Que Deus nos acuda...

No meio de toda a situação que atravessamos às vezes penso que podia ser pior. Muito pior.

Podíamos estar como a Grécia num estado de total desagregação social. Podíamos estar como a Espanha com 25% de desemprego e com uma perspectiva catastrófica para os próximos 5-10 anos.

Não estamos bem. A carga fiscal e o aumento do custo de vida é insuportável, a tão falada redução da despesa do Estado resumiu-se a cortar no essencial, desde os salários da FP até aos serviços de saúde e educação, sem tocar naquilo que é um chocante desbaratar de dinheiro público - os grandes interesses e negociatas feitas a coberto dum "suposto" progresso e modernização.

A factura que nos deixaram para pagar é enorme e tem de ter um fim. Um governo não pode massacrar a população num torniquete fiscal interminável e deixar empresas a viver de rendas por compensação de carros que não passam nas suas concessões.
Invoque-se o interesse público e exproprie-se, nacionalize-se, compense-se ou faça-se o que tem de se fazer para acabar com a sangria. Invoquem o interesse nacional como o fizeram com os cortes salariais na função pública. Não terão milhões contra a medida. Pelo contrário terão milhões a apludir de pé.

Mas faltando esta réstia de coragem e sentido de responsabilidade, ainda assim podíamos estar pior.

Podíamos ter um imbecil do calibre de Seguro como 1º ministro. Se Sócrates era um chico esperto com uma esperteza que só lhe dava para o lado da asneira e do benefício próprio, Seguro é um idiota dos pés à cabeça.

É a prova provada que num cenário de desnorte e desagregação pode muito bem ser o idiota da aldeia a tomar conta das coisas.

Alterna entre a incapacidade de assumir as suas culpas, como membro do PS à data do descalabro e da imputação das mesmas aos outros, até à mais pura e simples falta de honorabilidade.

Passa por uma crença quase pueril de que a França socialista lhe vai salvar o alvo traseiro das obrigações de pagamento da dívida.

Não sei se a imagem que passa é pensada ou acidental, mas Seguro em cada palavra que diz e em cada gesto que faz revela-se como um perfeito incapaz. Claramente impreparado e titubeante seria aterrador tê-lo como 1º ministro neste país.

Quase nem parece dotado de vontade própria. Quer parecer bonzinho e quer parecer firme. Parece apenas ser um perfeito imbecil. Só que é um imbecil à frente do partido que alterna no poder com o PSD. E o PSD vai desgastar-se de tal forma neste mandato, que se as coisas não melhoram de forma visível arriscamo-nos a ter Seguro a ser eleito.

Que Deus nos acuda.