lhes interessa sem se queimar. Aliás, o ministro diz que não teve nada que ver com isto. Até o desgraçado Paulo Campos afirma que nada tinha que ver com o TGV. Esse apenas teve que ver com a mafiosice que foi a renegociação de concessões rodoviárias...

Milhão a milhão foram fazendo isto ao país. A todos nós. Milhão a milhão deram aos amigos e indirectamente a si próprios. E nós agora temos de repor.

O ministério público tem o dever de investigar tudo isto até ao limite das suas competências. Tem o dever de apurar se estes indivíduos são responsáveis criminal ou civilmente por este tipo de actos.
O Estado ele próprio tem de levar ex- funcionários como estes à justiça no sentido de obter de volta valores incorrectamente pagos e seguramente envoltos em corrupção.

Quando se assiste durante anos a um ataque à magistratura percebe-se bem o que está por detrás desse gesto. É proteger a classe política de casos como este em que um Secretário de Estado assina contratos de milhões, paga indevidamente e depois sai calmamente da ribalta para o seu emprego anterior como se nada se passasse.
Com um ministério público amarrado, uma magistratura judicial debaixo de fogo constante, estes indivíduos asseguram o seu futuro com gestos como este, ou servem apenas de peões de brega para filhos da puta como Sócrates e outros semelhantes viverem hoje regaladamente com dinheiro de duvidosa proveniência.
Esfregando na nossa cara o seu nível de vida às nossas custas.
Não há prisão suficientemente funda e escura para enfiar toda esta corja.
Sejam eles de que partido forem deviam ter todos os mesmo destino - a prisão.

Os saldos

Pergunto-me se esta barulheira acerca da promoção de ontem do Pingo Doce seria a mesma se não estivéssemos a falar da Jerónimo Martins.

Curioso é que o Grupo Auchan também abriu as suas lojas ontem e não ouvimos ninguém berrar a plenos pulmões por causa da humilhação do 1º de Maio.

O problema parece estar nos 50% de desconto em compras acima de 100 Euros que o Pingo Doce fez ontem e que deu azo, como seria de esperar, a uma corrida desenfreada e quase demente às suas lojas.

Do Bloco nem uma palavra acerca das outras empresas que abriram as suas lojas mas que não tiveram certamente a mesma afluência de compradores.

As promoções com descontos loucos não são novidade. Acontecem todos os dias em todo o lado. Seja por liquidação de stock em tempo de saldos, seja por promoção de Natal, Verão ou Páscoa, é usual fazer-se isto. E é usual haver uma corrida a essas lojas para conseguir a um preço descontado aquilo que ainda no dia anterior era muito mais caro.

Nunca ninguém saiu a terreiro acusando essas empresas de dumping.

E isso nunca aconteceu porque nunca foi tão claro que o responsável dessas empresas tenha um determinado alinhamento político. Isto a que assistimos, este disparate absurdo da esquerda inútil, não é mais do que um nojento aproveitamento político de uma situação que é absolutamente normal e constante.

Seria bem mais sério criticar o facto de as lojas estarem abertas no 1º de Maio. Essa é a questão central e a única que devia ser trazida à discussão. Meter parvoíces como a prática de dumping na equação para ultrapassar o facto de ser de alguma forma permitido trabalhar no 1º de Maio é argumentação de garotada pueril. Se não querem que isto aconteça legislem a obrigatoriedade de NÃO trabalhar no 1º de Maio. Mas para toda a gente, incluindo os trabalhadores das bombas de gasolina porque esses também têm direito à festa do trabalhador.
Isto é uma hipocrisia, vindo de gente que pouco se importa que haja gente a trabalhar um pouco por todo o lado.

O que se devia invocar é a possibilidade de as lojas poderem decidir se abrem ou não. Se lhes é dada a margem para poderem abrir do ponto de vista legal, então não há nada a dizer.
Uma empresa pode decidir abrir todos os dias do ano desde que não esteja a quebrar nenhum regulamento.

O que estes infantis bloquistas e comunistas querem fazer agora é simples. Pela ausência de uma lei violada (abrir no 1º de Maio) tentam aproveitar aquilo que são os comportamentos selvagens de alguns para imputar responsabilidades ao Pingo Doce. É como condenar Al Capone por fraude fiscal por não terem conseguido apanhá-lo por homicídio.
Chegam ao ponto de querer SABER qual a margem de lucro do Pingo Doce. Já estou a imaginar  Soares dos Santos a  mandá-los sonoramente à merda.
Nas declarações registadas pela SIC Notícias, até aldrabões como Honório Novo vem dizer que compra no pequeno comércio. Nem preciso de uma foto dele no Pingo Doce ou no Continente a fazer compras para ter quase 100% de certeza que mente porque convém.
Até a absurda Canavilhas diz que prefere festejar o 1º de Maio.

Toda esta gente mete nojo.
Metem nojo os apalermados trotskistas do BE que não perceberam ainda que não vivemos num regime socialista e não é com a sua miserável percentagem eleitoral, com tendência para descer, que iremos viver.
Metem nojo estes aldrabões comunistas que me querem fazer acreditar que apoiam o pequeno comércio quando essa não é nem nunca foi uma opção ideológica. Compram seguramente como todos nós numa grande superfície. Por preço e por conveniência e sobretudo por disponibilidade. Metem nojo estes ridículos do PS, como Paulo Campos a dizer que o Governo protege os poderosos. Ele que renegociou concessões com "poderosos" aumentando-lhes as rendas para mais do dobro. Ele que mentiu numa comissão parlamentar referindo um estudo da KPMG que a própria KPMG negou ter feito nessa mesma comissão.
O mesmo Paulo Campos que "oferecia" um lugar à bloquista que diz "Lesboa" e que apoia Soares.
É este verme que vem apontar o dedo ao Governo por não interferir numa decisão de uma empresa privada? É um insulto ter uma besta desta estirpe no parlamento a "representar-nos". Isso sim é uma vergonha.

Mas mesmo grave é ter o Governo a saltar neste "comboio" e vir dizer que vai legislar para regular as promoções inesperadas. O que é inesperado? Uma semana de antecipação? Então agora passamos a ter um período de preparação para avisar que vamos fazer uma mega promoção? Por lei?
Acredita alguém que se isto tivesse sido anunciado com uma semana de aviso a coisa tinha sido melhor? Eu acho que ainda iria ser mais grave. Houve muita gente que não foi porque não sabia.

Aqui está um exemplo de como se tenta resolver as coisas com leis de merda (como se não tivéssemos já que chegue)  que ainda por cima agravariam o efeito que querem evitar. Se o ridículo matasse, amanhã tínhamos menos um ou dois ministros.

Quanto às cenas pouco próprias vistas em todos os canais de televisão...

Era previsível. Sabendo nós que 50% de desconto pode significar comer 2 meses pelo preço de um, é óbvio que as lojas iriam estar cheias. É óbvio que as prateleiras iriam ficar vazias com a "rapina" de tudo o que estivesse exposto.
Nem a velocidade de reposição nem os stocks das lojas poderiam de alguma forma suportar o embate. Junte-se-lhe a habitual falta de civismo dos envolvidos e temos isto que vimos.
As pessoas enlouquecem. Levam coisas que não lhes fazem falta. Vão deitar fora imensas coisas que levaram ontem para casa.
Tudo isso é previsível.
O que não se pode esperar é que as pessoas se coíbam de comparecer em massa só porque acham que o dia do trabalhador é uma coisa solene que devem respeitar.

Pode permitir-se fazer isso quem ainda pode fazer a sua vida normal sem andar à caça de bagatelas. Para quem está a passar dificuldades e para quem 150 Euros a menos em compras de 1 mês pode significar muito, estas considerações acerca dos direitos dos trabalhadores e sobre a lutas que levaram a instituição do 1º de Maio como dia Internacional do Trabalhador não lhes dizem nada. Nada.

Quando soube da promoção disse imediatamente que ia ser uma avalanche. Vão aqueles para quem isto faz diferença, vão outros para quem não faz tanto e irão outros só pela curiosidade.
Só quem não faz compras nos dias antes do Natal é que não sabe o que esperar.

Mas a verdade é que enquanto a esquerda tentar trazer a política para o meio destas discussões, perde o combate. Enquanto ela tentar dizer ás pessoas com mais necessidades que se deviam abster de poupar 50% vai ficar a falar sozinha.
Enquanto esta esquerda tentar mandar abaixo uma empresa, usando argumentação falsa, ou na maior parte dos casos puramente ridícula, vai continuar a ser aquilo que é.

O Bloco ainda não se apercebeu da sua verdadeira falta de expressão política no meio dos eleitores. São um grupelho de esquerda pseudo intelectual, onde pontuam alguns diletantes da academia. Não são "povo" não se consideram como tal nem nunca saberão realmente o que é ser "povo". Eles são uma espécie de vanguarda esclarecida que fará pelo povo "ignorante" aquilo que ele não tem capacidade de fazer. São as elites intelectuais dum movimento operário que não existe.

Chamar o ministro da Economia à Assembleia para pedir contas ao Governo é absurdo.
Ou há uma lei que proíbe de abrir no 1º de Maio ou não há. Ou é permitido avisar de véspera ou não é. Ou se pode fazer uma mega promoção de 50% de desconto por um dia ou não pode.
Não se ponham a inventar leis e regulamentos incumpridos porque a quem cabe legislar é à Assembleia da República. Se não o faz é porque se tornou tão preguiçosa e inútil que grande parte da legislação que é produzida não passa de Decretos do Governo. E essa prática já não vem de agora e Sócrates usou e abusou dela.