O Facebook e as manifs

Tornou-se moda convocar "coisas" no Facebook.
Um lesto cidadão tem convocado manifestações semanais para exigir a demissão de Miguel Relvas. Alegadamente por causa das suas habilitações falsas.

Do ponto de vista da cidadania responsável é um gesto meritório. Não devíamos ter gente nos mais altos cargos do país com habilitações dadas por favor. Estou inteiramente de acordo com ele.

O problema, e é só um pequeno problema, é quem é este cidadão e porque é que ele é tão "vocal" nesta cruzada contra as habilitações falsas.

E aí é que começa a minha comichão. E é aí que eu percebo porque é que houve um silêncio cúmplice quando apareceram os casos de Sócrates ou Vara.

Este cidadão desinteressado é cineasta. E como todo o bom cineasta que se preze deste país só consegue exercer a sua "arte" se o Estado a pagar. Assim foi com o seu documentário mais conhecido "José e Pilar". Financiado numa altura em que estava o PS no poder. Obviamente que o cineasta nunca viria para a rua exigir a demissão de quem quer que fosse ligado ao Governo ou ao PS. Não se morde a mão que nos alimenta.

Estou perfeitamente de acordo que se financia a cultura. Também acredito que os cineastas deviam ter a preocupação de cativar públicos para suplementar com receitas de bilheteira aquilo que o Estado já ajudou a criar. Que ajudamos todos nós.
Na esmagadora maioria dos casos não é assim. Os cineastas acham que a arte não se compadece com o "gosto" do público e como tal querem ser livres dessas restrições criativas. Querem, em suma, fazer o que lhes dá na gana e ser pagos por isso.

E no actual estado de coisas não deixa de ser curioso que os que bradam pelos desfavorecidos queiram ao mesmo tempo umas dezenas de milhar de Euros para realizar um "projecto" que cai no esquecimento na semana seguinte.

É muito pouco credível que esta ânsia de ver Relvas fora do lugar tenha alguma coisa que ver com os nobres princípios que este cineasta defende. Se assim fosse já tínhamos ouvido falar dele quando houve graves atropelos à seriedade e honorabilidade dos nossos governantes.
E não ouvimos porque uma assinatura desses mesmos governantes significariam para ele o seu sustento. Que se lixem os princípios não é caro Miguel Gonçalves?

Bem ao contrário de ser uma iniciativa séria e de cidadania responsável, este tipo de manifestações são precisamente o contrário daquilo que afirmam.
São a defesa de interesses pessoais, o aproveitamento de casos para uma luta política que não se assume e usa pretextos e apoio de gente que é movida por uma mesma ideia.

O que é absolutamente contrário aos princípios democráticos.

Esta gente achou bem que um caso em tudo semelhante, se não pior, passasse sem averiguação e sem castigo. Os criminosos da nossa cor podem fazer tudo. Os criminosos da outra cor não podem sequer espirrar.

Mas a esquerda, desde a moderada à mais radical sempre se caracterizou por duas coisas:
Uma enorme incompetência governativa
Uma enorme intolerância quanto à escolha da maioria se ela não recair em si.

Miguel Gonçalves Mendes pode ganhar todos os prémios de cinema deste mundo. Mas é aquilo que é. Alguém que sente a falta do dinheiro  dos cidadãos, pago com sacrifícios, para o sustentar a si a à sua arte.
Não conheço a obra. Mas por estas atitudes começo a conhecer o homem. E não gosto do que vejo.

Às vezes é preciso fazer um esforço para não ceder à tentação de ver o mal só nos nossos adversários. Miguel Gonçalves claramente não se esforça. E isso define-o.



Um sabujo de merda

Sem qualquer problema em parecer um sabujo a soldo, este desgraçado jornalista (Augusto Madureira) faz uma figura inacreditável na entrevista a Morais Sarmento. Vejam que vale a pena. Ouçam onde pode chegar a falta de profissionalismo de um jornalistazeco de merda. Com perguntas tendenciosas, com frases como "vamos deixar de falar de Sócrates" e outras pérolas semelhantes.

Primeiro tentou por em causa a infeliz escolha de palavra "lixem-se", depois debaixo de um bombardeamento subtil de Sarmento perdeu a argumentação e quando confrontado por frases semelhantes de Sócrates, ainda que de sentido contrário, diz a Sarmento que ele não está ali para falar do Partido Socialista.

Os media estão minados de bosta desta. Tendenciosos num sentido e no outro, jornalistas convencidos que eles são o centro do espectáculo.

Em bom rigor estou-me cagando para a opinião deste idiota. Quem é ele para ter opinião? Porque é jornalista? Que cultura, saber e qualidade intelectual tem ele para além de ler o teleponto e lamber as botas ao poder (qualquer que ele seja)? O que pode levar alguém que está na profissão há 20 anos a esquecer completamente o dever e a ética de um jornalista?

O jornalismo tem-se degradado a um ponto de não retorno. Esta geração que anda pelos 30 convenceu-se que é "fazedora" de opinião. Mesmo quando a sua opinião não vale um chavelho. Quando a única coisa que lhe deveria acontecer depois de um espectáculo destes e doutros que já assisti, era ser chamado ao director de informação para sair de lá com as orelhas a arder.

Um jornalista tem um papel que não se compadece com a defesa de uns ou de outros. Deve informar e quando entrevista deve saber fazer as perguntas certas. É por isso que há os JORNALISTAS e há estes arremedos de bosta que seguramente vão subindo pela larga experiência a lamber cus.

Ao invés de falar de pudor como joshuaquim fala no seu blog Palavrosaurus Rex eu vou chamar a este indivíduo o nome que ele merece - sabujo de merda.


Ainda a frase de PPC

De tudo aquilo que Passos Coelho disse naquele famigerado dia só ficou "que se lixem as eleições".

E em cima deste mote, tal como é hábito num país que adora remexer na merda, já se fizeram todas as variantes e todos os comentários.
É apenas uma reedição do "desvio colossal" ou da tentativa de ridicularizar a internacionalização do pastel de nata etc etc.

Os idiotas profissionais, os amadores e os de circunstância juntam-se todos nestas modas semanais. Sem nada de útil para dizer ou fazer limitam-se a tentar ridicularizar os outros ou as palavras dos outros.

Fui ouvir a frase no seu contexto. E a frase foi:
Se algum dia tiver de perder umas eleições em Portugal para salvar o país, como se diz, que se lixem as eleições
Não sei que espécie de iletrados lê ou ouve isto e pode tirar as conclusões que se ouvem. Desde a total imbecilidade de Zorrinho que nos leva a pensar que espécie de porcaria anda pela nossa "academia" a preparar as gerações mais qualificadas de sempre, até ao delírio vermelhusco de um Luís Fazenda do Bloco a quem aparentemente foi removida grande parte do cérebro, a verdade é que a frase nada tem de transcendente.

Pelo contrário reafirma a intenção de colocar o interesse do país acima de qualquer tentação eleitoralista. Coisa que nunca abundou neste país e que provavelmente nunca ninguém disse com tanta clareza.

Esvaziado o argumento de que Passos se "está a lixar para os eleitores" a única coisa que resta aos criticos é dizer que Passos estava a mentir. Ou seja, ele afirma uma coisa e é criticado não pelo que disse mas pelo facto de estar a "pensar" o contrário do que disse, logo mentindo.

Este tipo de discussão não é séria. Não é minimamente séria. Nunca ninguém discutiu Sócrates nesses termos quando se entretinha a pintar uma realidade inexistente. Podíamos duvidar seriamente das suas palavras mas nunca se viu ninguém a criticá-las partindo do princípio que eram mentira. Muito menos lideres parlamentares da oposição a fazer as figuras de parvo que vemos hoje um Zorrinho fazer.

Muito melhor do que eu Vasco Pulido Valente escreve sobre isto. Não há nada a acrescentar.



Grasping at straws

Para o líder parlamentar do PS "quem se está a lixar para as eleições", como o primeiro-ministro, também se está "a lixar" para os eleitores.
Fonte : Diário Económico
Se a estupidez e a má fé matassem, Zorinnho estava esticadinho, frio e hirto.
Não é possível que gente assim ache que está a dizer alguma coisa de inteligente. Nem o maior burro da história consegue pensar que as palavras de Passos Coelho podem ser distorcidas desta forma.

O que é chocante é sabermos que Passos afirma por o eleitoralismo de lado, com tudo o que tem de pernicioso, dando prioridade aos interesses do país e ouvirmos Zorrinho e "Arsénico" distorcer as palavras de forma mais que vergonhosa.

É isto que me irrita na nossa forma de ser. Quando alguém está do contra não há nada que consiga reconhecer à outra parte como digno de mérito. E isso vai muito além da luta política digna e séria.
Pode discordar-se acerca da forma de resolver um problema. Se se demonstrar que essa forma resulta por oposição a outra.

Acontece que no caso do PS a sua desgastada fórmula deu um resultado miserável. Não é crível que uma coisa que funcionou mal uma, duas ou três vezes funcione bem à quarta vez. Como dizia Einstein a definição de loucura é fazer sempre o mesmo e esperar um resultado diferente.

Mas este PS e estes personagens já passaram largamente o debate de ideias. Passaram para a desonestidade intelectual como forma de combate político.
Criticar as palavras proferidas por PC desta forma é estar do lado do eleitoralismo. Da compra de votos, da concessão de benesses em troca do poder. E em troca da ruína de um país.

A "compra" de votos em troca de medidas eleitoralistas é, essa sim, o desrespeito total pelos eleitores. É enganar parvos de forma consciente. É não tomar as decisões certas para um país apenas para se conseguir agarrar ao poder. Foi isso que o PS sempre fez enquanto esteve no poder. De todas as vezes sem excepção.

Espera-se agora que Seguro siga este arremedo de político com a sua própria interpretação das palavras de Passos Coelho. Como não existe nada de substancial nas propostas e forma de pensar do PS resta-lhes isto - ser completamente imbecil.

"Gaffe"??

Referia-se hoje João Soares às afirmações de Passos Coelho como "gaffe".

Não percebi exactamente como é que declarações que põem o interesse de por o país no rumo certo por oposição a medidas que visam apenas os resultados eleitorais, podem ser consideradas uma gaffe.

Numa situação de normalidade não politico demagoga esse tipo de afirmação seria aplaudida. É óbvio que não é do interesse do PSD e do CDS do ponto de vista de votos fazer o que estão a fazer. As medidas são gravosas para todos e geram descontentamento. É óbvio que se essas medidas estão a ser tomadas isso tem pelo menos duas razões.
Uma é o cumprimento das metas e das mudanças estruturais que o Estado português se obrigou ao assimar o MoM com a Troika.
A outra será pela convicção de que se essas medidas não forem tomadas, Portugal não tem outra chance.

Numa situação de falência iminente não resta mais a um governo que reduzir a despesa do Estado para aquilo que ele pode pagar.
É uma contracção brutal, sobretudo quando se vem de governos que tentaram esconder a dura realidade de um país endividado contraindo empréstimos em cima de empréstimos.

Algumas destas benesses dadas a crédito eram conhecidas. Outras não. Sabe-se hoje que do deficit absurdo das empresas de transportes 6 mil milhões decorrem de juros om empréstimos ainda não pagos pelo Estado português. E que convenientemente não apareciam nas contas do deficit porque eram atiradas para as "empresas públicas".

Os governos anteriores sabiam bem como contornar as regras para alindar os números de deficit e faziam-no abundantemente.

Quando se destapou esta realidade, que aliás a troika percebeu na poucas semanas de negociação, o nosso buraco e a nossa necessidade de ajustamento eram muito maiores que o esperado.
Qualquer Governo que tomasse posse iria fazer um papel odioso. Coube a este.

E infelizmente coube a este Governo a oposição de um partido que não só sabe melhor do que ninguém o estado em que deixou as contas públicas como foi ele o signatário em nome do Estado Português do acordo que preconizava as privatizações, a redução de despesa e benefícios sociais e alterações ao código de trabalho.

Dizem agora que nada têm que ver com isso e que o caminho seguido pelo Governo é o errado. Que não devia privatizar empresas que eles próprios concordaram privatizar nem devia fazer um esforço tão grande para baixar o deficit. Que devia pedir mais tempo.

As regras aceites e assinadas por eles são hoje letra morta para o PS.
Isto é demonstrativo da crónica falta de honorabilidade de um partido e é bem o exemplo de como um partido se pode estar a lixar para o país e pensar apenas nas eleições.

Nada do que é um bom resultado é bom. O equililbrio das nossas importações/exportações é mau porque só acontece por causa da recessão. A execução orçamental, apesar de ter reduzido a despesa do Estado em 18% é má porque mesmo assim não chega para o deficit acordado etc etc.

Longe vão os vatícinios de que ia ser como a Grécia, mas apenas porque esse discurso pateta e vazio foi substituído pelos "seguidores de Merkel" e pelo "ir além da Troika".

A argumentação do PS é absolutamente ridicula. Não só sabem perfeitamente com o que se comprometeram com a troika, como eles próprios escolheram o método para cumprir esse acordo. Serviram-no pronto a "comer" ao governo que veio a seguir.
Como seria mortal mostrar concordância não perdem uma oportunidade de estar "contra". A esperança Hollande já foi pelo cano abaixo e foi substituída agora pelo "empenho" no emprego e no crescimento. Num país deprimido e em recessão por causa da dívida absurda que deixaram para todos nós pagarmos.

De seguro não há muito a dizer. É um imbecil. E é um imbecil a prazo. Tem os dias contados e nunca chegará a ser aquilo que sonha desde que começou a militar na J - ser 1º ministro.
E graças a Deus que assim é, porque depois de Guterres e Sócrates seria terrível ter um misto dos dois. Um bonzinho incompetente.

O PS faz aquilo que os ingleses chamam grasping at straws. à falta de qualquer coisa de substancial para dizer ou demonstrar, chocam-se até com declarações de Passos Coelho que em qualquer contexto em que se analisem são meritórias e raras.
Nunca o PS governou este país sem ter os olhos no mandato seguinte, nem que para isso fosse preciso hipotecar completamente o futuro de um pais inteiro.
Lembram-se do aumento dos funcionários públicos antes das eleições e 2009 numa altura em que o Governo e o seu lambe botas Teixeira dos Santos já sabiam qual era o estado das contas públicas? Foi a pensar no país ou foi a pensar no resultado?

Mesmo ficando este governo aquém das expectativas e esperanças de muitos, o que seria a nossa vida com o PS no governo? Pensem... o que seria?

Ver o óbvio

Os arguidos no processo de extorsão ligado ao Freeport foram absolvidos.

Foi o próprio MP que pediu a absolvição. O representante do Estado português entende que os responsáveis por toda a trama de pagamento de verbas para mudar o sentido do estudo de impacto ambiental não são Charles Smith e Manuel Pedro.

É óbvio que não o são. É óbvio que esta acusação ridícula serviu apenas para desviar as atenções dos verdadeiros corruptos. Aqueles que tinham poder e influência para poder mudar o resultado dum estudo de impacto ambiental.

O tribunal mandou extrair certidão para accionar um processo que envolva os indivíduos referidos neste processo, entre eles José Sócrates.

Dizia eu que num país sério era isso que devia acontecer. E não podia ser de outra forma. Perante os testemunhos diversos patentes neste julgamento ficaram óbvios três factos
  • A empresa promotora pagou para mudar o estudo de impacto ambiental
  • Os arguidos não ficaram com esse dinheiro
  • O estudo mudou
Não é preciso ser um génio para entender como e quem recebeu avultadas luvas para que isto acontecesse. Como dizia alguém, quanto maior é o cargo do corrupto maiores são as luvas e maiores são as contrapartidas.

Ninguém acredita que uma pessoa que declara 40.000 Euros num ano possa levar o nível de vida que o execrável bestiúnculo leva em Paris. E é também óbvio que este não terá sido o único caso de dinheiros de proveniência duvidosa na vida de Sócrates. As casas "baratas" compradas a uma off shore. Aos pares.... numa zona de Lisboa que era inacessível aos bolsos da maior parte das pessoas. O tipo conseguiu comprar dois apartamentos na Braamcamp por um preço mais baixo que um T3 em Campolide ou no Lumiar. Tem jeito para o negócio, o menino.

Tudo na vida desse indivíduo é passível de ser questionado. Tudo é sombrio e duvidoso, desde a sua formação, até ao trajecto político que o colocou como 1º ministro.
Muitos dos que o apoiaram no PS são exactamente como ele. Gente sem carácter e sem honra. Outros são meros beija cús em busca de sinecuras. O PS é um partido que apodreceu com Sócrates. Ficou minado de gente sem estatura sem saber e sem carácter. Não é difícil imaginar porquê.
Um corrupto não se rodeia de gente séria. Mesmo que a houvesse.

Infelizmente não existe a figura do arrependido em casos de corrupção. Isso permitiria a troco de imunidade colocar atrás das grades gente como esta que tem delapidado Portugal desde o 25 de Abril. Mas felizmente não foi preciso um "arrependido" para se saber como as coisas se passaram. O processo inventado com a acusação de extorsão permitiu saber durante a defesa dos acusados quem foram verdadeiramente os corruptos.

Siga para investigação. Venha de lá o filho da puta de Paris explicar o seu faustoso nível de vida. Venha de lá esse cabrão explicar que no ministério do ambiente eram todos corruptos menos ele.
Venha de lá esse cabrão, para finalmente vermos as suas fuças na TV como aquilo que ele é: Um enormíssimo filho da puta.

Irreflexões

Uma das manias nacionais parece nunca perder força. É a maldita mania de abrir a boca sem pensar, de insultar gratuitamente, de argumentar como um atrasado mental.

Eu que não tenho o Facebook em grande conta deparo-me com este tipo de atitude no meu mural repetidas vezes.
Passamos a ser um país que se expressa por Facebook. Convocam manifestações, metem os salários chocantes de certos personagens, indignam-se digitalmente e insultam digitalmente. Basicamente poluem os murais uns dos outros com trivialidades, boçalidades numa forma de apaziguar a sua falta de acção real.
Um grande viva para o nível mais sofisticado de alienação a que uma sociedade pode chagar. Ser uma sociedade "Facebook".

Vem isto a propósito de um artiguito (é mesmo muito pequeno na edição online) do Correio da Manhã sobre o julgamento de Charles Smith e Mauel Pedro para quem o MP pediu a absolvição.

Não é fácil fazer distinções e saber detalhes nestas coisas da justiça mas ao menos seria bom que quando as pessoas começassem a emitir a sua mais que supérflua e desinformada opinião percebessem ao menos do que estão a falar.

O caso Freeport começou quando Charles Smith revelou que a promotora do Freeport tinha pago luvas a um político num alto cargo governamental. Estava em causa um relatório de impacto ambiental que era desfavorável ao empreendimento.
Mas tinha sido proposto um pagamento para "resolver esse problema". O destinatário desse dinheiro era Sócrates , ministro do Ambiente à data dos factos.
O que se passou nos jornais foi o que se viu. Nas televisões levou à saída de Moura Guedes da TVI.

E pasme-se, Sócrates acusou Charles Smith de ter usado o seu nome para extorquir o suposto dinheiro de luvas ao promotor do empreendimento. Falta saber como é que sendo Charles Smith a ficar com o dinheiro, o estudo de impacto ambiental se teria transformado magicamente de desfavorável em favorável. Mas isso é apenas um pormenor.

Assim, Smith e Pedro vêem-se em tribunal acusados de extorsão. Não de corrupção ou de outra coisa qualquer. De extorsão. De terem extorquido dinheiro à promotora do empreendimento usando o nome de ministros autarcas e outros para dar mais "credibilidade" à coisa.

Durante o julgamento foram saindo detalhes acerca dos envolvidos, de quem recebeu e como o recebeu. A forma como o dinheiro era entregue a outros implicados na teia de corrupção até chegar a Sócrates.

Com tudo isto parece ser improvável que tenham sido os arguidos a "usar" o nome de Sócrates e de outros para ficar com o dinheiro para si. Assim o crime de extorsão fica longe de ser provado.

O que nos leva imediatamente à seguinte questão: Se eles não extorquíram o dinheiro ao promotor para si próprios, então foi de facto para dar a outros. Porque se confirma que esse dinheiro foi pago de facto. Quando começa o processo que envolva esses "outros" como arguidos?

Neste caso a absolvição de Smith e Pedro do crime de extorsão não é mais do que a correcta aplicação da justiça. Eles foram intermediários de dinheiro recebido por corruptos. Eles serão quando muito participantes num crime de corrupção tendo sido os responsáveis pelo transporte e entrega do dinheiro.

O que aborrece de sobremaneira é que a maior parte das pessoas tem um entendimento completamente errado destas questões. Acham que o que está em julgamento é um caso de corrupção e bradam pela acusação de quem quer que seja. Pouco se importam se os acusados o estão a ser por uma utilização abusiva do sistema de justiça. Ter corruptos a acusar outros de terem usado o seu nome para se aproveitar pessoalmente da situação é um abuso do sistema.

Não deve haver muita gente que acredite na história de Sócrates de que ele nunca esteve envolvido e que foi tudo uma maquinação de Smith e Pedro para ficarem com o dinheiro do suborno.
No entanto ficam furiosos e pedem a condenação deles? Só porque precisam duma imolação pública para apaziguar a sua sede de "justiça"? Mesmo que os acusados desses crimes não os tenham cometido?

Cada vez fico mais agradecido por a justiça estar entregue a gente que pelo menos sabe o que está a fazer. Nem todos os juízes serão brilhantes ou competentes, mas certo certo é que o homem da rua não passa dum imbecil em questões de justiça. Deixar a esta turba acéfala a aplicação da justiça resultaria num genocídio.

Num país a sério com um MP que não estivesse manietado o que resultaria desta absolvição seria a abertura imediata de um processo para acusar e condenar os corruptos. Os seus nomes foram referidos e confirmados por várias testemunhas. Todos sabemos quem são e qual o destino de uma parte, porventura pequena, desse dinheiro - os cofres partidários. O resto, o grande bolo foi para os seus bolsos. Dizia alguém que conhecia bem o mundo dos "angariadores" de "fundos" que eles ficavam com a maior parte do dinheiro angariado. Ao partido chegava apenas uma pequena parte desse valor.
Não é por acaso que há fortunas meteóricas no meio político. Não é por acaso que gente que não tinha mais que a roupinha que trazia no corpo há dez anos atrás se passeia hoje em carros de luxo, tem casas "emprestadas" fantásticas e passa férias em destinos de sonho. Quase tudo pago por beneméritos que possuem umas quantas contas off shore.

Uma das razões prováveis para a grave desinformação à volta deste julgamento resulta directamente da forma estranhamente omissa como a imprensa de referência noticiou o caso e o julgamento. O único jornal que foi trazendo informação foi o Corrreio da Manhã. Mas como seria de esperar os fracos jornalistas e fraco entendimento do que é o jornalismo leva o jornal a fazer um título que diz "corrupção sem culpados", MP pede a absolvição de Pedro e Smith, confundindo ele próprio o crime em julgamento com um crime de corrupção e as consequências dessa mais que óbvia e justa absolvição.
Quando um jornal é um jornal de trampa não consegue sequer ser sério quando tema oportunidade de o ser. No Correio da Manhã deve haver uma espécie de supervisor que transforma aquilo que podia ser uma notícia potencialemnte séria numa coisa mais consentânea com o seu baixíssimo nível.

Quanto ao Expresso e ao Público nem há muito a dizer. Só a constatação da sua mais que óbvia auto castração e cedência a certos sectores do PS e outros ainda mais à esquerda. No Expresso e no Público deu-se lugar aos eunucos informativos.
Pode ser que cantem bem. Os castratti eram eram verdadeiras estrelas.

Januário Boçal Berreiro

O "pessoal" gosta de gente desbocada. Alguns vêm no discurso caceteiro e meio irreflectido uma "franqueza" necessária.

É muito pouco relevante nessas alturas que aquilo que esses personagens dizem é pouco factual, pouco pensado e muitas vezes completamente determinado por crenças ou simpatias pessoais. falar alto, com um ar zangado e dizer coisas polémicas é muitas vezes aplaudido.

O que não se espera é que um homem do clero o faça. E que o faça de forma abundante.
Já tivemos até hoje inúmeros casos de corrupção chapada. Foram os casos de Melancia em que se provoou um corruptor activo e não se provou um corruptor passivo (imagine-se), foram os casos Portucale em que nada de substancial aconteceu, foram os casos no mínimo estranhos de negócios com o Estado em que incompreensivelmente o Estado funciona como a vaca leiteira de todo um universo empresarial que nada precisa de fazer, foi o caso Freeport em que não é possível encontrar um cenário mais claro de corrupção despudorada etc etc.

Nunca nenhuma personagem veio aos media abrir a boca de forma completamente demente a chamar corruptos aos personagens envolvidos nestas negociatas.
Nunca até ontem. D. Januário escolheu precisamente este governo para qualificar de corruptos todos os seus membros. Um governo que até agora não fez nenhum contrato ruinosos com os privados, que parou a mama do TGV e do novo aeroporto, que conseguiu reduzir os custos com a toda poderosa big pharma.

Não tenho dúvida que num qualquer gabinete haja um corrupto potencial ou um corrupto em "exercício de funções". Mas perante o que foi a gestão anterior de Sócrates, vir chamar corrupto a todo um governo por causa do diploma de Relvas é no mínimo digno de internamento psiquiátrico.

A escala de corrupção que se viveu com a gestão anterior é inegável e a uma escala que levou jum país à falência. Como se poderiam explicar os negócios ruinosos, um após o outro, com as PPP's?
Com o arrendamento de tribunais, de hospitais, de escolas. Como se poderia explicar o desbarato de dinheiro de uma Parque Escolar, com as parcerias rodoviárias ou com um defunto terminal de contentores se estes negócios não existissem como um mero suporte para o enriquecimento ilícito de responsáveis políticos?

Ter um bispo, ainda que seja o bispo das forças armadas, a proferir este tipo de palavreado é no mínimo  inesperado. Não é inesperado por parte dele. É inesperado por parte de alguém colocado alto na hierarquia da igreja que deve no mínimo olhar as coisas com alguma ponderação e igualdade de critérios.

Num antro de corrupção, negligência e faz de conta que foram os governos de Sócrates, nunca o ouvi sequer proferir declarações polémicas. Não o ouvi dizer nada de parecido com isto relativamente à formação forjada de Sócrates. Ou relativamente ao desprezível Paulo Campos que mente com quantos dentes tem na boca e que delapidou por dezenas de anos o dinheiro de todos nós.

D. Januário pode estar zangado. Estamos todos por causa do esbulho fiscal a que somos obrigados para pagar a desgraçada dívida que os "amigos" de Torgal fizeram. Estamos todos zangados, os que votaram em Passos e os que não votaram nele.
Alguns sabiam claramente o que os esperava quando se falou em austeridade e contenção. Alguns tinham  a percepção clara de que o sítio onde nos tinham metido era um beco sem saída de onde se sai apenas de marcha atrás.
Alguns ainda estão mais zangados porque apesar de não se terem metido em loucuras de crédito e vida "abastada" têm agora de pagar por eles e pelos outros.

Mas a diferença básica entre esses zangados e o sr. bispo, é que alguns conseguem perceber que a escala da desonestidade, incompetência e falta de carácter entre o Governo de Passos e o Governo de Sócrates é incomparável.

Acho muito bem que se ouçam todas as vozes discordantes. Acho muito bem que se ouça o sr. Bispo e o bastonário da OA. Calá-los não estaria bem. Percebe-se muito bem a forma como os media tinham pavor das reacções do "animal feroz" e como t~em medo das reacções deste governo.
Viviam borrados de medo com as represálias "silenciosas" de que Sócrates tanto gostava.

Agora pelo menos têm liberdade de se expressar. Agora têm acesso ilimitado aos media. Mesmo que seja para mostrar o seu sectarismo e falta de controlo.

500 a 700 parvos. Se forem só estes estamos bem...

Antes de dizer ao que venho deixem-me declarar a minha opinião acerca do assunto.

Relvas devia demitir-se. Porquê?

Porque um governo que se diz sério não pode ter no seu seio um Ministro que SABE que a sua licenciatura não é mais que uma fantochada.

Relvas sabe, tal como todos nós, que apesar do diploma ter cobertura legal não passa dum documento forjado por uma entidade que devia ser séria e rigorosa.
E aceitou-o. Aceitou algo que sabe que não tem qualquer validade porque sabia que um título académico lhe daria a respeitabilidade que não teria sem ele.

É triste constatar que num país em que se dá mais valor a títulos vazios do que ao verdadeiro saber, há gente que os aceita e tenta obtê-los em vez de orgulhosamente e de cabeça erguida impor o mérito das sua ideias e do seu trabalho.

Ao ceder a esta tentação, Relvas mostra o pouco digno que é. Mesmo que nós não soubéssemos que o diploma é uma fraude, ele sabia-o. E para evitar embaraços ao Governo, suficientemente debaixo de fogo, a única coisa a fazer é sair.

Não o pode fazer agora para não dar ideia que cede à "rua". Para não conceder a vitória a uma esquerda pseudo moralista e cheia de rectidão que nunca abriu a boca perante a fraude que é a formação de Sócrates.
Deixe passar o Verão e saia.

Há no entanto uma face de tudo isto que me causa particular nojo. A esquerda nunca viu com bons olhos o processo democrático quando ele não lhe dá a vitória. Acha-se imbuida duma legitimidade superior ao voto. Acredita que o mérito das suas ideias só não é plebiscitado maioritariamente porque o povo não "percebe".
E dedica-se a manifestações sob todas as formas e feitios e com todos os pretextos se isso puder causar desgaste a quem ganhou nas urnas a votação da maioria.
Uma oportunidade como a de Relvas é pretexto para manifestações, vaias, ajuntamentos em qualquer sítio e com qualquer alvo.

Porventura a mais imbecil de todas foi a manif convocada pelo Facebook para exigir a demissão de Relvas. Como se qualquer dos que convocam ou se manifestam estivessem acima de toda a podridão que o sistema universitário privado causou.
Desde os movimentos dos indignados à geração à rasca há um sem fim de gente cheia de títulos que não teve nota para entrar numa Universidade com prestígio. Normalmente pública. Ficou-se por cursinhos de trampa tirados em troca do pagamento de propinas que que mais não foi que uma formação superior em "desemprego".
Armados destes diplomas patéticos e de teses de mestrado de chorar a rir, acha-se no direito de recusar trabalho abaixo da sua condição de "altamente formado". Dizem coisas como "na minha Universidade o curso de ... era muito melhor que na estatal" numa vã tentativa de se convencerem que foram para aquele curso por uma questão de escolha.
Muitos deles adorariam ter um diploma forjado como Relvas. Dariam um braço para fazer uma licenciatura num ano. O facto de muitos terem uma licenciatura assim sem sequer saber articular uma frase ou expor uma ideia aproxima-os de Relvas mais do que possam imaginar. E é gente desta que grita pela demissão de Relvas. Outros haverá que não merecem estes qualificativos que acabo de proferir e para eles as minhas desculpas. Mas a maioria dos indignados e dos irritados, seriam num país qualquer civilizado, detentores de um diploma de bacherelato na melhor das hipóteses.

Esta sanha moralizadora peca por um pequeno detalhe. Sócrates e a sua pandilha de iletrados ladrões esteve no poder durante 6 anos. Desbaratou e queimou dinheiro como se não houvesse amanhã. Ninguém, da direita à esquerda se atreveu a convocar manifestações por causa da sua óbvia formação fraudulenta. Que usou para exercer cargos de engenheiro numa Câmara Municipal. Que falsamente declarou nas habilitações que declarou na Assembleia da República. Não me lembro de nenhum palhaço da esquerda chique a comentar as mais que macabra formação de um dos mais  incompetentes governantes que já tivemos neste país. Atrevem-se agora, falsamente recusando comentar o assunto, a trazer para a praça pública este tipo de manifestações e "descontentamento".

Não há nenhum partido com aspirações ao poder, seja ele central ou local, que não esteja pejado de gente como Relvas. Afinal, os medíocres sempre foram os que se meteram na política. Sabiam que passados uns anos poderiam ter acesso a lugares que a sua competência ou formação nunca lhes permitiriam.
São uma espécie de prostitutas púdicas. A esquerda indigna-se com os pecadilhos dos outros sem nunca olhar para si e perceber que está cheia de arrivistas e aproveitadores.

Os partidos políticos mais não são que incubadoras de medíocres. Hoje não ser medíocre e não aceitar certas contorsões à ética e à honestidade garante uma vida partidária sem brilho nem glória.

Gostava de ter visto a Esquerda exigir o julgamento de Sócrates, Lino, Silva Pereira e Teixeira dos Santos, Paulo Campos. Ficam-se pelas palavras de "condenação". Gostava de ver a esquerda gritar pela demissão de um deputado envolvido em escândalos que rouba dois gravadores. Gostava de ver a esquerda manifestar-se por toda a javardice que teve lugar neste país durante 6 anos.
Mas não se manifesta contra as causas. Manifesta-se contra os efeitos.

Como é que achavam que se pagava toda a merda que Sócrates e os seus sequazes fizeram? Com boa vontade?
Se a CGTP, o PCP e o BE por uma vez na vida se empenhassem em tirar este país do buraco talvez ficassem rapidamente sem o exército de acéfalos que tão facilmente conseguem arregimentar. Que a julgar pelas amostras juntas ou não têm nada que fazer em horário normal de trabalho ou fazem parte dos 15% de desempregados deste país.
É que as pessoas que trabalham para assegurar o sustento das suas famílias, a saúde, a educação dos filhos, apesar de serem sugados com impostos até ao tutano para pagar esses direitos para os outros, não têm tempo para estar uma tarde a fazer figura de parvos com cartazes a pedir a demissão de um ministro que tem um diploma da treta. Não têm nada que fazer? Voluntariado? Não estamos num estado de emergência social em que toda a ajuda é pouca? Pois aí têm uma ocupação digna de mérito.


E diria exactamente o mesmo se uma cambada de acéfalos desocupados se entretivesse a convocar manifs pelo facebook para fazer o mesmo com Sócrates.
Não é assim que se moraliza o sistema político. Não é com movimentos patéticos de "cidadania" que se mudam as coisas. É um estado de espírito. É não pactuar com o arranjinho mesmo que se saia beneficiado. É ter a decência de aceitar uma multa de excesso de velocidade quando se vai acima do limite sem desculpas da treta. Ou melhor ainda, não passar esse limite. O que nos faz falta é gente com sentido de honra em cada minuto da sua vida. É gente que pratica aquilo que exige dos outros. E neste caso, e conhecendo a forma de pensar "nacional" tenho a absoluta certeza de que isso não acontece.

Que Deus nos acuda...

No meio de toda a situação que atravessamos às vezes penso que podia ser pior. Muito pior.

Podíamos estar como a Grécia num estado de total desagregação social. Podíamos estar como a Espanha com 25% de desemprego e com uma perspectiva catastrófica para os próximos 5-10 anos.

Não estamos bem. A carga fiscal e o aumento do custo de vida é insuportável, a tão falada redução da despesa do Estado resumiu-se a cortar no essencial, desde os salários da FP até aos serviços de saúde e educação, sem tocar naquilo que é um chocante desbaratar de dinheiro público - os grandes interesses e negociatas feitas a coberto dum "suposto" progresso e modernização.

A factura que nos deixaram para pagar é enorme e tem de ter um fim. Um governo não pode massacrar a população num torniquete fiscal interminável e deixar empresas a viver de rendas por compensação de carros que não passam nas suas concessões.
Invoque-se o interesse público e exproprie-se, nacionalize-se, compense-se ou faça-se o que tem de se fazer para acabar com a sangria. Invoquem o interesse nacional como o fizeram com os cortes salariais na função pública. Não terão milhões contra a medida. Pelo contrário terão milhões a apludir de pé.

Mas faltando esta réstia de coragem e sentido de responsabilidade, ainda assim podíamos estar pior.

Podíamos ter um imbecil do calibre de Seguro como 1º ministro. Se Sócrates era um chico esperto com uma esperteza que só lhe dava para o lado da asneira e do benefício próprio, Seguro é um idiota dos pés à cabeça.

É a prova provada que num cenário de desnorte e desagregação pode muito bem ser o idiota da aldeia a tomar conta das coisas.

Alterna entre a incapacidade de assumir as suas culpas, como membro do PS à data do descalabro e da imputação das mesmas aos outros, até à mais pura e simples falta de honorabilidade.

Passa por uma crença quase pueril de que a França socialista lhe vai salvar o alvo traseiro das obrigações de pagamento da dívida.

Não sei se a imagem que passa é pensada ou acidental, mas Seguro em cada palavra que diz e em cada gesto que faz revela-se como um perfeito incapaz. Claramente impreparado e titubeante seria aterrador tê-lo como 1º ministro neste país.

Quase nem parece dotado de vontade própria. Quer parecer bonzinho e quer parecer firme. Parece apenas ser um perfeito imbecil. Só que é um imbecil à frente do partido que alterna no poder com o PSD. E o PSD vai desgastar-se de tal forma neste mandato, que se as coisas não melhoram de forma visível arriscamo-nos a ter Seguro a ser eleito.

Que Deus nos acuda.

O bom jornalismo

Finalmente os nossos jornais agarraram uma notícia sobre algo de inédito.
Um político que fez uma licenciatura fulgurante em Relações Internacionais.

É o 1º caso confirmado da promiscuidade entre o mundo da academia "privada" e o mundo da política. É a prova de que este tipo de favores é depois pago com cargos políticos dados a professores, assistentes e outros que tais.

Nunca tinha acontecido e deverá ser algo muito "raro" na política. Isto é em tudo diferente do caso Sócrates ou do caso Vara.

Sócrates é diferente porque até fez cadeiras demais. Tiveram de o mandar parar porque senão acabava com duas ou três licenciaturas de Engenharia. É diferente porque apesar de os colegas não o verem na faculdade, ele estava lá. Diz muito da dedicação à causa.
Assim, não surpreende a classificação de Sócrates em cadeiras importantíssimas como o inglês técnico. Ele domina a lingua.
Tanto que a domina que disse uma das frases mais emblemáticas que um 1º ministro pode dizer. Disse-a na India aquando duma visita de Estado acompanhado por Manuel Pinho.

A frase foi: "With your allowance I'm going to continue in Portuguese". Isto está ao nível de "In the meeting it was awaken that a conclusion document would be done by..."

Como se pode comparar a qualidade da formação de Relvas com a qualidade da formação académica de Sócrates?  Ou de Vara? O homem que consegue ter o diploma de Relaccionado Internacionalmente a dois dias de uma nomeação para a Administração da CGD.

Estou Seguro que se investigarem todas as licenciaturas obscuras e tardias de todos estes jovens "partidários" só vão encontrar um caso como o de Relvas. O caso dele próprio.

Todos os outros terão seguramente feito as suas licenciaturas penando nos exames, sem favoritismo, com a dedicação que a formação destas universidades privadas exige.

Os jornalistas do Expresso e do Público, pelas mais diversas razões estão claramente a prestar um serviço ao país. Sim, porque no caso de Relvas é necessária uma licenciatura séria. Ele é um ministro numa posição em que se exige competência técnica. Atrever-me-ia a dizer que essa competência é tão necessária como a que um Engenheiro Civil tem de ter para assinar projectos de estabilidade (Guarda, rezem para que não haja terramotos por aí).

O cargo de Relvas é um cargo técnico. Todos o sabemos. Precisa de saber contar como o fez admiravelmente com a despesas da RTP e a dos hospitais centrais de Lisboa e Porto. Sem uma licenciatura ou mesmo um grau de mestre isto não é possível.

Sabemos também que na Lusíada não pagou as propinas. Caloteiro. Não pediu nenhum certificado de cadeiras feitas. Negligente!!

Relvas tem uma formação fraudulenta. Mas nenhum dos outros tem. É o 1º caso e vai ser seguramente o último porque como todos sabemos não há mais ninguém na política que tenha um título da treta para ganhar respeitabilidade.

Não quero com isto desculpar Relvas. Muito pelo contrário. Sempre abominei estas formações de favor conseguidas à força da influência, do estatuto e do pagamento de favores futuros.

Toda esta podridão aconteceu debaixo dos narizes dos jornais, dos jornalistas e de todos nós, votantes.
O que me chateia é que escolham selectivamente alguns alvos enquanto mesmo ao lado há dezenas deles na mesma situação.

Esta caso da formação até se pode considerar um caso menor quando há toda uma multidão de pecados e pecadilhos que envolvem a classe política. A sua despudorada "colaboração" com interesses privados, as acusações de corrupção a pessoas detentoras dos mais altos cargos governamentais, o enriquecimento inexplicável de políticos em pouquissimo tempo.

A venda de favores e influências no próprio parlamento. Desde a esquerda à direita. E já que falamos nisso, a "compra" da simpatia dos media em troca de qualquer coisa que não sabemos bem o que é.

Somos basicamente um país prostituído. Em troca de dinheiro, favores ou posição uma enorme quantidade de portugueses vende-se. Os poucos que não o fazem são os "tolos". Não chegam alto na vida, não andam em carros "pipis" nem passam férias em resorts de sonho. Vivem provavelmente do seu trabalho, pagam impostos para sustentar este país e nunca têm retorno daquilo que pagam uma vida inteira.

Marcelo, Marcelo. Para quem é tão inteligente consegue ser muito desonesto intelectualmente

Marcelo rebelo de Sousa alter na entre os comentários pertinentes e a mais perfeita demagogia ou em raciocínios em que remove "convenientemente" algumas das premissas.

Segundo Marcelo o Constitucional deu ao Governo o alibi perfeito para cortar os subsidíos nos privados.

A mim parece-me é que quem inventou esse alibi foi o próprio Marcelo rebelo de Sousa.
Senão vejamos.

A troika exigiu ao Governo português que redizisse a despesa do Estado. Mais ainda exigiu que a redução do deficit para os valores definidos para cada ano fossem feitos à custa de 2/3 no corte da despesa e 1/3 no aumento da receita.

Por esta razão o governo deitou mão de duas coisas muito impopulares. Uma foi a taxa adicional sobre o subsídio de natal e a outra foi a da suspensão do pagamento dos subsídios de férias e natal a todo o funcionalismo público.

Se um conta para aumento da receita, a outra conta para redução da despesa. Pela simples razão que os salários da função pública são de facto despesa do Estado.

Se o alibi perfeito, segundo Marcelo, é o de violar o requisito dos 2/3, 1/3 ou Marcelo é tolo ou considera o aumento de receita por essa via como uma redução de despesa do Estado (??).
É claro e óbvio que não é assim. E é óbvio também que a razão pela qual o Governo precisa de consultar a troika será para perceber se uma medida destas pode por em causa as benchmarks trimestrais de avaliação do plano de ajuda.

Uma decisão dessas faria aumentar de novo a despesa do Estado (repondo por exemplo um dos subsídios) ao mesmo tempo que iria também aumentar a receita fiscal.
Mas uma vez que deve haver mais trabalhadores no privado que no público, essa medida iria significar um encaixe maior do que anteriormente, o que do ponto de vista da execução deste ano seria muito bem vinda. Mas que violaria o acordo de redução de 2/3 da despesa e apenas um aumento de 1/3 da receita.
No entanto esta medida só pode ser aplicada em 2013 uma vez que este parecer do Constitucional de forma absolutamente inédita faz com que um diploma seja inválido... a partir do ano que vem. Um parecer como este deveria significar que o diploma deixasse de existir nesse momento, tout court. Com este parecer temos um zombie legal.

Apesar de não ter sido 100% claro quanto a isto, os jornalistas e agora os políticos, comentam uma declaração feita na rua e a quente, como se de uma comunicação oficial se tratasse. E Marcelo que precisa de "encher chouriços" todos os domingos entra neste comboio de especulações e dá a sua "marteladazinha".

Mesmo em personagens do gabarito intelectual de Marcelo começo a não ver razão para se porem a em frente de uma câmara a debitar comentários sobre cenários baseados em especulações. Ter estas "comadres" a dissertar interminavelmente sobre tudo e sobre todos não traz nada de novo nem ajuda aquilo que devia ser um desígnio nacional - Reduzir a despesa do Estado. Torná-lo numa entidade sustentável e eficiente.

A única coisa que toda esta gente parece saber criar é ruído. Pouco rigoroso, cheio de omissões e sobretudo completamente enredado em interesses pessoais, partidários e com bocadinhos de veneno à mistura.

O Ricardo Costa em combustão interna

Parece que o Expresso consegue ganhar processos "até" com advogados oficiosos. Vou ficar à espera duma nota de uma qualquer associação de advogados a "indignar-se" com o facto de as palavras de Ricardo Costa significarem de forma insultuosa que os advogados oficiosos são maus.
Se não estou em erro ele nem o curso de Ciências da Comunicação completou. Só o frequentou. Provavelmente com o mesmo brio e dedicação com que Relvas ou Seguro frequentaram aos seus cursos.

Costa tem razão num aspecto. Deve investigar-se a burla reiterada que são as licenciaturas dadas a gente da estirpe de Relvas, Sócrates, Seguro, ou Vara nas Universidades privadas. Mas não por ser Relvas e sim por ser uma "falsificação" feita por essas instituições.

O problema de Costa em relação a Relvas vem claramente da fúria com o caso do dossier. Que é bem provável que nada tivesse que ver com Relvas. Num serviço de informações em roda livre, perpassado por interesses empresariais e políticos de todas as cores é quase certo que não há um jornalista mediático e com alguma influência neste país sobre o qual não haja um dossier com uns podres.

Mas uma coisa salta imediatamente à vista. O vigor com que Costa "ataca" esta "suculenta costeleta" e a forma como o fez em relação às mais que duvidosas habilitações de Sócrates ou Vara.

 Fonte: HenriCartoon

Eu bem sei que se ele fizesse isso iria imediatamente receber uns telefonemas do meio irmão. Pode no entanto fazê-lo com o percurso académico de TóZé Seguro que tudo indica ter um diploma de qualidade semelhante a Relvas. Aí não se arrisca a receber telefonemas do irmão. Ou melhor, arrisca-se mas apenas para agradecer o favor. António Costa gosta tanto de Seguro como um cão gosta de pulgas. Mas gostava mesmo de saber quantas aulas frequentou Seguro e quantas deu como assistente (porque não tem curriculo para mais) e porque razão é assistente em tanto sítio.

Todas estas criaturas são college dropouts. Estudaram por aqui e por ali enquanto se entretinham em criar o caminho na política que os levasse ao "trono". Mais tarde precisaram da respeitabilidade que uma licenciatura dá. E por um passe de mágica todos eles se licenciaram pelos anos 2000 em universidades privadas e em Relações Internacionais.
Devo acrescentar que este é o curso favorito das candidatas a Miss. Isso diz alguma coisa da relevância da formação.

Todos eles frequentaram qualquer coisa. Relvas frequentou Direito e História, Sócrates frequentou um curso de saúde pública que não existe e no qual obteve um qualquer diploma, Seguro frequentou um mestrado.
Ainda bem. Não estou a ver Seguro a frequentar um bordel. Não é o estilo dele. Relvas sim. Sócrates foi o dono de um bordel e ainda por cima mal frequentado. Vara também frequentava esse bordel, mas era ele mesmo que se vendia.

Quantos mais haverá sem qualquer experiência profissional de relevo de qualidade e com um diploma de merda? Quantos dos verdadeiramente bons alunos em Universidades respeitáveis teve tempo para as Associações de Estudantes e juventudes partidárias?
A única conclusão plausível é que só os arrivistas cábulas e calões é que andam pela nossa política.

E isso daria pano para mangas ao senhor Costa. Que por acaso até se arma em arrogante e diminui os advogados oficiosos num mesmo gesto. Que dados os requisitos para litigar precisam mesmo de uma licenciatura. Coisa que ele não tem...

O sr. Costa fazia bem em ficar calado. Ele é um dos obreiros da cloaca em que o Expresso se tornou. É um dos tais jornalistas que tem demasiadas ligações com a política para ser considerado insuspeito. O mais grave é que a prática jornalística não só o revela só como suspeito. Revela-o como culpado do mais grave crime que um jornalista pode cometer - Deixar os seus ódios pessoais e as suas relações e simpatias políticas determinarem a forma como aborda temas desta natureza.

O Sr. Costa é oficialmente um asco como profissional.

PS. Acredito firmemente que Relvas tem uma licenciatura falsa. Mas isso não quer dizer que aprove gente como Costa que só vê as licenciaturas falsas que lhe convém ver.

Aí vai Macário

Pois parece que as violações conscientes e reiteradas do PDM acabam nisto.

Acho fantástico ver finalmente consequências de actos ilegais levados a cabo pela classe política mas dá-me a sensação que há qualquer coisa invertida nisto tudo.

A violação do PDM leva a uma sanção pesada para p detentor de um cargo público - a perda de mandato.
Mas um crime provado de corrupção à frente dos destinos de uma autarquia não leva? Estou a falar obviamente de Isaltino. O que ele fez e o momento em que o fez deveriam ser razão mais que suficiente para perder o mandato. Mas não só isso não aconteceu (e foi a Relação ou o Supremo que o disse) como nem sequer foi ainda "engavetado" porque há sempre mais uma trampa de um recurso bacoco à espera de decisão.

Ao ler o acórdão do Supremo Tribunal Administrativo há claramente um desancar relativamente ao recurso em apreciação. O Tribunal julga improcedentes uma série de alegações e deixa perceber que o recurso foi claramente feito no sentido de ganhar tempo. No caso de Macário não pegou mas pega e bem no caso de Isaltino.

E já que estamos numa situação de comparar "prejuízos" para a coisa pública, que prejuízo é este comparado com o que fez Paulo Campos, Maria de Lurdes Rodrigues e a sua fraquíssima sequela ou Mário Lino e o personagem cinzento que se lhe seguiu? E Teixeira dos Santos? E o pulha mor, Sócrates?

Sim, essa corrupta personagem que se consegue manter "viva" em Paris com um rendimento de 44.000 Euros ano?

Que esterco é este em que só se apanham os prevaricadores de vão de escada e saem impunes e ricos (obscenamente ricos) os maiores pulhas que o país já viu?

Salte Macário. Sem dúvida. Mas façam lá o favor de por os outros a assar na mesma fogueira. O MP tem dificuldades em investigar? Mesmo que não se prove corrupção (coisa que não creio que fosse difícil se houvesse essa vontade) não se prova gestão danosa? Isso não é um crime previsto? E a violação das regras de contratação pública? E a escapadela aos pareceres obrigatórios do TC? Nem perda de mandato nem acusação de crime nem porra nenhuma?

Um MP manietado nem deixa que os casos cheguem a um juíz honesto. E coisa que não chega lá fica impune. Esta estratégia do MP de olhar para o lado nos grandes crimes enchendo-nos os ouvidos de lamúrias pela falta de meios enquanto acusa um ladrão de 6 carcaças num supermercado é a prova provada de que o sistema de justiça está "emperrado" logo na base.

Nunca encontram indícios nem nunca têm meios. E toda esta corja de pulhas se passeia incólume pelos nossos restaurantes finos, hotéis de luxo e escolas internacionais com propinas obscenas.

Temos uma classe política podre, incompetente e mentirosa. Curriculos falsos, diplomas que não servem para limpar o rabo e arranjinhos de bastidor.
Como é que se podia ter um país decentemente governado quando quem o faz não passa dum serventuário político sem qualquer competência?

Não há nada neste país que não seja trespassado por burlas, burlões, desfalques e cambalachos. Montaram o sistema durante mais de 30 anos. Pega-se por uma ponta e não se sabe onde acaba.

Ora façam lá o favor de começar. Mas pelo amor da santa, comecem por aqueles que claramente são grandes criminosos. Violar um PDM parece um crime de merda quando comparado com o que os outros fizeram.

A credibilidade das Universidades privadas

Não é novidade para ninguém que só os tolos e os que têm poucos conhecimentos (e não estou a falar de conhecimentos académicos) é que precisam de estudar para fazer um curso superior.

As universidades privadas trouxeram a facilidade e o laxismo a muitos cursos com prestígio neste país. Houve outros cursos "inventados" à pressão para garantir uma receita constante de propinas de um conjunto de vitimas seleccionadas.

Parece ser prática corrente a passagem de diplomas a gente metida na política em troca de nada. Ou em troca de eventuais favores.
Armando Vara, Sócrates e agora Relvas, são 3 dos muitos que estão neste rol de licenciados ao abrigo do programa "Velhos oportunistas, Novas oportunidades".

E os cursos que esta gente "faz" são sempre muito "prestigiados", entre os quais se destaca a grande altura o curso de relações Internacionais.

A julgar pelas amostras juntas deviam criar antes um curso de Relações "Pessoais" porque parece que é baseado nisso que estes diplomas imprestáveis são dados aos nossos dignitários políticos.

Saber uma coisa destas de quem quer que seja é o necessário para perder o respeito pelo personagem e lea instituição envolvida. E desde há muito tempo que não tinha qualquer respeito por estas instituições, com a notável excepção da Universidade Católica. Não tinha Miguel Relvas em grande conta, apesar de achar que houve um aproveitamento completamente desproporcionado do caso do SMS do espião ou dos email com os clippings. Quanto ás pressões sobre jornalistas nada me admira. Acho-o perfeitamente capaz de o fazer. Acho que se não o fez agora já o fez noutras alturas e acho ainda que não está sózinho no grupo que faz isso.

Mas adiante.

Estas universidades privadas mais não são do que um negócio chorudo para os seus donos e uma forma de trocar licenciaturas por favores futuros com os membros da nossa classe política.

Até ver um político com um diploma de uma Universidade pública prestigiada pensarei sempre que, tal como Relvas Vara ou Sócrates, o terá trocado por qualquer coisa. Ou que o terá recebido porque todo o staff académico da Universidade decidiu que era boa ideia dar um diploma a um qualquer personagem importante. Na verdade a sua formação académica não serve sequer para limpar ao cu.

Da mesma forma, a profusão de mestrados em "merda nenhuma" ministrados por estas Universidades em troca de um valor respeitável em propinas, parecem ser uma forma de alguém se distinguir entre uma multidão de licenciados na qual não se percebe quais o são por direito próprio com esforço e uma boa classificação e os que fizeram "cursinhos" num ano porque eram muito experientes profissionalmente.

O que está em causa não é o facto de um político precisar de ser um licenciado. Muitos há que não o são e são bem mais competentes do que gente cheia de títulos. O problema é esta gente sabe que tem um título "falso" e usa-o para se guindar a posições a que não teria acesso de outra forma.

Veja-se Sócrates como Engenheiro na Câmara da Guarda, a assinar projectos de estabilidade ou Vara a aceder a lugares de administração para os quais é requerido o grau de licenciado.
Quanto a Relvas não sei se já acedeu a lugares em que a licenciatura era um requisito, mas no lugar em que está não creio que seja. Mas estou absolutamente seguro que já terá usado o seu título académico bastas vezes. Título a que certamente não teria direito se fosse um zé ninguém.

Seja como for é feio, é desonesto e do ponto de vista da autorização desta Universidade para ministrar educação superior devia ser o suficiente para perder a licença para o fazer.

Um diploma universitário não pode ser vendido assim. Um diploma assim é igual às notas de Alves dos Reis. São feitas no sítio certo, mas são falsas.

A universidade pode agora dar as justificações que quiser, mesmo a da experiência profissional. Não valem de nada, como já pouco valiam estes cursos manhosos que dão acesso directo ao desemprego. A menos que se seja alguém bem colocado na estrutura política, bem entendido.

O que começa a ficar evidente e que já era falado à boca cheia mesmo nos meios académicos os diplomas de um grande número de Universidades privadas não valem o papel onde estão escritos.
É a descredibilização completa dum sem número de Universidades que deviam, à semelhança do que aconteceu com a Independente, ver as suas licenciaturas deixar de ter reconhecimento pelo ministério da Educação.

Este tipo de coisas é completamente inaceitável e é uma das razões que leva muitos empregadores a perguntar onde a licenciatura foi feita e a distinguir entre candidatos a um lugar com base no estabelecimento de ensino onde se formaram.

Ao fazer isto estas universidades deitam pelo chão todo o esforço dos alunos que nela se licenciaram com mais ou menos mérito. A mensagem que estão a enviar ao mercado de trabalho é: "Desconfiem dos nossos diplomas. Nós vendemos esta "merda" em troca de qualquer coisa que valha a pena."