A narrativa

A história dá muitas voltas, quando o PS de António José Seguro se propõe fazer o balanço do socratismo. No site do PS, onde em tempos a herança de José Sócrates tinha sido apagada, agora aparece glorificada. O primeiro-ministro que deixou o país em resgate financeiro torna-se, no registo actual, campeão da consolidação orçamental.
“Consolidámos as contas públicas”, lê-se em www.ps.pt, sob o epíteto ‘PS_propõe e Faz’, no capítulo ‘Marcas da Governação Socialista’. “Reduzimos o défice orçamental para valores nunca antes atingidos”, começa o texto. “Entre 2005 e 2008, o défice orçamental passou de 6,1% (implícito, 6,8%) para 2,6%, o valor mais baixo da Democracia”.
O_SOL questionou a direcção do PS sobre a ‘narrativa’ que deixa de fora o resto da governação de Sócrates, período em que as contas públicas derraparam (o défice orçamental em 2010 era de 9,9%). Sem resposta.
No site, ignora-se a intervenção da troika e e sugere-se que, não fora o trabalho feito entre 2005 e 2008, a realidade seria mais negra. “A consolidação orçamental deixou-nos melhor preparados para responder à crise. Foi por ter resolvido em tempo útil a crise governamental recebida em 2005 que o Estado dispôs de margem para responder à crise económica mundial, apoiando as famílias e empresas”.
Terminando o balanço das contas socráticas com uma referência aos sistemas de protecção social, o site do PS diz que o “Serviço Nacional de Saúde geriu criteriosamente as verbas afectadas, terminando com a crónica derrapagem das suas contas”. No início do mandato de Seguro, a ala socrática criticou o novo líder por não defender o antecessor. E o próprio José Sócrates queixou-se recentemente do mesmo.
Fonte: sol.sapo.pt
Fascinante esta visão da história. Fala-se de um ano e temos um renascido das cinzas.
O problema é que não é toda a verdade. Se bem me lembro o 1º Governo de Sócrates tomou posse a 12 de Março de 2005. E ganhou com o enorme favor de Constâncio com a sua previsão de 6.83% de deficit.

Os números do PORDATA não andam muito longe disto (parece haver um shift de um ano entre os dois gráficos)

2003 -3,7
2004 -4,0
2005 -6,5
2006 -4,6
2007 -3,2
2008 -3,7
2009 -10,2
2010 -9,9
2011 -4,4
2012 -6,4

E fonte Eurostat

2003 -3,7
2004 -4,0
2005 -6,5
2006 -4,6
2007 -3,1
2008 -3,6
2009 -10,2
2010 -9,8
2011 -4,4
2012 -6,4

Não há fonte oficial que corrobore os tais 2.6%. Nem sequer se aproxima. Parece ser um número que só o PS conhece.
Mas numa coisa todos são unânimes e é no descalabro pós 2008 que o PS convenientemente esquece. Tal como o deficit de 2005 que Constâncio garantia que seria de 6.83% (se nada fosse feito). Pois parece que o que fizeram não terá sido grande coisa porque esse deficit acabou por ser de 6.5%.
E note-se que em 2005 o escalão de IRS para rendimentos de 60.000 euros foi aumentado para 42%, houve alterações ao IVA, imposto sobre tabaco, produtos petrolíferos, IMI, IMT, IUC etc etc etc.
Com medidas fiscais fortemente penalizadoras "reduziram" do hipotético 6.83% de Constâncio vs os 6.4% de Bagão Félix, para os 6.5%.
These include a gradual increase in the retirement age for Portugal’s 700,000 civil servants from 60 to 65, freezing public sector promotions and reducing sick-leave payments, a 2 percent increase in Value-Added Tax (VAT) to 21 percent, a rise in tobacco and fuel taxes and the creation of a new income tax band of 42 percent on incomes greater than €60,000

Aqui temos a "sensibilidade" do PS. E isto numa altura em que não estávamos nem de perto na situação de emergência em que estamos hoje. Que eles criaram...

Mais tarde agravaram o IVA em mais 2 pontos percentuais (os famosos PEC's), voltaram a mexer em mais uma série de impostos de tal forma que despoletaram a discussão da "consilidação das contas públicas pelo lado da receita" que levou ao chumbo do PEC IV.

Nos anos PS, começou o esbulho fiscal.

Já nem lhes interessa parecer sérios. Contam apenas que as pessoas tradicionalmente desmemoriadas acreditem no que lhes é dito. Mais que falta de vergonha é pura e simples falta de honestidade.

Se tomarmos os anos Sócrates 2005 a 2011, anos dos quais terá sido responsável pelos orçamentos temos uma média de 7.01%. Note-se que o ano de 2011 já conta com as medidas e as rectificações adoptadas por ESTE governo.
Por outro lado a média destes dois anos é de 5.4%.

Foi então a brilhante Governação de Sócrates que conseguiu isto? A contrair dívida à louca e a desorçamentar tudo o que podia (e não podia) ?
E com o serviço da dívida que foi contraindo e vai sendo amortizada estes ainda conseguem ficar abaixo?

Esta constatação será talvez a melhor prova de como foi danosa a gestão do PS. E notem que estamos a falar dum racio numa altura em que o PIB ainda não tinha contraído da maneira que sabemos. O que quer dizer que em valor absoluto o PS conseguiu rebentar em 7 anos 49% acima do PIB do país e deixar um legado para dezenas de anos que nos vai asfixiar.
Esse sim foi o legado de Socrates e não a revisão criativa da história e dos números que o PS coloca no seu site.

Há uns anos atrás era fácil mentir assim e escapar. Hoje a confirmação e acesso aos dados é incrivelmente fácil e este tipo de aldrabice não resiste a alguma curiosidade do leitor (eleitor).

Mas continuam a tentar e alguns caem nesta conversa. Outros mais informados sabem que é mentira. A imprensa que tem o dever de escalpelizar este tipo de coisas não fala sequer na falsidade dos números. Limita-se a reportar o facto de esta informação estar publicada no site do PS. Contraponto ou números oficiais - nada.
Estamos bem servidos com políticos e jornalistas deste calibre. Muito bem servidos.

E esta gente acha-se dententora da verdade

Dizia eu ontem que o enxovalho veio para ficar.
Chamar filho da puta a um homem que acabou de morrer é de um nível de mal formação difícil de perceber.
E chama-lhe isso porque essa pessoa tinha ideias diferentes dele.

Duvido muito que o conhecesse pessoalmente. Terá, como tantos, criado a sua imagem de ódio a partir de pequenas coisas. Do facto de ele não ser de esquerda, de acreditar no mercado como motor da economia, por ter trabalhado na banca e provavelmente por lhe ser intelectualmente superior.

Curioso como não vejo este tipo de manifestações quando morrem personagens de esquerda. Mesmo daqueles que convictamente apoiaram assassinos em massa como foi o caso de Cunhal.
Haverá muita gente que pensa isso, mas seja lá porque razão for não o escrevem num blog para toda a gente ler.

Esta esquerda caceteira é completamente despojada de respeito pelos outros. Talvez por isso tenham sido autores de massacres (e ainda o são) nos países que tanto veneram.
Enquanto que os nazis definiam certas grupos como untermensch e fizeram com eles aquilo que se sabe, estes amigos dos pobrezinhos consideram os seus adversários políticos da mesma forma. E não hesitariam fazer-lhes aquilo que os nazis fizeram.

O único consolo que tenho é que nunca passarão de ser uma minoria. Uma minoria que vive mal com o sucesso dos outros, constantemente convencendo-se que a sua incapacidade de ser alguma coisa é resultado dos outros.

Só gostaria que gente como este Sérgio Lavos tivesse a coragem de dizer isto na cara de um familiar de António Borges. E se calhar a única coisa que obteria era a indiferença e o repúdio.
Provavelmente essas pessoas estão num patamar de educação e tolerância que ele nunca atingirá.

A cultura do enxovalho veio para ficar

Se houve uma coisa que a crise nos demonstrou é que existem clivagens nítidas na nossa sociedade, remanescentes de um período pós revolucionário que nunca desapareceram.

Voltamos ao tempo do ruído. Amplificado pelas redes sociais, e pela ideia peregrina de comentar notícias de jornal.

O português mostra-se irrefelectido, imediatista e não raras vezes muito mal formado.

Dois episódios ilustram bem este nosso "modo de estar".

A morte de António Borges tem provocado um sem fim de manifestações pessoais próprias de gente sem qualquer respeito e educação. Toldados por uma ideia que têm do homem público, insultam e escrevem coisas dignas de um bom par de chapadas.

O que é mais notável é que este tipo de atitudes tem quase sempre a mesma origem. A esquerda.
Seja por uma questão de educação ou de simples respeito não se assiste a nada parecido com isto quando morrem personagens da esquerda. Lembro-me do caso de Álvaro Cunhal ou mais recentemente do caso de Miguel Portas.

Parece haver uma barreira que alguns não conseguem passar. Os outros, por outro lado, comportam-se como sanguinários sem travões, sem respeito e sem qualquer capacidade de tolerância.

Comportam-se na morte de um economista como se tivesse sido a morte de um genocida. Era uma pessoa competente e disso não pode haver dúvidas. Não são muitos os que conseguem reconhecimento internacional e Borges teve-o.



Por uma questão de respeito básico há que pensar que há uma família que fica sem um pai e sem um marido aos 63 anos. Dói-lhes a eles como dói a qualquer pessoa que perca um ente querido.
Conspurcar os jornais on line e as redes sociais com ódio muita vezes incutido é no mínimo um exemplo de completa falta de humanidade e ausência de princípios morais.

Mas caso não chegasse atiraram-se ainda a Cavaco Silva. Por ter manifestado publicamente pesar pela morte de António Borges. O ódio não tem limites. O amigo do meu inimigo meu inimigo é.
E puseram lado a lado o facto de o PR não ter feito nada semelhante com os bombeiros falecidos.

Como fogo em palha seca a onda de comentários malcriados alastrou.
Apenas para se saber que afinal a presidência da Républica tinha apresentado as condolências às famílias dos bombeiros. Como era quase seguro que o tinha feito.

Estamos num período semelhante ao pós 25 de Abril em que o insulto gratuito passou a ser a forma de vida de muita gente neste país.
Muitos porque ao sentir alguma dificuldade na vida têm de encontrar responsáveis a quem odiar e a quem culpar. Outros apenas para seguir a onda.
A esquerda "tolerante" e "unificadora" é a causa de maior clivagem na nossa sociedade.

O discurso, a atitude e a prática são as mesmas da altura da agitação. Quem vivia um pouco melhor temia ser apontado como fascista. Todos os que tinham um pouco de poder (professores, médicos, juizes, funcionários públicos) viviam o dia a dia à espera que um qualquer revolucionário desbragado se lembrasse que eles existiam e iniciasse a campanha de insulto e difamação.

O melhor nível de vida desde então levou a que muita desta gente que confunde ideiais políticos com inveja se tornasse mais suave.

Hoje voltaram a sair do fundo buraco em que têm vivido, muitos à custa do esforço dos outros, para dar largas à sua omnipresente falta de ... tudo.

Asseguro-vos que dia em que Mário Soares morrer não vão ver o mesmo baixo nível de ruído.
Talvez porque sigam o princípio "se não tens nada de agradável para dizer, cala-te".

É algo que a esquerda devia adoptar como máxima. Talvez assim se conseguisse atingir alguma coisa para o país.
Não é semeando o ódio e a discórdia que chegamos a bom porto. Se chegarmos é "apesar" disso.

Retoma?

Não é novidade para ninguém que os "números" da nossa economia começam a pressagiar algo de bom.

E é curioso como isso afecta o ânimo das pessoas pela positiva. Sente-se um certo alívio no ar, talvez potenciado pelo período em que a maior parte segue a informação de forma mais desligada.
Existe claramente um pendor depressivo e negativista na informação que temos, vindo na maior parte dos casos de uma esquerda enquistada na comunicação social.
Quase parece que quando não os vemos e ouvimos as coisas parecem mais animadoras.

O facto é que no 2º trimestre Portugal apresentou números belíssimos. A maior inflexão de toda a União e batendo em quase duas vezes as previsões mais optimistas.

Perante tais números assistiu-se a duas atitudes. Afinal as típicas para as forças em presença.

Do lado do Governo o tom é cauteloso. Não embandeiram em arco e referem mesmo que são sinais ténues e provavelmente ocorrerão aos solavancos. A cautela demonstrada nem sequer é muito típica da forma como os nossos governantes se comportam. Lembram-se do Oásis e da recuperação de Manuel Pinho perante meras décimas?

Não me parece que o tom seja triunfalista e muito menos eleitoralista. Na verdade é muito contido para aquilo que é normal. Mas, no contexto, é sem dúvida a abordagem mais prudente. Não é de todo claro que estejamos a caminho de uma recuperação firme.

A oposição, por outro lado, diminui a importância dos "números". Insinua mesmo que são forjados ou libertados agora porque servem o momento eleitoral.
Mas esta possibilidade é um pouco difícil de acreditar não só porque os dados do 2º trimestre são sempre revelados nesta altura como também porque vêm de entidades oficiais independentes e sancionadas pelo Eurostat.
A coincidência com o momento eleitoral é altamente inconveniente para a oposição que nesta altura não tem muito a que se agarrar para repetir os mesmos chavões. Claro que o PS aproveitou o momento para insistir na redução do IVA na restauração tentado erguer os ombros acima do momento positivo como que a querer ganhar um protagonismo de de súbito perdeu.

O PCP e o BE têm mantido algum silêncio. Não sem antes desdenhar da importância dos "números" ou realçar que apesar deles tudo continua péssimo.

Soube-se também que está a haver uma contração na despesa aproximando o valor do deficit daquilo que seria previsto para o fim do ano.

E aqui é que a oposição teve uns dias em cheio. Contando com a normal superficialidade de análise do eleitorado lá voltou a dizer que despesa SUBIU, esquecendo-se que ela será maior a cada mês que passa (obviamente) como se de repente tivesse de haver um mês em que a despesa pura e simplesmente estagnasse. Na verdade ela tem vindo a baixar em relação ao previsto ainda que aconteça, como tem que ser.

O caso da dívida foi outro em que a oposição pegou como um exemplo da má gestão das contas públicas. Num nível de 130% seria a indicação de uma catástrofe iminente. A verdade é que à medida que for havendo amortizações para as quais existem já as devidas provisões, o número começará a reduzir-se. Mais ainda se isso for acompanhado de uma subida do PIB o que pode signifiacar um súbito abaixamento da dívida em vários pontos percentuais. Até lá a oposição tentará capitalizar na "grandeza" do número evitando falar de algumas subtilezas que desconhece ou que conhece mas não servem os seus intuitos.

O mais curioso é que o mês de Julho parece confirmar a tendência do 2º trimestre e isso pode querer dizer que o 3º trimestre seja francamente bom e indiciador de que o país bateu no fundo da curva e começa a dar passos de recuperação.
Se isto se verificar (Julho reforça segundo trimestre) não tenho qualquer dúvida que o clima de algum optimismo que já se verifica, seja pelo efeito do período de férias ou não, potenciará este efeito e pode significar uma confirmação da recuperação.

Isto não podia acontecer em pior altura para a oposição. Uma coisa destas à boca das urnas num país com uma memória de um mês (se tanto) pode ditar um resultado eleitoral para o PS aquém do esperado. E se assim for Seguro pode muito bem levar o derradeiro pontapé nos fundilhos.
Se o PS falha a oportunidade de aproveitar "todas as maldades" que este governo fez ao país, estará condenado.

Se entrarmos em 2014 num momento de clara recuperação dos indicadores económicos os dois partidos do poder irão capitalizar isso na melhor altura possível e a margem das sondagens começará a reduzir-se seriamente para o PS.
Se a mensagem desses partidos passar por comparar o "antes e o depois" de forma inteligente, Seguro não terá qualquer hipótese.
Um líder que por contraponto às medidas que foram sendo tomadas propõe mais despesa ou soluções de mercearia é um líder totalmente incapaz de gerir um país em bom estado, quanto mais um país em profunda crise.

Espero bem que esta retoma tenha vindo para ficar. Que finalmente acabe o calvário de tantas famílias. Que o desemprego comece paulatinamente a diminuir e que isso signifique uma nova esperança para um país que tanto precisa dela.
Espero também que muita gente veja a diferença entre a forma de gerir um país que leva à ruína e a forma que o tira da ruína. E realçar essa diferença vai ser o santo Graal da comunicação governamental e partidária para as próximas legislativas.

Espero bem que sejam capazes. Já levaram tempo demais a silenciar os erros e as asneira de um sem fim de incompetentes e criminosos. É tempo de por os nomes aos bois.

Números à PS

PS explica como baixar o IVA sem aumentar mais impostos

Quando li isto decidi ir ler como é que o PS acha que isto se consegue. Fui ler e mais uma vez decepcionei-me.
Ou não fosse uma  "medida" do PS. Estes tipos ou vivem no mundo da lua ou pensam que falam para um país de estúpidos.
Baixar o IVA da restauração, como o PS pretende, não implica compensar a perda de receita com o aumento de outros impostos, garantem os socialistas. A proposta de baixar a taxa de 23% para 13% não tem como efeito uma perda de receitas para o Estado, diz ao SOL o secretário nacional do PS, e porta-voz do partido, João Ribeiro. Isto porque os custos do desemprego gerado pela actual taxa máxima de IVA seriam dessa forma revertidos.
Então posso presumir que as falências dos restaurantes que já aconteceram, os fechos de portas por situação insustentável com o IVA a 23% e a consequente perda de postos de trabalho terá agora como resultado a contratação em barda de pessoas e a reabertura de novos restaurantes.
Como e que se pode dizer que um efeito destes acontece sem avançar um único número (um facto) que possa corroborar estas afrimações?
“O governo que teve como única política fiscal o aumento dos impostos tem uma redução de receita com os impostos, nomeadamente com o IVA”, diz João Ribeiro ao SOL, questionado sobre quais as medidas que o PS propõe para compensar a perda de receitas.
Os custos do aumento do IVA foram mais desemprego e um aumento das prestações sociais (subsídio de desemprego, nomeadamente) pagas pelo Estado, argumenta. «Na área da restauração, os estudos existentes apontam para mais de 75 mil desempregados por efeito da crise (auto-alimentada) e do aumento injustificado do IVA para a taxa máxima».
Algum paleio de trampa para desancar o Governo mas nada de substancial nestes parágrafos.
Mas se fosse preciso uma compensação, João Ribeiro lembra que o PS já antes sugeriu medidas. “Houve propostas do PS que o Governo ainda não implementou, nomeadamente: assegurar efectiva tributação em Portugal dos dividendos distribuídos a empresas, incluindo as SGPS, sujeitas a tributação inferior noutras jurisdições fiscais; e eliminar a isenção do IVA dos fundos imobiliários”.
A intenção do PS apresentar uma proposta de lei para baixar o IVA da restauração foi comunicada esta semana por António José Seguro. Os socialistas apresentarão uma iniciativa legislativa na abertura da sessão legislativa, em Setembro.
De férias em Porto Covo, o líder do PS, António José Seguro, disse estar impressionado com o estado do sector restaurativo. “Há 20 anos que faço férias na Costa Alentejana. Nunca vi, como este ano, os proprietários dos restaurantes e dos cafés tão preocupados com o seu futuro imediato”, escreveu no Facebook. “É urgente baixar o IVA da restauração”.
Com a baixa do imposto “mais restaurantes permanecerão abertos, ajudando a economia e mais pessoas estarão empregadas, contribuindo para o aumento da receita do Estado, através das respectivas quotizações para a Segurança Social”, argumentou Seguro.
É verdade que alguns poderão permanecer abertos. Mas de acordo com a "medida" é preciso que o Estado ganhe deixando de pagar as tais prestações sociais que terão resultado dos despedimentos. A mim parece-me que seria estancar uma hemorragia e não fazer uma transfusão. Como é que a paragem de despedimentos e encerramentos pode reverter a situação? O que já está feito, está feito...
As contas do Governo são diferentes. A receita duplicou para 520 milhões de euros – o aumento da taxa de 13% para 23% terá gerado à volta de 250 milhões de euros. Já os representantes do sector da restauração fazem uma avaliação que leva em conta a falência de empresas e os milhões gastos em subsídio de desemprego, chegando a conclusões idênticas às do PS.
Se estes números batem certo, e acredito que sim porque o PS não só não apresenta nenhum número concreto como também não rebate os que foram avançados, a redução nas prestações sociais de desemprego e o aumento das contribuições para a Segurança Social teria de compensar estes 250 milhões a mais que com o abaixamento do IVA se iriam perder.

Quantos desempregados é preciso colocar de novo na restauração para compensar este valor?
Se tomarmos como referência um subsídio de 500 Euros / mês seria necessário criar 41.666 postos de trabalho novos com esta medida. Se contarmos com as contribuições para a segurança social seria um pouco menos.
Mas alguém acredita que este efeito colateral da medida possa significar 35.000 postos de trabalho? Se o próprio Seguro diz que a medida visa EVITAR mais fecho de restaurantes esta "proposta" estará um pouco longe de criar 30-35mil empregos.
Admitamos que com algum abaixamento de preços pudesse haver mais gente a  voltar ao restaurante. Qual seria o significado dos 13% de IVA nessa receita a mais? Ninguém consegue saber, muito menos fazer uma estimativa.

Claro que os representantes do sector chegam a uma conclusão semelhante. A maior parte dos seus associados também não sabia fazer contas. Não sabia como facturar certos produtos, não sabia como operar com o sistema de facturação ou às vezes nem sabia preencher as declarações para as Finanças. Desde há muito tempo que é um sector que tem "dificuldade" em fazer contas.
Dirão o que for preciso para ver a carga fiscal reduzida.
Mas a verdade é que este tipo de medidas faz sempre ligações causa/efeito que ou não acontecem ou são altamente sobrestimadas.

Na verdade o que se pode esperar de uma medida destas é uma queda da receita por vários factores.

1. As pessoas não irão mais ao restaurante por causa disto
2. Muitos restaurantes cortaram na margem para evitar subir os preços em 10%
3. Não vão fazer novas contratações por causa disto. Vão apenas respirar de alívio e manter o preço aumentando a sua margem
4. Ninguém vai abrir restaurantes novos e criar emprego com esta "lufada de ar fresco"

Mais uma vez se percebe que as "soluções" defendidas por este PS com tanto afinco não são nada mais que a irresponsabilidade que nos trouxe aqui. Caso uma medida destas falhasse redondamente (e haveria fortes hipóteses de isso acontecer) esfumavam-se uns milhões valentes de receita num país com orçamentos deficitários e insustentáveis. Podiam muito bem fazer isto e resolver como o faziam antes: contraindo dívida.
Mas são exactamente estes senhores que todos os dias berram porque ela aumenta.
Diz muito da lógica e da ponderação destas medidas absurdas destinadas somente a ganhar popularidade junto de muitos eleitores ligados ao ramo e que se sentem, como muitos outros, completamente afogados na crise.
Mas mais que o problema do IVA na restauração é o aumento de controlo do sector que tem permitido apanhar incontáveis fraudes fiscais e melhorou substancialmente a colecta na restauração. E isso é o mínimo de justiça que se pede à administração fiscal. É que há muito boa gente que não foge aos impostos e que não vê com bons olhos o maná do céu que era para o sector a falta de controlo e o hábito da facturação "criativa".

O PS é, como sempre foi, um partido que só tem soluções se houver dinheiro. Sem ele não só são incapazes de comprar a simpatia dos votantes como são completamente ausentes de ideias.
Fazer desta medida um dos pontos principais do seu "programa" para sair da crise é próprio de gente sem qualquer criatividade ou competência para gerir sequer um pequeno negócio.

Um povo com uma memória excepcional

Assisti hoje na SIC Notícias a um entrevistado criticar a falta de memória de Rui Machete.
Estranhava ele que ele tivesse cometido o lapso de não saber ao preço que teria comprado as acções da SLN.

Espanta-me que haja gente que consiga lembrar-se com exactidão de pormenores como este passados 10 anos de terem acontecido. Estranha-me ainda mais quando o país enferma de um problema de memória selectiva e muito poucas vezes correspondente à realidade.

Não me parece descabido pensar que se ele comprou as acções e as vendeu algum tempo depois que nem se lembre, sem consultar documentos, do preço a que foram compradas.

Eu próprio já comprei e vendi acções há muito menos tempo e sem consultar os extractos não faço a a mínima ideia do preço de compra ou do preço de venda. Sei se ganhei ou se perdi, mas não me perguntem exactamente qual o preço de compra  e o preço de venda.
Este é o tipo de coisa que simplesmente ninguém sabe de memória. Muito menos passados dez anos em cima do acontecimento e com papéis que não eram cotados em bolsa.

O que se vê à volta disto é um exemplo perfeito da crítica em qualquer circunstância.
Quando se falou de que ele teria ganho mais de 100% com o negócio não faltaram "indignações" pelo facto. Foi apelidado de bandido, corrupto ou simplesmente vilipendiado por ter ganho dinheiro com o negócio.
Agora que afinal há confirmação que terá comprado as acções ao mesmo preço da FLAD já é criticado pela falta de memória. Memória que ninguém teria em circunstâncias iguais.

Não gosto de Rui Machete. Desagrada-me o facto de ser um dos "permanentes" do regime. Mas desagrada-me ainda mais que se critique sistematicamente alguém não pelos factos mas simplesmente porque se está do outro lado da barricada.

E agora que o argumento dos "ganhos enormes" se foi, suportado com provas documentais, aparece uma critica balofa e sem sentido relativamente à falta de memória. O Público vais mais longe e chama-lhe "desmentir-se a si próprio".

Pois eu acho perfeitamente natural que posto perante a campanha caluniosa de que foi alvo Machete tenha ido confirmar o preço a que comprou e vendeu as acções. Acho perfeitamente natural que não se lembrasse.

O que nos leva ao ponto seguinte e talvez o mais importante desta história.
Foi a comunicação social que avançou o preço de um euro por acção. E confrontado com esse valor e à falta de confirmação Machete aceitou que tivesse sido esse o preço. Mas sabia que tinha sido ao mesmo preço que a FLAD as comprou e foi confirmar se era assim.

As perguntas que ficam são pertinentes:
A comunicação social lança este número de 1 euro com que fundamento?
A que documentação se reportou para lançar este número numa notícia e criar "um caso"?
Como é que a "investigação" levada a cabo pela comunicação social está errada e é desmentida por documentos na posse de Rui Machete?

As respostas serão muito mais fáceis do que possam parecer. Há uma superficialidade no tratamento destas questões que acaba por servir os intuitos da maior parte dos actores da comunicação social. Obtido um detalhe incriminatório param de imediato e usam-no. Não se preocupam minimamente em confirmar. Interessa ruído e o ruído já está feito.
E quando postos perante os factos que desmentem o que publicaram limitam-se a partir para a acusação de falta de coerência, contradição e mais uma vez de insinuar "desonestidade" em todo o processo.

A má qualidade do jornalismo nacional não é de agora. Maus profissionais toldados por sectarismo juntos com outros absolutamente incompetentes e manejáveis produzem este tipo de informação. Exige-se muito mais. Mas eles não têm mais para dar. Talvez por isso a imprensa escrita esteja às portas da morte sem interessados em gastar dinheiro a comprar a porcaria que escrevem. Acrescente-se que têm feito tudo para o merecer.

Se mais provas faltassem da captura dos órgãos de comunicação pela esquerda militante esta seria apenas mais uma prova de que assim é.
Já nem lhes interessa parecer isentos. Já passaram essa barreira há muito tempo. Só lhes interessa mesmo servir os interesses do mestre.

O "tom excessivo"

Judite de Sousa retrata-se parcialmente admitindo que pode ter tido um "tom excessivo" na entrevista a Lorenzo Carvalho.

Mas defende que a entrevista é perfeitamente justificada...
"Se o meu tom foi considerado excessivo é porque as pessoas têm razão. Dou a mão à palmatória." Foi assim que Judite Sousa reagiu às críticas que lhe foram feitas pela forma como conduziu uma entrevista a Lorenzo Carvalho. A jornalista e subdiretora de Informação da TVI recebeu o jovem de 22 anos no Jornal das 8 de sexta-feira e foi de imediato acusada nas redes sociais de ter julgado o estilo de vida ostensivo do piloto brasileiro da Ferrari que, há cerca de três semanas, trouxe a Portugal a atriz Pamela Anderson. "Não foi minha intenção crucificar ninguém nem tão-pouco um jovem extraordinariamente simpático e acessível. Lamento se, realmente, o meu tom foi desajustado à pessoa que tinha à frente", disse a pivô ao nosso jornal.
A jornalista da estação de Queluz de Baixo sublinhou ainda que as críticas relativamente à escolha do entrevistado para um noticiário em horário nobre são justificadas. "Todos os jornais dos canais generalistas, nomeadamente aqueles que têm uma duração longa, como o Jornal das 8 da TVI, têm de ter uma linha editorial ligeiramente diferente da habitual em período de silly season. A verdade é que este jovem saltou para as primeiras páginas da atualidade por causa da festa de aniversário que deu e para a qual convidou a Pamela Anderson. A entrevista é perfeitamente justificada à luz deste contexto", aponta.
Ainda assim, Judite Sousa admite que "a entrevista terá sido demasiado longa, considerando o perfil de pessoa que é este rapaz".
Fonte: DN
"A verdade é que este jovem saltou para as primeiras páginas da atualidade por causa da festa de aniversário que deu e para a qual convidou a Pamela Anderson."
A verdade, Judite, é que o jovem saltou para as primeiras páginas da actualidade porque a TVI fez isto. As referências a Lorenzo Carvalho anteriores a esta entrevista são mais que escassas.
E curiosamente uma delas tem a ver com a intenção de abrir uma escola de pilotagem da Ferrari em Portugal (no Autódromo do Estoril).
É divertido ver o tom do artigo de Dezembro de 2012 e comparar com a atitude de Judite de Sousa no malfadado dia da entrevista.
Piloto Lorenzo Carvalho quer abrir escola Ferrari no Autódromo do Estoril.
O título sobre a imagem diz "Pessoas que sabem o que fazem".

Todas as notícias que encontrei sobre ele estão relacionadas com o facto de ele ser piloto de GT3 e correr com um Ferrari (este é o link da página da Ferrari para os clientes de "competição"- Veja aqui).

Os critérios jornalísticos de Judite de Sousa e da TVI foram completamente diferentes de qualquer abordagem que pudesse soar minimamente lógica.
Em vez de seguir a história pelo lado das "corridas", coisa que até me parecia mais adequado ao espírito da silly season, Judite optou por fazer o rapaz passar por um calvário absurdo e despropositado. De tal forma que só posso achar que o rapaz tem alguns princípios e muitíssimo fair play. Outro sairia a meio daquela disparatada entrevista.

Tentou aproveitar-se da situação e apelar aos mais baixos sentimentos de um povo numa situação de crise. Tentou funcionar como agitadora. Tentou funcionar como alguém com consciência social, chocada com tanto desbarato de dinheiro enquanto há famílias que não conseguem por na mesa os alimentos necessários no dia a dia.

Mas nem ela é o veículo ideal para esta mensagem, nem o rapaz é um déspota ao qual podemos assacar as culpas da nossa desgraça.
Ter Judite de Sousa a tentar isto é como ter Maria Antonieta preocupada com a falta de pão dos franceses.

Há linhas que não se podem cruzar. A da ética é uma delas. E fosse com o seu acordo (só pode ter sido) ou por sua iniciativa, o que ela fez conspurca completamente os deveres de um jornalista.

Judite se Sousa conseguiu uma proeza sem paralelo. Consegue reunir a antipatia de quase todos os sectores da sociedade pelo que fez.
Nada vai acontecer. Nem Judite se pode dar ao luxo de perder o seu "ganha pão" por causa de uma coisa destas, nem a TVI lhe pediria que o fizesse. Este foi só um tropeção sem consequências numa carreira jornalística sem brilho nem glória.

Carreira pontuada por momentos em que fez favores ao poder (ajudando a limpar a sujíssima imagem de Sócrates) não fazendo as perguntas que se impunham, ou comportando-se como uma incompetente ao mostrar a total superficialidade dos conhecimentos e do trabalho de investigação devido para abordar certos temas. O seu comportamento no programa com Medina Carreira é o de uma colegial preconceituosa sem nenhum domínio do tema a ser constantemente corrigida (delicadamente) por um decano das finanças do nosso país.

Nunca percebi o estatuto que lhe foi sendo conferido ao longo dos anos. Nunca a achei nada de extraordinário, mas agora que tentou subir a outro patamar ilustra claramente o princípio de Peter
The principle holds that in a hierarchy, members are promoted so long as they work competently. Eventually they are promoted to a position at which they are no longer competent (their "level of incompetence"), and there they remain, being unable to earn further promotions. Peter's Corollary states that "[i]n time, every post tends to be occupied by an employee who is incompetent to carry out its duties" and adds that "work is accomplished by those employees who have not yet reached their level of incompetence." "Managing upward" is the concept of a subordinate finding ways to subtly manipulate his or her superiors in order to prevent them from interfering with the subordinate's productive activity or to generally limit the damage done by the superiors' incompetence.
Qualquer desculpa que Judite de Sousa possa apresentar falha o alvo. Lorenzo já a deve ter desculpado. O mais provável é  que nem dê muita importância a isso. O que ela não vai conseguir é que o público a desculpe por mais que tente.
Os comentários na sua página do Facebook falam por si. Vão desde o mais ordinário ao mais refinado mas todos têm em comum um profundo repúdio pela atitude da qual só ela é responsável.

Judite tem o melhor quinhão da TVI. Foi-lhe dado para ela brilhar e conseguir audiências fáceis. Marcelo, Medina, o jornal de prime time. Foi-lhe dado tudo para justificar a sua simpática remuneração com a qual deveria poder fazer "alguma coisa pelos outros".

Mas consegue brilhar pela negativa ou ser apenas referida nas revistas cor de rosa (o tal jornalismo de qualidade que ela parece querer seguir) por andar de candeias às avessas com o marido ou por passar vários dias num resort de luxo no Algarve.

Lorenzo é afinal o símbolo máximo daquilo que Judite tem lutado para conseguir. As festas, o glamour, la belle vie.

Dona Judite de Sousa: O rapaz não tinha saltado para as primeiras páginas dos jornais. A senhora sim, saltou. E com um chapão da prancha dos 10 metros.
É daquelas coisas que tem mesmo de doer.

O baixo jornalismo

(cartoon de Henri Cartoon)
Deve ter havido um momento, que me passou, em que uma pessoa como Judite de Sousa foi investida da responsabilidade de defender os pobrezinhos e confrontar os ricos com a sua falta de consciência social.

Só vi a entrevista de Judite de Sousa na net. E a razão é simples. Recuso-me liminarmente a suportar o calvário que é ver a TVI.
Uma estação de televisão que ajudou a baixar o panorama televisivo a níveis terceiro mundistas, intoxicando a populaça com doses maciças de porcaria, lamechice, choradeira e zero de conteúdo formativo ou cultural.

Desta vez o exercício é ainda mais verminoso.
Vai-se buscar alguém, que apesar de muito rico, pura e simplesmente é desconhecido para a esmagadora maioria dos portugueses até este momento.
Um rapaz que teve a sorte de nascer numa família rica que lhe permite dar largas a todos os seus sonhos e que escolheu o nosso país para viver.
A festa dos seus 22 anos foi caríssima e opulenta. E terá sido por iso que Judite ou a TVI terão ouvido falar dele. E curiosamente elevaram-no à condição de famoso por causa disso.

Um alvo perfeito para o desporto nacional do momento - bater nos ricos, nos que ganham um pouco mais ou apenas naqueles que ainda não perderam o emprego ou já "deviam ter dado lugar às gerações mais jovens".


Judite resolveu explorar os piores sentimentos das pessoas confrontando-nos com alguém que não passa dificuldades nem nunca passará. Resolveu tentar envergonhá-lo por "não ajudar" as pessoas. Coisa que aparentemente se tem de fazer a partir de um nível de rendimento que será seguramente superior ao de Judite.

Ele que por acaso num único gesto distribuiu 300.000 Euros é confrontado com o facto de não ajudar e isso ofender os portugueses. Portugueses que não se ofenderiam se a TVI não tivesse transformado a vida do rapaz num acontecimento digno de noticiário em prime time.

Agarra-se num anónimo, faz-se uma peça moralista e a apelar à inveja e depois afirma-se que a atitude do rapaz ofende os portugueses...

Judite de Sousa ofende os portugueses. Ganha bem demais para o que faz. Tenta relatar a realidade como se a sua situação e a sua vida não pudesse ser objecto do mesmo escrutínio pseudo moralista que usou na entrevista.

Judite de Sousa, que se saiba, não ajuda ninguém. Ajudará com os impostos que paga, mas aí perderá claramente na comparação com Lorenzo Carvalho e a sua família.
Passeia-se com muito mais frequência pela TV envergando roupas e sapatos que a esmagadora maioria dos portugueses não poderia pagar com um salário inteiro.
Ganha incomparavelmente mais do que milhares de pessoas competentes e dedicadas que produzem riqueza para o país, para eles e para os seus trabalhadores e colegas.
Judite lê notícias. Judite é irrelevante no "grande esquema". Judite faz por milhares de Euros muito pior do que outros por muito menos.

Não tem qualquer legitimidade para apontar o dedo a Lorenzo Carvalho ou a quem quer que seja. Mais do que uma questão de legitimidade é uma questão de decência.
Não se explora uma entrevista a um rapaz de 22 anos (seja ele rico, remediado ou pobre) com intuitos puramente demagógicos e pensado para causar revolta, indignação e inveja.

Se há alguém imoral nesta história é Judite de Sousa. Depois da falta de ética jornalística da qualidade profissional e da decência, Judite tinha de dar mostras da falta de mais atributos.
Ela parece não ter percebido mas não passa de alguém que lê umas notícias, faz umas entrevistas e que não raramente mostra à exaustão a sua completa ignorância e preconceito.

A TVI é mais do mesmo. Um asco. E só um asco pode incentivar  ou pactuar com este tipo de jornalismo.

Só não consigo perceber a que pretexto conseguiram que o rapaz fosse à entrevista. Certamente não lhe disseram ao que ia. Nada sabiam dele (Judite teve de perguntar) e tiveram a falta de decência de nem ser factualmente rigorosos ("comprar" a presença de Pamela Anderson... correr para a Ferrari... gastar 1 milhão de Euros por corrida... etc etc etc)

É assim que se transforma jornalismo em lixo. É com televisão assim que percebemos até que ponto a porcaria que nos servem é concebida para nos manipular fazendo um apelo claro a baixos sentimentos, usando meias verdades ou as mais despudoradas mentiras.
O que é assustador pensar é que esta é a cadeia de televisão com maior indíce de audiência.

Saiu-lhes o tiro pela culatra. As pessoas não gostam de ver este tipo de aproveitamento baixo e calunioso. Sobretudo pela mão de alguém que em grande medida detestam por representar exactamente aquilo que tentou imputar ao entrevistado. O público alvo de Judite parece detestá-la ainda mais do que detesta Lorenzo.

Ela que andou pela RTP vivendo confortavelmente (só não é um peso para o contribuinte há dois anos em toda a sua "brilhante carreira"), custando milhões aos portugueses que pagaram impostos durante anos para a sustentar a ela e a outras pseudo estrelas ou pseudo jornalistas como ela.

Perdeu tudo. A reputação e decência e até a capacidade de auto análise. Judite desceu ao mesmo nível da estação para quem trabalha.

A senhora que se choca com o esbanjamento em festas, enquanto há gente a passar "necessidades" numa festa muito "sóbria" em 3 de Agosto 2013.
"Nough said..."

Eh pá!! Não me levem o meu bastião de integridade

Guilherme de Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas, tem sido uma daquelas pessoas que prima pela seriedade e equidistância.
Apesar de ser uma nomeação socialista nunca deixou de apontar as falhas na actuação dso Governos de Sócrates que hoje são calara para todos nós.

De tal forma era assim que os governos de Sócrates se especializaram em omitir informação ao Tribunal de Contas no caso de algumas das PPP's rodoviárias mais ruinosas.

Ninguém podia dizer e não poderá fazê-lo ainda hoje que Guilherme de Oliveira Martins fez favores ao PS.

Mas ao ler uma entrevista a GOM no Diário Económico não posso deixar de ficar um pouco espantado com a candura das declarações relativamente aos casos mais polémicos de desbarato de dinheiros públicos.
Diz GOM:
É que os gestores quando começaram a usar este instrumento (swaps) não estavam inteiramente cientes das consequências
Como é que isto pode ser invocado como justificação para perdas potenciais (já muito mitigadas) de 3 mil milhões de Euros?

Não é suposto estes gestores estarem assessorados por especialistas financeiros ao realizar operações destes montantes?
Como é que alguém pode optar por um mecanismo de securitização e não perceber que o contrato pode acarretar perdas quase ilimitadas (em alguns casos superiores ao capital "seguro")?

Não estamos a falar de operações que tiveram lugar pela primeira vez no "ano passado". Estamos a falar de operações regulares que se destinam a proteger de uma eventual subida de taxas de juro variáveis que se fazem desde sempre.
Um gestor que não consiga distinguir, ou que consiga e continue como se nada fosse, entre um contrato de "seguro" e um especulativo só pode ter duas explicações

Ou estamos perante uma merda de gestor (true! true!)
Ou estamos perante uma merda de gestor que tem alguma coisa a ganhar com essas negociatas.

De nada serve ser competente se quando chega a altura se é incompetente por razões laterais. Nesse caso é muito pior. É criminoso.

Não podemos simplesmente aceitar que pessoas que gozam de condições salariais ajustadas à sua responsabilidade tenham menos responsabilidade do que o vulgar cidadão apenas porque não estava "ciente" das consequências.

O mais provável é que não haja nenhum procedimento criminal aplicável a este tipo de negligência grosseira. Mas o que não podemos é esquecer os nomes dos "gestores pouco cientes" que causaram uma chatice deste tamanho.

Como princípio deviam simplesmente ser barrados de exercer cargos públicos. Afastados como foram os secretários de Estado. E depois disso seguir todos os passos para garantir que qualquer hipótese de procedimento criminal não fica por tomar.

Aceitar este tipo de coisas como mais uma das vicissitudes da vida é totalmente inapropriado. O estado quando é credor não quer saber desses detalhes e expropria o que houver aos contribuintes em caso de dívida.

Em cargos destes é importante que estas pessoas percebam que há responsabilidades envolvidas e a possibilidade de sanções ou castigos pesados em casos como este .
Talvez assim os arrivistas incompetentes começassem a pensar duas vezes se queriam ser "indicados" para este tipo de cargos.

Cortina de fumo

Desde o dia em que se percebeu que os contratos de swap "comprados" durante a gestão socialista podiam causar perdas medonhas para o Estado que a imprensa apostou numa estratégia de ocultação do problema.
Marionetas diligentes como são, rapidamente ensaiaram uma série de estratégias para afastar dos responsáveis a atenção pública.

A 1º técnica foi a de contestar a forma como o governo resolveu o assunto - Terminar contratos através da negociação antes que as perdas aumentassem e pagando os valores devidos.

Começou uma tímida campanha questionando a opção.
E porque é que o Governo tinha pago alguma coisa?
A mesma abordagem de quem contrai dívida e questiona depois a razão de a pagar.
Porque é que não tinham simplesmente dito que não pagavam?
Fácil de dizer, difícil de fazer. Os tribunais não vivem no mundo de faz de conta da esquerda ignorante. Esses fazem valer os contratos e penalizam a parte que não cumpre.

Mas se nessa altura já era óbvio quem tinha feito as asneiras, essa revelação andava estranhamente arredada dos media. Não parecia interessar a ninguém a origem do problema.
Perdiam-se em discutir porque é que se tinha demorado "tanto tempo" a resolver o problema.

E foi aí que a questão da informação passada ao governo quando entrou em funções saltou para ribalta.
Em vez de se preocuparem com a questão de fundo, a tal que valia 3 mil milhões de perdas provocadas por alguém, andavam de volta de declarações da ministra chamando-a de mentirosa a cada parágrafo.
Se a informação que foi passada era irrelevante parecia não importar a ninguém. Interessava era chafurdar na porcaria e arrastar a ministra e outros responsáveis pelo ministério para uma luta suja com características de acusação estalinista. O expoente máximo desta técnica ocorreu numa comissão de inquérito com Ana Drago e um palerma do PCP a questionar a ministra na forma clássica como decorriam os julgamentos fantoche da URSS nos anos 30.

Chegou finalmente o caso do secretário de Estado. Imagine-se que o homem tinha andado a tentar vender este tipo de produtos ao Estado português. Coisa estranha para quem trabalhava num banco e recebia o seu salário (e provavelmente bónus) para proteger os interesses do banco.

Os pundits saltaram à praça pedindo períodos de nojo para estes "indesejáveis". Até personagens do PSD defendiam o mérito dos "académicos" para estes lugares. Seguramente académicos como Teixeira dos Santos que por falta de experiência prática ou pela simples falta de tomates deixava as decisões nas mãos de subalternos. É esse o valor acrescentado dos académicos. É sempre bom ter alguns a "decorar" o executivo. Dão credibilidade e ficam tão agradecidos pelo reconhecimento que nem se lembram de ter espinha dorsal.

E eis que no meio de tudo isto se descobre que entre os interlocutores do lado do Governo estava um senhor que é nem mais nem menos que um assessor de Seguro. E que ainda por cima via com interesse a compra destes produtos para "dar uma maquilhadela" nos valores do deficit.

Pelos vistos, para a imprensa, o dolo está do lado de quem vende e nunca do lado de quem compra com o objectivo de maquilhar as contas.
E estavam todos interessados. Os assessores achavam a opção "interessante". Teixeira dos Santos "viu com interesse" e toda uma cadeia de irresponsáveis determinados em esconder do Eurostat e do povo português o verdadeiro estado das contas públicas achava perfeitamente bem que se comprasse a "capa de invisibilidade do deficit" (muito Harry Potter...)
O processo só não singrou porque um senhor chamado Franquelim Alves terminou liminarmente com a brincadeira. Senhor esse que foi insultado abaixo de cão por ter passado pela SLN. E que afinal foi o guardião da seriedade quando o assessor de Seguro e outros estavam todos contentes com a possibilidade de aldrabar as contas nacionais.

Esperar-se-ia que o nome deste assessor viesse à baila. Apontado como alguém capaz de aceitar este tipo de expedientes sem hesitar.
Mas não. À voz do patético Seguro que classificou a revelação de "baixa política", toda a imprensa faz um silêncio total à volta do caso. Ou, de forma completamente deseonesta tenta repartir culpas entre os dois partidos no poder. Como se por acaso algum dos contratos de swap ruinosos fosse autoria ou responsabilidade de alguém que não o Governo do PS em funções.

Se a imprensa tenta destruir o carácter de alguém que não é de esquerda, isso é direito de informar e exercício da democracia. Se o mesmo tiver de acontecer com um tipo completamente engajado com o PS passa a ser baixa política.
E todas estas tácticas servem apenas para lançar uma cortina de fumo sobre o verdadeiro problema: A forma como os governos PS lidaram com as contas do país durante um longuíssimo período.
Brincaram às empresas, causando perdas imensas e afastando qualquer responsabilidade sem o menor pudor e sem um mínimo escrutínio por parte dos media que apenas servem um lado do espectro político.
Até Judite de Sousa tenta a mesma estratégia quando Marcelo fala do assunto. Por medo ou por convicção, estes briosos jornalistas parecem estar a preparar-se para um dia em que o PS suba ao poder. Assim não poderão ser confrontados com declarações polémicas que lhes possam valer o emprego bem pago e pessimamente desempenhado.

Há um ditado que diz : "Nunca tentes lutar na lama com um porco. Ele tem demasiada experiência tu ficas coberto de porcaria e o porco gosta"

O porco é bem entendido o PS, para quem a sujidade e a intriga nojenta é um modo de vida.
Há qualquer coisa que impede os outros de descer tão baixo.

Um novo conceito de baixa política

Há políticos pequeninos que ainda pensam que se consegue chegar ao poder facilmente.

Mentindo desbragadamente. Mentindo de forma descarada e frontal.

Depois de os eleitores terem percebido até à exaustão a impossibilidade das suas promessas.

Seguro é claramente um deles. Medíocre nas palavras, paupérrimo nas ideias, árido na inteligência promete aquilo que todos sabem ser impossível.

Diz Seguro que revogará os cortes nas pensões. Não diz isto porque seja errado fazer convergir os sistemas de pensões ou indexar o sistema à performance económica do país.

Ele diz isto simplesmente porque quer ganhar eleições mentindo. Sabe como qualquer um de nós que a faixa de pensionistas é enorme neste país. E sabe também que nenhum deles terá ficado contente com a redução dos seus rendimentos.

Mesmo que seja óbvio que a situação do país não pode sustentar um sistema que se alheia da crueza dos números, Seguro dirá isto e dirá muito pior.
Logo para começar nunca quis aceitar as culpas da catastrófica governação socialista. Distanciou-se prudentemente nunca criticando ou defendendo as asneiras do PS. Deixou a alguns mastins socratinos esse papel.

Nunca conseguiu fazer realmente uma limpeza de casa no PS e ficou refém de um grupo que o manipula a seu belo prazer, forçando-o a "indignar-se" periodicamente quando o "bom nome" do PS é posto em causa.

Mas Seguro sabe que o nome do PS está associado a anos de despesismo, rigor de gestão inexistente e negócios mais do que sombrios feitos com dinheiros públicos.
O que nos trouxe a uma situação em que aquilo que o país "gasta" é mais do que o que o país "recebe".

E a solução de Seguro para todos os problemas é: Gastar mais.

Quando a Troyka diz que é preciso reduzir a despesa para conter o deficit nos limites impostos, Seguro diz: eu não corto e não aceito que se corte.

O que Seguro tenta dizer é que esta será a sua posição oficial até ser eleito (se o for) para no dia seguinte passar a ser a contrária.

Seguro mente e sabe que mente. Mas como não tem carisma e  não tem qualquer dote de orador todos sabem que mente.

Seguro inaugurou uma nova era na política. A sua presença torna-a na actividade mais degradante e baixa que se pode exercer. A sua completa falta de noção do ridículo leva-o a atirar pedras a um governo que tem um secretário de Estado que tentou vender swaps quando estava num banco, enquanto que o seu próprio assessor para assuntos económicos estava sentado do outro lado da mesa e "viu com interesse a proposta" do secretário de Estado.

Seguro não é a encarnação da baixa política por ser matreiro e maquiavélico. Ele é a encarnação da baixa política porque não consegue sequer "subir" a um nível minimamente aceitável. Seguro definiu uma nova bitola para um potencial primeiro ministro:

Curriculo académico inútil e duvidoso
Ausência de qualquer experiência profissional
Carisma nulo
Completa incapacidade de se impor dentro e fora do Partido
Incapaz de ser levado a sério
Discursos sem conteúdo e com um ritmo capaz de por qualquer pessoa a dormir
Nulidade em questões económicas, militares, científicas, religiosas e todas as outras
"Excelente" grupo de amigos e "conselheiros"
Uma cara de parvo muito difícil de bater

O ministro que Campos e Cunha não quis ser

À medida que se vão sabendo os meandros da nossa gestão em tempos recentes, sabem-se coisas que são claros indícios da forma como as contas eram aldrabadas com a conivência, ou não, dos organismos europeus.

Depois do ataque sem tréguas levado a cabo pelo PS à ministra das finanças e todo o staff do ministério numa tentativa de desacreditar tudo e todos, o PS esqueceu-se que tem demasiada porcaria para poder fazer este tipo de coisas.

Sabe-se agora que o assessor económico de Seguro esteve envolvido na negociação e compra de produtos que de alguma forma poderiam melhorar os números das contas públicas. Ainda assim esses subterfúgios eram perfeitamente aceites pelo Eurostat. O que não quer dizer que não servissem para mascarar a realidade. A mesma dura realidade que nos bateu de frente em 2011 quando a desorçamentação e as estratégias de adiamento de responsabilidades deixaram de ser aceites pela troyka.
Num esclarecimento enviado à Lusa, o anterior governante responde assim a notícias que se seguiram aos documentos distribuídos esta quinta-feira pelo Governo, em que constava um ofício dos assessores económicos de José Sócrates  - Vítor Escária e Óscar Gaspar - a dar conta de propostas do Citigroup e do Barclays de swap que permitiriam reduzir o défice orçamental em 2005.
Os assessores de Sócrates enviaram um ofício ao Ministro Teixeira dos Santos dando conta das propostas feitas pelo Citigroup e pelo Barclays. As tais entidades "malditas" que vendiam este tipo de produtos e que automaticamente transformaram todos os seus trabalhadores em representantes do mal.
Teixeira dos Santos viu o ofício e remeteu-o para outros. Não sem antes fazer uma anotação
Este ofício foi então enviado ao chefe de gabinete de José Sócrates, Luís Patrão, que o reencaminhou para o gabinete de Teixeira dos Santos, que no mesmo escreve “visto, com interesse, à atenção do Exmo. SETF [secretário de Estado do Tesouro e Finanças]”, Carlos Costa Pina. Teixeira dos Santos esclarece agora que esta nota escrita no ofício - na qual diz “visto, com interesse” - não significa de maneira alguma uma concordância do seu gabinete à proposta apresentada.
Como de costume Teixeira dos Santos não é responsável por nada. Nem sequer da apreciação mais aprofundada deste tipo de propostas que remetia para outros.
Aparentemente as propostas não foram aceites e os contratos não foram realizados.
Mas sabemos que outros o foram. E eram muito menos inócuos do que estes que estão debaixo da lupa da comunicação social.
E todos os que foram feitos de forma completamente descontrolada que iam desde a simples protecção de taxa de juro até aos especulativos em que se verificam perdas superiores ao capital seguro eram também de alguma forma responsabilidade do ministério das finanças e do seu ministro.

Que como é óbvio refuta qualquer responsabilidade. Até a de ter o dever de tutelar este tipo de actuações. Na verdade fê-lo (ou o seu ministério fê-lo) emitindo um despacho dando indicações às empresas públicas de fazerem esse tipo de contratos.
Ainda assim Teixeira dirá que a responsabilidade é de um secretário de Estado ou de um funcionário subalterno. Porque Teixeira dos Santos não é responsável por nada.

Tivemos um ministro durante as duas legislaturas de Sócrates (com a excepção dos 3-4 meses de Campos e Cunha) que conseguiu a proeza de não ser responsável de nada de mau que se fez. E não foi pouco.
Mesmo no caso da peregrina nacionalização do BPN acha que procedeu lindamente. Mesmo quando dizia que não ia custar nada aos cidadãos.

Talvez Campos e Cunha tivesse a honorabilidade que falta a Teixeira dos Santos e por isso tivesse saído tão rapidamente. Teixeira dos Santos prestou-se a tudo. Até a ser tratado como alguém portador de doença contagiosa no fim do Governo de Sócrates.
Usado e descartado. Como um vulgar capacho. Se pensarmos bem foi exactamente o papel de capacho que ele exerceu durante 6 anos. E sabemos agora que nem é responsável pela maior parte das decisões que eram tomadas no ministério. Isso era deixado a secretários de estado, administradores de empresas públicas e directores gerais.

Teixeira de cada vez que fala mais se enterra. Mais se percebe como ele era irrelevante na máquina socratina. Era apenas alguém convidado a representar um papel subalterno.
Não é por acaso que no fim do "reinado" de Sócrates o país tinha as finanças no estado calamitoso que sabemos.

Obrigado Teixeira dos Santos. Como ministro passou a ser a bitola mínima de competência e integridade. Depois de si é quase impossível encontrar um ministro das finanças que consiga ser pior.

Um mau presságio para a esquerda...

Acho um piadão quando ouço o PCP apelar a políticas patrióticas para a salvação do país.

Se alguma vez existiu um partido disposto a vender (dar) o país a uma potência estrangeira foi o PCP.
Se alguma vez houve um grupo de gente completamente descansada em tornar Portugal num satélite sem qualquer vontade própria, foi o grupo que hoje milita no PCP.

Alguns vão desaparecendo. A idade e a doença não perdoam. Mas parece que o país lhes perdoou a ponto de esquecer que esta gente defendia alto e bom som que Portugal fosse um mero peão alinhado com a URSS durante a guerra fria.

E são exactamente estes indivíduos que hoje têm a distinta lata de apelar a patriotismo quando se fala de crise. Lata não será o termo correcto. Falta de vergonha seria muito mais adequado.

Henrique Raposo escreve no Expresso. E escreveu isto:
Eu sei que dói, eu sei que custa ouvir , mas a verdade é que há boas notícias em Portugal. O desemprego voltou a cair pelo segundo mês consecutivo. O índice de produção industrial está a crescer. O índice de confiança dos consumidores também está a subir e, em consequência, a sangria no comércio a retalho está a estancar. Portugal foi o país da OCDE onde a produtividade mais subiu. O consumo de combustíveis aumentou pela primeira vez em dois anos. As poupanças dos portugueses continuam a aumentar e o vício do crédito continua a descer: o endividamento das famílias portuguesas baixou 9 mil milhões desde 2011. E, acima de tudo, o défice externo já foi destruído. Pela primeira vez desde pelo menos 1995, atingimos um excedente comercial positivo devido à queda das importações de bens de consumo e devido à explosão das exportações. O excedente positivo deve ser de 4,5% do PIB no final deste ano e de 6,4% no próximo ano. Repare-se que tivemos um défice externo médio de -8,3% do PIB entre 1999 e 2011 (a mãe de todos os males). O ajuste, portanto, está a ser notável. Entre 2011 e 2013, Portugal foi o terceiro país da Europa a ganhar quota no comércio internacional. Depois de crescerem 4,7% este ano e 5,5% no próximo ano, as exportações representarão 43% do PIB no final de 2014. Em 2009, representavam apenas 28%. Já estamos salvos? Não. Mas é bom que se perceba que Portugal não sairá da cepa torta enquanto não alcançar um equilíbrio sólido na balança de pagamentos. Nós não temos dimensão para mantermos uma economia baseada no consumo interno de importações alavancadas por crédito externo.
Mas isto são apenas números e gráficos. É preciso dar gente e estórias a esta história. E a principal estória é esta: nos primeiros seis meses do ano, foram criadas 20.051 empresas, mais do dobro das empresas que fecharam ou insolventes; há cinco anos que não se criavam tantas empresas em Portugal. Além disso, os sectores clássicos continuam a aguentar: em Vila Velha de Ródão, a AMS Goma-Campus gerou 130 empregos no sector do papel nos últimos anos e prepara-se para aumentar a equipa; gozando da boa fama do peixe português, a Gelpeixe aumentou as suas exportações em 400% nos últimos anos; a Bosch Portugal prepara-se para exportar para África; o sector metalúrgico está em altíssimo nível e criou a Portugal Steel para promover as exportações; a Amorim continua a transformar a cortiça numa coisa sexy; a Corkway Store levou a cortiça para capas dos ipads (haverá melhor capa para telemóveis e afins?); a Galp já produz biodiesel (50 empregos directos) a partir de desperdícios animais e de óleos alimentares; as dormidas em hotéis de cinco estrelas aumentaram 30%; os passageiros low cost para Portugal aumentaram 448% desde 2004; Lisboa está sempre a vencer votações internacionais de "melhor destino de férias"; os nossos hostels dominam os "hoscars".
Estas estórias são a carne daqueles números. E há mais: a quase falida Faurecia (Palmela) conseguiu contrato com a Range Rover e contratou 100 novos trabalhadores; em Famalicão, a Leica cresceu 30% e criou mais postos de trabalho; a Jóia Calçado (Felgueiras) investiu 700 mil euros numa nova fábrica (40 postos de trabalho) para alimentar marcas como a Kenzo e Armani; a Embraer está a tentar trazer mais aviões para Évora, impulsionando assim o cluster aeronáutico em Portugal, tal como a Auto-Europa impulsionou o cluster automóvel. Neste momento, a Embraer já tem seis fornecedores portugueses qualificados. Ainda neste sector, as OGMA garantiram contratos de manutenção de aviões da força aérea francesa, da força aérea dos Camarões e da Virgin Austrália. Sim, é triste e quiçá inadmissível, mas as boas notícias estão aí. 

É espantoso como diante de uma série de indicadores positivos a única coisa que ocorre à esquerda (aos tais patriotas) é tentar desmontar e minimizar um conjunto avassalador de sinais positivos.
Os patriotas querem a todo o custo manter um sentimento depressivo generalizado. Num ambiente de optimismo a sua ideologia não grassa. Se as pessoas estiverem bem ou a sentir a esperança de poder estar bem, ninguém liga a um grupo de caducos extremistas que todos os dias "vendem" desgraças sem fim. Mas as desgraças só chegam pela mão dos outros. Eles, os patriotas, só trazem felicidade e prosperidade. Mesmo que seja completamente óbvio que a não ser que tenham a capacidade de fazer milagres a única coisa que trariam era a miséria generalizada e irreversível.
Não existe um único sítio do mundo em que a ideologia que defendem tenha crescido com a prosperidade. Sempre aconteceu no meio da miséria, com os seus mártires verdadeiros ou inventados ou pura e simplesmente pela força.
É muito fácil explorar o sentimento de inveja dos que não têm nada. E nisso estes patriotas são mestres. A única coisa que pretendem é uma troca de lugares. Trocar de lugar com os ricos.
Quando chegam ao poder não só se esquecem dos "pobres" como parecem ter o condão de transformar todos em pobres. Ou em mortos. Isso sim é uma coisa que eles sabem fazer como ninguém. Os maiores assassinos da história (sem ser em estado de guerra)  foram Estaline e Mao, os ídolos do PCP e de algumas facções do patético Bloco de Esquerda. Bela folha de serviço que têm para apresentar, os patriotas.

Estes patriotas preferem esquecer-se do país e servir a sua ideologia. E perante estes sinais imagino o terror que devem sentir num momento em que as eleições se aproximam.
É plausível imaginar que se a recuperação for uma realidade, o PCP e o Bloco vão uma vez mais perder votação. Afinal estes arautos da desgraça não só previram tudo ao contrário como quando a realidade começa a demonstrar que não tinham razão tentam contorcer a incontornável realidade de modo a servir os seus propósitos (o exemplo mais absurdo que li acerca da situação veio precisamente de Pedro Lains que com a capacidade de análise que revela deve ser uma bela merda de economista...)

O PS também não deve estar nada descansado com isto. Esperava um colapso que correspondesse aos seus vaticínios e acaba com sinais de recuperação a pouco mais de um ano de eleições legislativas.
O que será para o PS ter de se confrontar com a melhoria dos ratios de dívida, de deficit e de todos os indicadores económicos que podemos imaginar?
O que aconteceria a um PS se o desemprego começasse a descer sustentadamente? Ou se o PIB começasse a subir e permitisse o alívio da carga fiscal?

A diferença que as sondagens têm demonstrado evaporar-se-ia num instante. O PS tem tido a intenção de voto daquela faixa de votantes que saltita de um lado para o outro sem grandes convicções ideológicas. Apenas seguem quem menos lhes tira, esquecendo-se convenientemente do que aconteceu no ano passado.
E essa faixa de votantes é a diferença entre uma vitória do PS e uma vitória do PSD. No rato devem estar realmente borrados de medo.

Apesar de toda a campanha militante da imprensa, que nunca foi tão escandalosa como a que assistimos hoje, mantém uma diferença pequena. Seria de esperar um colapso generalizado do PSD nas intenções de voto. Juntando os ataques do PS que vão do normal ao mais baixo que se pode imaginar, a acção do jornalismo de causas patente em todos os jornais de referência e estações de televisão e os ressabiados do PSD que nunca perdem uma oportunidade de "esfaquear" Passos Coelho, até me parece que o resultado não é mau.

A cereja em cima do bolo seria o Governo poder apresentar uma clara recuperação da economia. Uma viragem real. A saída do pântano fétido em que o PS nos mergulhou desde Guterres.

Tudo isto a que estamos a assistir é um péssimo sinal para a esquerda. Desde o PS ao Bloco toda esta gente deve estar a imaginar qual a argumentação a usar caso os sinais positivos se mantenham.

Pedro Lains - Génio ou imbecil com doutoramento?

Economista de pacotilha

Não é a primeira vez que este Pedro Lains e as suas afirmações me dão voltas ao estômago.

A primeira vez que o ouvi falar na SIC e sem saber grande coisa acerca de quem era pareceu-me muito "fraquinho". Estava a promover um livro qualquer sobre a história económica de Portugal e lembro-me de pensar que estava a ouvir alguém particularmente chocho.

Presumir que alguém que tem um doutoramento é alguém que se deve ouvir é um erro crasso.
Veja-se o caso de Zorrinho. Sem qualquer vestígio de espinha dorsal, sempre capaz de por a sua conveniência política à frente da realidade é a antítese daquilo que esperaríamos de um académico.

Pedro Lains parece ser um caso semelhante. A sua cegueira esquerdista leva-o a fazer afirmaç\oes e a defender teses completamente absurdas e na maior parte das vezes estéreis. Mas esta acerca da descida do desemprego será talvez uma das mais ridículas que tenho lido.

Economia de pacote de açúcar

A taxa de desemprego desceu* e, ao que parece, não é apenas um efeito sazonal. Foi uma descida significativa, que ainda pode ser contrariada, mas aconteceu. Graças à enorme contestação política que alastra por todos os cantos do país, à instabilidade governativa, às sucessivas demissões e crises políticas, não há acrescentos à austeridade há mais ou menos seis meses. As duas coisas podem estar relacionadas. Aliás, estão seguramente relacionadas. Mas tudo vai mudar, pois prepara-se nova vaga de austeridade para pôr tudo nos eixos outra vez.

PS: *Há qualquer coisa de estranho com esta descida do desemprego, uma vez que aconteceu sobretudo na agricultura. Por isso, deve olhar-se sobretudo para a paragem, momentânea ou não, do aumento do desemprego.
Fonte: Pedro Lains - Economia e História Económica
 A pior coisa que pode acontecer a esta esquerda sedenta de desgraças é a constatação de que as coisas até podem estar a chegar ao ponto da inversão do ciclo.
A esquerda tem "prometido" um colapso total do país devido à austeridade. E de cada vez que há um sinal positivo tenta dar a volta à questão desmontando as boas notícias na medida do possível.

Quando as exportações começaram a mostrar uma melhoria foram eles que começaram a atribuir essa melhoria às exportações de ouro (na verdade a exportação de metais preciosos tinha contribuído alguma coisa mas não tinha sido determinante para a subida). Depois de se perceber que as exportações continuavam a subir e que os metais preciosos não tinham um peso significativo o tema foi deixado cair.
Nunca mais a esquerda (PCP e BE) se manifestou de alguma forma que fosse relativamente às exportações. Ainda assim quando se fala em taxa de cobertura das exportações ainda ensaiam a técnica de apontar para as importações a descer por causa da austeridade. O facto é que essa parece uma guerra perdida para esquerda.
Mas há outras que ainda pensam ganhar.
O caso da auspiciosa descida da taxa de desemprego é paradigmático. Os números são bons. E à semelhança do que os republicanos fizeram nos EUA, a esquerda desdobra-se em tentativas retoricas de lançar dúvidas sobre os números.
A 1ª tentativa foi a do efeito sazonal. Como se por acaso o factor de sazonalidade pudesse causar tão brusca descida.
A 2ª foi a de dizer que havia menos desemprego porque toda a gente tinha emigrado.
A 3ª e logo servida pela mão de um "doutor" é a de dizer que afinal a esquerda tinha razão porque não há medidas de austeridade há 6 meses...

Pois o senhor doutor é um imbecil, digo eu. Poque as ditas medidas foram impostas há 6 meses e ainda estão em vigor. A subida do IRS, os cortes salariais e todas as medidas que nos foram aplicadas continuam a fazer a mossa que nós sabemos.
No entender deste ridículo académico a menos que haja medidas todos os dias as coisas estabilizam a ponto de haver estas súbitas inversões.

Ou seja, os restaurantes devem ter começado a contratar porque o anúncio do IVA já foi há uns tempos.
Como é que alguém minimamente inteligente pode fazer este tipo de afirmações? Não estamos a falar de um tolo sem educação e sem grande capacidade analítica. Estamos a falar de um doutorado!!!

Realmente a cegueira dos ideais políticos sobrepõe-se a qualquer saber ou cultura. Pedro Lains é o exemplo perfeito disso.
O que me começa a parecer cada vez mais é que atingir estes graus académicos só depende mesmo de tempo e dedicação.
A julgar pelo tipo de cretinos que se consegue guindar a estes lugares a única conclusão que posso tirar é que eu e muitos dos meus colegas que decidimos sair para o mundo do trabalho em vez de ficar a ruminar na academia, poderiamos ter dado excelentes doutorados.


Engraçado como mais uma vez a primeira impressão que tive deste Pedro Lains não me enganou. O homem é um perfeito asno.

MAS mierda igual a toda la otra

Mais um partido de esquerda. O Movimento dos Asnos Saudosistas. Deve diferir do outros em coisas fundamentais que ninguém sabe exactamente quais são.

Provavelmente diferirá na forma de eliminação dos adversários políticos. Uns devem pender mais para o fuzilamento e os outros mais para a cadeia para o resta da vida.

Chamar partido a uma facção dissidente do Bloco só pode ser brincadeira. Ainda assim tiveram as 20 mil assinaturas necessárias para o efeito e têm um programa deveras notável.
"O MAS veio para ficar e está de portas abertas para quem luta por um novo 25 de Abril"
Não está mal pensado mas deixa pouca latitude a revolucionários a quem convenha uma revolução noutra data. Auto limitam-se à partida com esta treta do 25 de Abril. Data em que provavelmente a maioria desta gente ainda precisava de fraldinha ou nem sequer tinha nascido.
É impossível superar a crise, gerar emprego e conceder crédito barato para a habitação, para as pequenas empresas ou para outras coisas com a banca ao serviço do enriquecimento de umas poucas famílias multimilionárias. Em última instância, só a renacionalização da banca, sem indemnizações, pondo os bancos ao serviço e sob controlo da população, pode fazê-lo.
No entanto, é necessário travar desde já a tentativa de fuga de capitais por parte dos especuladores nacionais e internacionais. Torna-se necessário o controle sobre os movimentos de divisas e capitais para impedir que o capital financeiro concentrado retire o dinheiro do país e que venham a ser penalizados os pequenos depositantes e aforristas. A experiência da Argentina em 2001 mostra que, na ausência de tais medidas, uma ínfima minoria de capitalistas conseguiu retirar somas avultadas antes da imposição desse controle sobre divisas e capitais, tendo feito recair todo o custo sobre os pequenos depositantes e aforristas.
Alguém devia dizer a estes alienados que a década de 70 já lá vai. Este discurso é exactamente o mesmo dos loucos pós 25 de Abril. Não mudou NADA. Nem sequer os resultados que deu serviu de lição a este grupo de idiotas.
A pequena diferença aqui é que esta suposta fuga não se tem verificado. Só acontece quando há uns loucos como eles que chegam ao poder. Aí sim, toda a gente tenta por o dinheiro ao fresco porque já sabe (e já soubemos) o que se segue com alienados assim a tomar conta da "barraca".
Redução da jornada de trabalho sem redução de salário e redução da idade da reforma para gerar emprego.
É escandaloso que se aumentem as horas de trabalho, diminuindo os salários e roubando trabalho a quem precisa, em benefício dos que criaram a crise. Propomos, assim, o oposto: reduzir a jornada de trabalho para trinta e cinco horas sem baixar salários para libertar horas de trabalho que gerem novos empregos. Propomos ainda a redução da idade da reforma, pois enquanto os mais velhos trabalham quase até à morte, os mais novos vêem-se privados dos postos de trabalho que estes ocupam.
E porque não acicatar os "jovens" contra os "malditos dos velhos" que lhes estão a roubar os postos de trabalho?
Se calhar é melhor dizer aos "jovens" que ter gente ainda produtiva reformada a receber a sua reforma durante 30 anos de vida vai ser pago por eles (jovens). Ou então os velhos que se amanhem...
Redução do preço dos combustíveis e fim de todas as portagens pelo livre acesso a estradas com melhores condições!
Toda a economia capitalista, no actual estádio, está dependente do preço dos combustíveis fósseis.Porém, quem mais sofre com a instabilidade dos preços dos combustíveis e com os valores astronómicos que hoje atingem são as pequenas empresas, também em muito dependentes da rodovia para manterem a funcionar os seus negócios. O roubo que é o preço dos combustíveis e as portagens nas estradas antes delas isentas serve apenas para estrangular os pequenos negócios, proletarizando os pequenos empresários e lançando no desemprego e na miséria milhares de famílias.
E porque não? Tabele-se o preço e  pode ser que o preço dos refinados baixe. Ou então pode ser que os refinadores até gostem de ter prejuízo, quem sabe?

O Manifesto programático destes indivíduos tem 30 páginas. Em poucas haverá alguma coisa que se possa dizer que faz sentido ou que seja minimamente aceitável. Quase sempre acaba nesta onda tresloucada de quem não faz a mínima ideia de como se gere um país.
Se os socialistas causaram uma derrocada pela incompetência e tendência para o gamanço, estes pura e simplesmente faziam colapsar o país. Acabávamos como a Venezuela a não ter papel para limpar o traseiro. Só que a Venezuela tem petróleo socialista e nós não. Era uma questão de um mês ou dois.

Não consigo perceber o que produz gente assim. Não são gente de baixo nível cultural nem sequer se possa dizer que são burros.
Só posso pensar que vivem num mundo irreal, completamente fascinados com utopias que em todos os exemplos de aplicação causaram o sofrimento de milhões de pessoas.

Mas a existência de grupelhos assim é um revisitar da pulverização da extrema esquerda que a tornava num comic relief da política portuguesa. O Bloco federou muitos destes palermas e deu-lhes o cheiro do poder do qual nunca se tinham aproximado. Embriagados com o seu suposto renascimento voltam às raízes.
Cinquentões saudosistas, jovens meio alienados e sobretudo muita mas muita falta de inteligência produz coisas como estas.

Como diriam os nuestros hermanos. MAS mierda...

Os omniscientes

Deparei-me com este artigo na área de economia do sapo.pt. E quando leio uma coisa destas pergunto-me se qualquer curioso escreve agora sobre economia.
É que de repente toda a gente emite opiniões e juízos de valor sobre coisas que parece nunca ter conhecido.
Ainda assim este sempre vai dando uma martelada no prego e outra na parede ao contrário de imbecis como Daniel Oliveira que esboroam a parede toda e nunca acertam no prego. Sim, o mesmo Daniel Oliveira não licenciado à beira de ser mestrado da Lusófona e que de economia deve perceber tanto como eu de paleontologia. Coisa que não o impede de escrever num jornaleco como o Expresso a sua habitual coluna.
Afinal o rapaz precisa de um ganha pão e já se tornou por demais conhecido por escrever e falar do que não sabe e receber uns honorários por isso.

Só que eu acho que o problema se está a generalizar. Vai chegar o dia em que quem sabe dos assuntos nunca é ouvido e seremos apenas servidos por ignorantes a perorar sobre todas as matérias com um ar doutoral.