Diário de um menino chorão

Hoje no parlamento Seguro levou uma desanda.

Passos Coelho não gostou da atitude arrogante de Seguro que no seu discurso se quer apresentar como alternativa. Tenta mostrar todas as coisas a que já nos habitou no seu permanente vácuo.
Sensibilidade, sentido de Estado, liderança etc etc.

Mas enquanto discursa com os olhos nas sondagens (e Passos disse-lhe isso mesmo) comporta-se como um tolinho quando confrontado nos mesmos termos.

Depois da réplica de Passos , Seguro afirmava que tinha sido dada uma machadada no relacionamento entre o PS e o PSD. Ao que levou como resposta que a atitude confrontativa e acusatória de que faz uso constante, tem limites.

Seguro é aquele merdas que nem está dentro nem está fora. Com o olho em ganhos políticos passa a vida a indignar-se, chocar-se e a fazer declarações sobre tudo o que o Governo faça ou diga. Exemplo perfeito disso foi a patetice de ontem de se mostrar surpreendido por Gaspar falar em números do deficit antes de o INE os publicar oficialmente.

Nunca está em posição de ser um suporte às medidas. Na verdade está contra todas. Fala de diálogo mas nunca se quer comprometer com nada, porque sabe que no momento em que faça o mea culpa ou se associe a medidas de austeridade impostas pela Troyka a sua taxa de aprovação vai pelo cano abaixo.
Espera assim sobreviver com ameaças de corte de diálogo constantes, provavelmente até ao fim da legislatura. Diálogo que na verdade não existe. Nem mea culpa. A versão mais recente (e absolutamente desavergonhada) é de que teriam sido o PSD e o CDS a querer a Troyka em Portugal. Como? Chumbando o PEC IV.

A necessidade de ter o PS num acordo de regime é nula. Desde que lhe cheirou à possibilidade de o PS ganhar as eleições que Seguro foge do PSD como o diabo da cruz, não se comprometendo com nada e limitando-se às suas declarações diárias e totalmente patéticas.

A ambição é algo forte neste personagem. E é forte como costuma ser com os medíocres. Seguro do fundo da sua mediocridade ambiciona ser 1º ministro.

As ameaças de corte de diálogo não são mais do que uma estratégia de aproveitar a resposta de Passos para justificar uma coisa que nunca quis fazer - dialogar.
O PS não sabe sobreviver sem dinheiro. E agora não o há. A última coisa que Seguro fará, por puro tacticismo eleitoral, é associar-se a uma medida que seja implementada por este Governo.

Da mesma forma que acredito que o PR e a oposição na altura esperaram que Sócrates caisse mas que o fizesse já num estado de putrefação total. Para que fosse difícil à criatura regressar sem levantar velhos fantasmas e velhos ódios. Sócrates é ainda hoje visto como o algoz das finanças do país. Por muito que o PS tente afastar as culpas e os erros.
E só um grupo sem qualquer réstia de honorabilidade se pode abster de assumir as suas culpas na situação. Ainda mais quando o seu desgraçado líder é substituído.
O PS não o fez porque a ala Socratista ainda domina o aparelho e porque Seguro é um líder conjuntural, fraco e irrelevante. Não conseguiu impor a sua autoridade no partido e é tolerado por aqueles que sonham correr com ele assim que uma verdadeira hipótese de poder apareça no horizonte.

E sou forçado a concordar com eles. Seguro é um incapaz, entusiasmante como um saco de pedras e completamente inábil. A juntar a isto uma incompetência assustadora e dotes de um um tribuno mudo.
A única coisa que fica deste emplastro é ser um choramingas da pior espécie que nem é capaz de aguentar como um homem aquilo que constantemente fez a Passos e a este governo (e já agora a uma fatia muito considerável da população deste país).

Seguro é um perfeito imbecil. E fala ele do "mundo real" como se soubesse o que é isso.