Será assim tão difícil de perceber?

Continuo a ficar espantado como tanta gente, especialmente na política, ainda se recusa a abcreditar que o país está falido.

Não é que não haja dinheiro completamente, mas não há que chegue para fazer face aos gastos do país.

Podemos contrapor que há muita coisa em que se pode cortar. E haverá. Mas são as mesmas pessoas que não acreditam que o país está falido que depois recusam toda as as propostas de corte.

A esquerda em particular acha que resolve o problema do ppaís com o BPN e com as PPP. Ou pelos menos falando nisso, porque o dinheiro do BPN já se foi e no caso das PPP's as poupanças anuais podem ser importantes (300 milhões para este ano de 2013) mas não chegam nem de perto para pagar o enorme fosso financeiro do país.

Se tivermos em conta que em cortes de subsídios de Natal da função pública se pouparam 400 e tal mihões, multipliquem por 14 e verão imediatamente qual é o peso da massa salarial só no Estado.

A dívida está em 204 mil milhões. E se não a começarmos a pagar (coisa que vai levar uma dezena de anos até se reduzir a metade, teremos sempre o peso dos juros e das amortizações a esmagar o país.
Não há qualquer dúvida para quem saiba fazer contas que o nosso buraco é monumental.

A não ser que esse alguém seja do PCP ou do BE e pensa que o Governo esconde um pote de ouro e tenta fazer passar estas medidas por pura maldade.
Obviamente que estes partidos nunca porão o "dinheiro onde põem a boca" e podem permitir-se estes exercícios demagógicos negando a realidade e propondo realidades alternativas que provavelmente nos punham na miséria em tempo recorde.

Talvez tivesse sido bom que em 2011 tivéssemos ficado sem dinheiro para pagar salários e pensões. Como Teixeira dos Santos afirmou, e ontem, segundo uma tal Catarina Martins do BE, era tudo mentira porque foi desmentido por secretários de Estado do PS. Que de repente passaram a ser credíveis.

O PCP e o Bloco são especialistas em descredibilizar os adversários até que um deles sirva os seus intuitos demagógicos. É uma estratégia um pouco infantil, porventura ao mesmo nível de outras medidas patéticas que estes partidos têm bradado incessantemente.

É uma pena que esta gente não tenha a oportunidade de se revelar no poder. Só que isso traria um verdadeiro pesadelo a todos nós.
Não consigo perceber como negam todos os malefícios que a ideologia que defendem tem causado no mundo. Falem com alguém que tenha sentido isso no Leste Europeu e perceberão.
Vejam o que o regime da Coreia do Norte ou de Cuba faz aos seus cidadãos.

Tentam disfarçar-se de "esquerda moderna" mas na verdade não mudaram nada. Nem têm qualquer competência para sugerir como se pode gerir um país. Limitam-se a falar zangados e a levar uma bela vida de burgueses.

Mas começo a achar que esta gente não tem realmente noção do estado das finanças do país, Mesmo com tudo o que tem jogado a nosso favor, o caminho a percorrer ainda é muito longo.

Se tivermos o azar de ter um PS, com toda a sua corja de inúteis, a gerir o país, estes pequenos sinais animadores serão o pretexto para se começar a desbaratar.
E Deus nos valha na eventualidade de uma aliança com gente como o PCP ou o BE. Seria catastrófico em qualquer que fosse o pelouro.

O que mais se pode pensar quando se ouve esta gente há dois anos a negar que o país não tem dinheiro para honrar as suas obrigações?
Mesmo quando tivemos de ir buscar esmola porque ninguém nos emprestava um tostão.