Crónicas do burro

A única coisa que faz com que Tózé Seguro não se cubra de ridículo é não aparecer.

Não há uma única ocasião em que esta pobre alma não se destaque pela sua completa falta de carisma.

Já ouvi muitos discursos maus. Mas também já ouvi muitos discursos bons. de Tózé Seguro nunca se ouvirá um discurso bom antes de o Inferno gelar.

O completo vazio da mensagem, reduzido a uma série de chavões eleitoralistas "entregue" duma forma absolutamente básica com umas subidas de tom pelo meio (quando quer parecer que está mais zangado) são um exercício de uma dor lancinante.

Não creio que seja possível alguma vez ouvir Seguro dizer uma coisa inteligente. Algo que nos possa mostrar que dentro daquela cabeça de esferovite existe um cérebro com alguma sofisticação.

As suas estratégias políticas reduzem-se ao mais básico. A forma como se opõe a uma coisa ou é a favor de outra variam apenas no volume com que fala. Mais nada.
Mas nada, mesmo nada do que sai daquela boca é minimamente relevante.

Seguro achou a dada altura que os bons resultados nas sondagens significavam que ele era um "estadista". Mas percebe-se a sua falta de inteligência por essa presunção totalmente errada.
Isso deve-se apenas ao desgaste inevitável de um governo de um partido forçado a fazer coisas severas para tirar o país da bancarrota.
Não é Seguro que conquista. São os outros que concedem terreno.

De todos os bonecos do Contra Poder, Seguro é talvez o retratado da forma mais patética e vazia. Não há um português com dois dedos de testa que não perceba até que ponto Seguro é uma completa fraude.

Quando se pensa em gente como um Churchill e se compara com Seguro o fosso é de tal forma grande que assusta. E note-se que Churchill despejava garrafas de whisky e brandy como qualquer mortal não consegue beber água.
Churchill bêbado daria um melhor primeiro ministro do que Seguro sóbrio.

Não é por acaso que nas últimas sondagens de assiste a uma descida paulatina do PS. Não é possível que um líder como Seguro vá aparecendo todos os dias sem causar fenómenos de rejeição profunda. Não é simplesmente possível.

A última intervenção dele afirmando que o PS não vota a favor de cortes (at large) é dum eleitoralismo despudorado e fácil. Do homem que sabe que não há outro remédio que reger as finanças públicas pela cartilha da troyka.
Mesmo que ele assuma o poder depois do fim do plano de ajuda não pode atrever-se a desbaratar os eventuais frágeis ganhos nessa data. Mas é ele que afirma que o vai fazer.
Afirma que vai revogar os cortes nas pensões, implicitamente que vão contratar os professores para não terem alunos ou que não deixa que um funcionário público que nada faz saia debaixo da "protecção" do estado.

Seguro defende tudo o que trouxe o país ao estado em que esteve. Sem se importar realmente com as consequências como um repimpado burro que é. Como um verdadeiro incompetente vazio e alienado da realidade.

Se este país vota em tal alimária é hora de emigrar.

Nota: Mas há mais um ao nível de Seguro. E é João Semedo. Há um par de dias afirmava que iam vir mais cortes depois das eleições, como se fosse uma mosquinha presente nos conselhos de ministros. E dizia de seguida que se não os houvesse a troyka não entregaria o próximo cheque.
É preciso ser um tolo para por as coisas nestes termos. É que por estes dias não haverá português que não tenha consciência do que significa a falta desse cheque. E basta isso para lhe apontar o dedo e dizer "este é parvo. Deve pensar que esse dinheiro não faz falta..."
O que Semedo tem de dizer é o que faria sem esse e os outros cheques que já foram entregues. Que solução propunha ele para um país que por esta altura já não tinha dinheiro nem sequer para comprar bens essenciais.
Não admira também que a cada sondagem que passa o Bloco se afunde em direcção ao último lugar da representatividade eleitoral neste país. E foi este partideco que sonhou ser a terceira força política do país...