Seguro lá ganhou umas eleições

Mas que pobreza franciscana. Mas que entusiasmo tão pueril o de Seguro.
É quase chocante ver ao entusiasmo bacoco de Zorrinho, Seguro e personagens como Manuel Alegre que já estão a preparar o velório da direita.

Hollande ganhou montado em promessas impossíveis. O cerne do mal, a maldita deslocalização de indústrias produtivas que  geravam emprego, nunca é abordado.

É impossível perder emprego e rendimento num país e comprar bens importados e sustentar o Estado Social ao mesmo tempo.

Os governos que estão no poder desde há 20 anos fizeram todos o mesmo. Deixaram as empresas perseguir o lucro cego, fizeram acordos comerciais com países que tratam os seus trabalhadores como lixo, desrespeitam todas as normas ambientais e de segurança, e agora para finalizar pedem-lhes dinheiro emprestado.

Os Brics têm o mundo Ocidental agarrado pelo tintins. Nem sequer seria possível impor taxas aduaneiras nesses bens para minorar o mal.

Para sustentar um Estado Social dos tempos de abastança endividaram-se. A França fê-lo a 90% do PIB.

Hollande vai sentar-se na cadeirinha e perceber que reforma aos 60 não dá. Acabar com o nuclear e por os franceses a pagar uma bruta factura de electricidade também não dá. Renegociar o acordo com a dama de granito só se for em sonhos. Hollande vai ter o benefício da dúvida mais curto da história.

Quando largar o Eliseu a França vai estar um bocado pior do que já está. Só que no entretanto são 5 anos de lamaçal para a França e para a Europa.

O nosso Partido Socialista olha para isto como se o camarada lhes fosse dar a oportunidade de voltar ao poder em Portugal com umas pazadas de dinheiro da UE.

É pátetica a figura deste PS e a sua fé cega num modelo de "crescimento" que não passa de palavras.
Nada a que não estejam habituados. Eles lá no fundo acham que as coisas acontecem só porque eles "acreditam" e dizem que acreditam.

Sócrates acreditava no oásis. Dois anos depois a culpa foi da crise internacional. O investimento público era a chave para o crescimento. Duma certa forma tinha razão. Por cá foi a chave para o crescimento da dívida.

Vai demorar um bocado para que nos países de onde foram corridos governos despesistas se volte a ver as mesmas caras no poder.

E ainda bem. Deus nos livre de ter Seguro como 1º ministro e Zorrinho como ministro de alguma coisa. Nunca vi líderes políticos tão vazios, tão superficiais e tão claramente incapazes.

Mete dó.

PS. Estou curioso ver a solução da esquerda radical grega para o imbróglio onde a Grécia está metida. Não pagar e não sair do Euro. Se calhar vai por toda a gente a criar uma cabrinha na varanda para pelo menos terem leite...
Que Deus os ajude.